sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Noticia - Recuo de importado traz alívio ao setor | Valor Online


A pressão dos aços importados no mercado brasileiro começou a arrefecer. Em novembro, a entrada de material laminado plano (bobinas e chapas de vários tipos para automóveis, geladeiras e máquinas) caiu quase à metade - de 461 mil para 261 mil toneladas. Na rede de distribuidores, a importação declarada dos afiliados teve recuo ainda maior, de 80 mil para 30 mil toneladas, conforme informações do Inda, entidade do ramo de distribuição que responde por 30% das vendas no país. 

"Podemos dizer que setor siderúrgico saiu da UTI e foi para a sala de recuperação do hospital", comentou Carlos Loureiro, presidente do Inda. Apesar do arrefecimento verificado na competição do aço importado no Brasil com material local, ele observa que os resultados das siderúrgicas no último trimestre do ano deverá ser pífio. "As margens foram corroídas com a estratégia de descontos nos preços e redução de prêmios sobre o produto estrangeiro internado adotada pela usinas desde agosto".

As empresas da rede - que opera apenas com aços planos - conseguiram uma leve melhoria nos estoques, adotando a estratégia de comprar menos: reduziu encomendas das usinas locais e fizeram menos pedidos no exterior. "Tivemos uma queda de 40%, baixando para 237 mil toneladas. Aço importado com volumes declarados de afiliados somou 30 mil toneladas, bem inferior às 80 mil de outubro", afirmou Loureiro. 

Em outubro, o Brasil viu recorde histórico de entrada de todos os tipos de aço em seu mercado. O volume atingiu 561 mil toneladas. Em novembro, baixou para 454 mil, conforme divulgação feita ontem pelo Instituto Aço Brasil (IABr). No ano, até novembro, foram internadas 3,43 milhões de toneladas em aços planos e um total, incluindo longos e especiais, de quase 5,5 milhões de toneladas, significando aumento de 158% no período. 

"A depuração do mercado levará ainda cerca de cinco a seis meses", avalia Loureiro, Segundo ele, além dos estoques na rede do Inda, há material em poder de consumidores, de distribuidores não afiliados e de tradings. Com nova redução de compras em dezembro, o Inda prevê virar o ano com 1,15 milhão de toneladas de material estocado, correspondente a 4,18 meses de vendas (com retração de 13% sobre novembro, as vendas do último mês estão previstas em 276 mil toneladas). 

"Em janeiro - acreditamos - estaremos voltando aos patamares normais, de 3,5 meses, mas só vamos atingir o nível histórico ideal de 2,5 meses somente por volta de abril ou maio", diz o dirigente do Inda. Ele prevê este mês importações de aços planos abaixo de 200 mil toneladas e aproximadamente a metade disso em janeiro. "O alinhamento (line up) de chegada de navios em janeiro é pequeno", informa Loureiro. "Isso ajudará a remover esse inchaço de aço que vimos no ano". 

A previsão do Inda é fechar 2010 com venda de 3,83 milhões de toneladas, 13% acima do ano passado - o volume ficou levemente abaixo da previsão feita há um ano. Para 2011, os distribuidores têm expectativa de crescer 10%, passando de 4,2 milhões de toneladas comercializadas. 

No consumo aparente do país, no total de aço, a estimativa é de 6%, sobre uma base - "brutalmente inchada, diz ele" - que está crescendo 40% neste ano. Já o consumo real, acredita, se repetirá em torno de 15%, pois haverá muito investimento em obras de infraestrutura. "Há um consumo maior de aço em investimentos de capital fixo do que aquele voltado para o setor consumo".

Segundo o IABr, o consumo aparente do país foi de 2,1 milhões de toneladas em novembro, somando 24,6 milhões no ano. A produção brasileira de aço bruto caiu 11,2% em novembro, comparado a outubro e recuou 2,8% frente a novembro de 2009, para 2,6 milhões de toneladas. Em 11 meses, acumulou 30,4 milhões de toneladas, 27,1% a mais do que mesmo período do ano passado.

As vendas das usinas no mercado interno foram de 1,6 milhão de toneladas (menos 4,3 % sobre outubro). O volume acumulado no ano atingiu 19,6 milhões de toneladas, o que representou expansão de 32,3%. A diferença foi ocupada por aço importado.

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