quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Noticia - Seminário em Londres apresentou oportunidades de negócios no Brasil a empresários europeus e asiáticos - Agência Brasil/Comexdata.

Com o objetivo de atrair investimentos estrangeiros para o Brasil, a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) promoveu ontem (23) um seminário em Londres (Reino Unido) sobre as possibilidades de negócios nas áreas de infraestrutura, óleo e gás, saúde e energias renováveis. Cerca de 150 empresários de vários países participaram do seminário.

Segundo o coordenador de Promoção e Investimentos da Apex, Marcos Mandacaru, a iniciativa atraiu, além de empresários ingleses, interessados de outros países. "Empresas de vários setores demonstraram interesse em conhecer as oportunidade de negócios no Brasil. Por ter sido realizado em um país estratégico, investidores de países como Irã e Emirados Árabes também participaram".

O seminário Investindo e Fazendo Negócios no Brasil objetivou reforçar a imagem do país como destino estratégico de investimentos. Para Mandacaru, o país tem muito mais a oferecer além dos eventos esportivos que sediará nos próximos anos, como Copa do Mundo em 2014 e Olimpíada de 2016.

"A Copa e a Olimpíada são dois marcos no país, mas o Brasil é muito mais que isso. Existe uma demanda crescente de oportunidades, aquecida pelo mercado consumidor e por uma base industrial sólida. Existe um gap [lacuna] entre as cadeias que pode ser bem aproveitado", disse o coordenador da Apex-Brasil. "Agora, queremos estreitar as relações para concretizar os investimentos. Quando os empresários se propõem a visitar in loco [no local] as instalações brasileiras já é um resultado intermediário que demonstra bastante interesse para o objetivo final, que é a concretização do investimento", acrescentou.

Mandacaru destacou que as áreas que despertaram maior curiosidade dos empresários foram as de infraestrutura, gás e petróleo e ciência da vida, que abrange biotecnologia e equipamentos médicos e hospitalares. "Na área de gás e petróleo, não pensamos na exploração do pré-sal, mas sim, na fabricação de máquinas e equipamentos para suportar a extração de petróleo em território nacional", disse.

Noticia - Senado Federal aprova medidas provisórias do Brasil Maior - MDIC/Comexdata.

O Senado Federal aprovou na noite desta terça-feira (22/11) as medidas provisórias 540/2011 e 541/2011, que estabelecem as linhas gerais do Plano Brasil Maior. Como houve apenas alterações de redação no texto que já havia sido aprovado na Câmara dos Deputados, as duas matérias vão à sanção presidencial. Lançada em agosto deste ano, a política industrial para o período de 2011 a 2014 tem como uma das suas principais ações a desoneração da folha de pagamentos.

Medidas

Pelo texto aprovado, empresas de confecções, couro, calçados e de tecnologias da informação (TI) e da informação e comunicação (TICs), além de empresas de call center, deixarão de pagar a alíquota de 20% de contribuição para a Previdência Social e passarão a pagar um percentual sobre a receita bruta. Esse percentual será de 2,5%, no caso TI, TICs e empresas de call center, e de 1,5% nos demais casos. As empresas de transporte público coletivo urbano, com exceção das cooperativas, também estão entre as beneficiadas. A alíquota neste caso será de 2%.

Para garantir que não haja impacto negativo na Previdência, o Tesouro Nacional arcará com a eventual redução na arrecadação desses setores. A medida irá vigorar até o final de 2014 e seus efeitos serão acompanhados por uma comissão tripartite formada por representantes do governo, da iniciativa privada e dos trabalhadores. Outra medida importante contida nas MPs, o Reintegra (Regime Especial de Reintegração de Valores Tributários para as Empresas Exportadoras), não sofreu alterações.

Pelo regime especial, o exportador terá de volta 3% da receita da exportação de bens manufaturados. O valor poderá ser requerido em espécie ou usado para quitar débitos existentes junto à Receita Federal. Decreto a ser publicado em breve irá regulamentar o dispositivo. Também como parte das medidas aprovadas no Congresso Nacional, o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) terá suas competências ampliadas e reforçadas. A atuação da autarquia irá abranger, além das questões de segurança, saúde e proteção do meio ambiente, a prevenção a práticas enganosas de comércio.

Assim, conforme o texto aprovado no Congresso, o Inmetro irá anuir no processo de "importação de produtos por ele regulamentados que estejam sujeitos a regime de licenciamento não automático ou a outras medidas de controle administrativo prévio ao despacho para consumo". Como ocorre com os produtos nacionais, os importados estarão agora sujeitos ao cumprimento de regras estabelecidas pelo órgão de controle de metrologia e qualidade.

O plano também prevê a contratação de 120 analistas de comércio exterior, cujas vagas foram criadas por uma das proposições aprovadas, que irão reforçar o Departamento de Defesa Comercial do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), responsável pelas investigações de práticas desleais de comércio.

A legislação também tratou das regras de origem não-preferenciais e aperfeiçou a base legal para as investigações de falsa declaração de origem. Além disso, foram objeto das mudanças legais o Sistema Integrado de Comércio Exterior de Serviços, Intangíveis e Outras Operações que Produzam Variações no Patrimônio (Siscoserv), que irá registrar operações de comercialização de serviços. As MPs também prorrogam o prazo de vigência das ZPEs criadas até outubro de 1994, que agora terão para comprovar, efetivamente, o início das obras.

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Noticia - Ana Rita pede cuidado na análise de projeto que modifica ICMS sobre produtos importados - Agência Senado/Comexdata.

A eventual aprovação de regime de urgência para o Projeto de Resolução do Senado (PRS) 72/2010, que reduz a zero a alíquota de ICMS sobre operações interestaduais com produtos importados, o estado do Espírito Santo vai falir, afirmou a senadora Ana Rita (PT-ES) nesta quarta-feira (23).

Segundo a senadora, o projeto ameaça a existência do Fundo de Desenvolvimento das Atividades Portuárias (Fundap), que tem sido um importante instrumento de desenvolvimento regional do Espírito Santo, classificado por Ana Rita como "comércio internacional".

Alegando perdas de R$ 600 milhões para os municípios e de R$ 350 milhões para o estado, correspondentes a 50% dos investimentos previstos para 2011, Ana Rita fez um apelo ao senador Romero Jucá (PMDB-RO), autor da proposta, para que ouça as lideranças estaduais antes de votar a matéria.

A senadora ressaltou que 40 empresas estão cadastradas no fundo, representando 412 mil empregos. Por isso, pediu uma definição "responsável e gradual" para a questão, de forma a garantir compensações e possibilitar a construção de alternativas que não inviabilizem a economia do estado.

Ana Rita lembrou que, recentemente, o Senado tomou uma decisão que já impôs "enormes prejuízos" ao Espírito Santo, reduzindo sua participação na distribuição dos royalties do petróleo oriundos da exploração do pré-sal.

-Ignorar a situação e essas condições é condenar o Espírito Santo, seus municípios e sua população à ruína social - avaliou a senadora, que leu manifesto de prefeitos de seu estado contra os prejuízos que a aprovação apressada do projeto poderá causar.

Noticia - Receita Federal e PF farão operação padrão nas fronteiras e aduanas - Agência Brasil/Comexdata.

Delegados, peritos e auditores-fiscais da Receita Federal, além de agentes e servidores administrativos da Polícia Federal (PF) fazem uma operação padrão nas regiões de fronteira e aduana hoje (24).

De acordo com a Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapref), os servidores reivindicam a implantação do adicional de fronteira e de difícil provimento, o fim da terceirização dos serviços da PF, o fim das perseguições a representantes sindicais e servidores, além de uma política de enfrentamento ao assédio moral.

A federação disse que a operação padrão alcançará todos os postos de fronteira e bases fluviais instaladas em rios estratégicos que cortam a Amazônia, vindos de países vizinhos. Além disso, servidores da PF de 12 estados e do Distrito Federal farão manifestações em frente ao Ministério da Justiça.

O adicional do salário aos agentes que trabalham nas fronteiras faz parte do Plano Estratégico de Fronteiras, lançado em junho pela presidenta Dilma Rousseff. O plano também prevê duplicação do efetivo operacional e melhoria das instalações. De acordo com a Fenapref, com o corte de R$ 1,5 bilhão no Orçamento de 2011, o Ministério da Justiça informou que a maioria das ações só começará em 2012.

Legislação - Noricia Siscomex nº 54/2011 - Novo tratamento administrativo - NCM 8481.80.97 - LI

Através da Noticia Siscomex nº 54/2011 e com base na Portaria Secex 23/2011, o DECEX informamos que a partir do dia 24/11/2011 terá vigência Novo Tratamento Administrativo Siscomex para as importações dos produtos classificados na NCM 8481.80.97, os quais estarão sujeitos a Licenciamento Não Automático para fins de acompanhamento estatístico, prévio ao embarque no exterior, com anuência Decex realizada pela Coordenação Geral de Licenças de Importação - CGLI.

Nos casos de mercadorias embarcadas anteriormente ao inicio da vigência desse tratamento, as correspondentes Licenças de Importação poderão ser deferidas sem restrição de embarque desde que tenham sido registradas no siscomex em ate 30 dias da data de inclusão da anuência do Decex, na forma dos parágrafos 3º e 4º do artigo 17 da Portaria Secex 23/2011. apos esse prazo, a retirada da restrição ficara condicionada a apresentação do respectivo conhecimento de embarque para a CGLI/DECEX.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Noticia - Mesmo com crise, empresas brasileiras continuam tendo acesso a empréstimos no exterior - Agência Brasil/Comexdata.

A crise econômica externa tem gerado impactos no país por meio da redução da demanda externa por produtos brasileiros, das viagens ao exterior e nas menores remessas de recursos de brasileiros que trabalham em outros países. Por outro lado, as empresas brasileiras continuam tendo acesso aos empréstimos no exterior, mesmo com a incertezas do mercado financeiro internacional. A avaliação é do chefe adjunto do Departamento Econômico do Banco Central (BC), Fernando Rocha.

De acordo com ele, há menor dinamismo dos parceiros comerciais do Brasil, o que levou à redução do ritmo das exportações e importações, a partir de maio deste ano.

Outro impacto decorre da "situação mais difícil" em países para onde os brasileiros costumam ir, com os da Europa, os Estados Unidos e o Japão. Com isso, há menores remessas de recursos desses pessoas ao Brasil. Em outubro, as receitas que chegaram ao país ficaram em US$ 138 milhões, contra US$ 163 milhões de igual período de 2010. De janeiro a outubro, o total ficou em US$ 1,644 bilhão, ante 1,712 bilhão nos dez meses de 2010.

Os efeitos da crise externa também podem ser percebidos nos dados sobre as viagens internacionais, com redução das idas de brasileiros ao exterior. Segundo Rocha, isso ocorre devido à alta recente da cotação do dólar, o que gera impacto imediato na disponibilidade de recursos para os brasileiros gastarem no exterior. Em outubro, foi registrada a terceira queda seguida em relação ao mês anterior dos gastos de brasileiros em viagens a outros países. No mês passado, as despesas no exterior chegaram a US$ 1,72 bilhão, uma redução em relação ao total de setembro (US$ 1,776 bilhão). Em agosto, os gastos ficaram em US$ 1,902 bilhão depois de registrar US$ 2,195 bilhões, em julho.

Também estão sujeitos ao impacto da crise os empréstimos externos às empresas brasileiras. Entretanto, atualmente, não tem sido observada redução dos empréstimos, como ocorreu na crise financeira internacional, iniciada em 2008. No mês passado, a taxa de rolagem de empréstimos de médio e longo prazos ficou em 412%, "mostrando que as empresas brasileiras em outubro ainda tiveram acesso ao mercado em montante superior ao que precisavam para pagar [os vencimentos]", segundo ele. Ou seja, o número mostra que as empresas não somente rolaram os vencimentos, mas também tomaram novos recursos.

De acordo com Rocha, em outubro, as empresas tiveram mais acesso a empréstimos diretos do que a negócios por meio de lançamentos de papéis (bônus, notes e commercial papers) no exterior. Mas em novembro, de acordo com Rocha, as emissões de papéis voltaram a crescer. "O mercado internacional neste período ainda está aberto às empresas brasileiras, mesmo com toda a volatilidade e incertezas", acrescentou.

Noticia - Aprovada criação de fundo de financiamento à exportação - Agência Senado/Comexdata.

O Plenário do Senado aprovou nesta terça-feira (22) Projeto de Lei de Conversão 28/2011, decorrente da Medida Provisória 541/2011, que cria o Fundo de Financiamento à Exportação (FFEX). O fundo tem por objetivo financiar exportações de bens e serviços brasileiros, incentivando a exportação, em especial das micro, pequenas e médias empresas. O projeto foi aprovado em votação simbólica.

Assim como a PLV 29/2011, decorrente da MP 540/2011, também aprovado, o 541/2011 também faz parte do Plano Brasil Maior, lançado pelo governo federal para estimular a indústria brasileira. A proposta vista aumentar a competitividade da indústria brasileira no mercado internacional, evitando a desindustrialização no país e fortalecendo o sistema de defesa comercial. O novo fundo terá taxas de financiamento atrativas, que serão definidas pelo seu estatuto, ainda a ser criado.

Para o senador Magno Malta (PR-ES), relator da proposta no Senado, o texto atende à necessidade de se evitar o processo de desindustrialização da economia brasileira, decorrente da sobrevalorização do real, e o consequente aumento da participação dos produtos importados no mercado nacional.

- As medidas são positivas e estão na direção correta, principalmente no que tange ao estímulo à inovação e ao aumento de competitividade das empresas brasileiras. Tais medidas deverão fortalecer a indústria nacional e torná-las mais competitivas frente à concorrência internacional - defendeu o relator, que apresentou apenas uma emenda de redação ao projeto original para melhorar o texto da lei. 

Setores beneficiados


Uma novidade da proposta é a inclusão do setor de autopeças na lista das empresas passíveis de receber subvenção econômica por meio do FFEX. Na lista anterior já constavam empresas de pedras ornamentais, beneficiamento de madeira, de couro, calçados e artefatos de couro, têxtil, de confecção, inclusive linha lar, móveis de madeira, frutas in natura e processadas, cerâmicas, software e prestação de serviços de tecnologia da informação.

Por meio de emenda da Câmara dos Deputados, onde o projeto foi relatado pelo deputado Ratinho Júnior (PSC-PR), o setor de fertilizantes e defensivos agrícolas, bem como as empresas do setor de ajudas técnicas e tecnologias de assistência às pessoas com deficiência, também passaram a ser beneficiadas.

Com outra emenda apresentada na Câmara, o PLV 28/11 passou a destinar 50% dos recursos do novo fundo a micro e pequenas empresas exportadoras. Caso não haja procura por esses recursos ou as empresas sejam inabilitadas, o dinheiro poderá então ser direcionado a empresas maiores.

Subvenção


O FFEX, criado pelo projeto, será administrado e gerido por banco controlado direta ou indiretamente pela União e contará com capital inicial da própria União no valor de até R$ 1 bilhão. Para formar o patrimônio do fundo poderão ser usados títulos públicos, moeda corrente ou participações minoritárias em outras empresas federais.

De acordo com o texto, o valor total de financiamentos subvencionados pela União - antes estipulado em R$ 208 bilhões para operações contratadas pelo BNDES destinadas à aquisição e produção de bens de capital e R$ 1 bilhão para operações contratadas pela Finep para inovação - passa a totalizar R$ 209 bilhões. Sendo que a distribuição entre o BNDES e a Finep passa a ser estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CNM). Ainda está prevista a ampliação de 30 de junho para 31 de dezembro de 2012 do prazo de operações de financiamento a serem contratadas com essa subvenção.

A MP 541/11 também alterou o nome do Ministério de Ciência e Tecnologia para Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).

Noticia - Participação de importados no consumo doméstico de produtos industriais atinge alta recorde - Agência Brasil/Comexdata.

A participação dos produtos importados no consumo doméstico de bens industriais atingiu 21,5% no fechamento do período de quatro trimestres encerrado em setembro, com alta de 1,2 ponto percentual sobre o acumulado dos quatro trimestres de 2010. Foi o maior valor da série histórica, quase 10 pontos percentuais acima do ponto mais baixo, registrado em 2003.

A participação das exportações na produção industrial, por sua vez, atingiu 17,9% no acumulado do mesmo período de quatro trimestres encerrado em setembro, aumento de 0,4 ponto percentual em relação a 2010. Os números foram apurados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e divulgados nesta terça-feira no primeira edição do informativo Coeficientes de Abertura Comercial.

No caso das exportações, o resultado anualizado do terceiro trimestre interrompeu um período de quedas sucessivas desde 2006. Com relação ao chamado coeficiente de penetração das importações, que mede a participação dos produtos industriais importados no consumo doméstico, a trajetória é de alta desde 2003, com exceção de 2009, ano que refletiu a crise financeira global.

Com relação à indústria de transformação, o coeficiente de exportações subiu 0,4 ponto percentual, fechando o período de quatro trimestres terminado em setembro em 15%. Na indústria extrativista, aumento de 0,8 ponto percentual em relação a 2010, atingindo 73,7%.

Já o coeficiente de penetração das importações da indústria de transformação aumentou 1,3 ponto percentual na comparação com 2010, passando para 20,4%. Na indústria extrativista, o coeficiente se manteve estável de um ano para o outro, situando-se em 58,8% (queda de 0,4 ponto percentual em relação ao ano passado).

O chefe do Departamento Econômico da CNI, Flávio Castelo Branco, avaliou que "é necessária uma reversão desse quadro, que é mais grave nos setores de têxteis e de bens de capital". No caso da indústria de tecelagem, enquanto o coeficiente de importações atingiu 22,6%, o de exportações na produção total não passou de 11,4%. Entre os setores de bens de capital, o de máquinas e equipamentos registrou coeficiente de exportação de 18,5% contra coeficiente de penetração de importações no consumo doméstico de praticamente 40%.

"A política industrial precisa se voltar para melhorar a competitividade, para obter mais inserção na economia mundial e, assim, favorecer o aumento do crescimento interno. Não podemos permitir que os dois coeficientes se distanciem mais ainda, como aconteceu nos últimos dois ou três anos", advertiu Castelo Branco.

Segundo o economista, os fatores que mais atrapalham a competitivdade da economia brasileira são "a elevada carga tributária, as disparidades cambiais, os problemas de logística, custos de capital e acesso a financiamento, além de outros fatores ligados à inovação e educação. O viés para a importação tende a aumentar, favorecendo mais os produtos estrangeiros".

A demanda interna continua atrativa pelo lado do consumo e isso agrava a situação, segundo Castelo Branco. No entanto, a pesquisa feita pela CNI constatou tendência de retomada lenta do crescimento do coeficiente de exportação no restante deste ano. Houve crescimento da exportação pela indústria de transformação, associado a virtual estabilidade da produção no período.

Noticia - Governo promete reduzir burocracia nos portos marítimos - Agência Brasil/Comexdata.

Até o fim de 2013, a burocracia que os navios precisam enfrentar para atracar nos 35 portos marítimos brasileiros será simplificada com a implantação do Programa Porto sem Papel (PSP). A previsão do ministro da Secretaria dos Portos, José Leônidas Cristino, e foi apresentada ontem (22) em mais um balanço da segunda fase do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2).

Por enquanto, só os portos de Santos (SP), Rio de Janeiro (RJ) e Vitória (ES) adotaram o programa, que concentra, de forma eletrônica na internet, informações enviadas pelas agências marítimas para a liberação de atracação e operação dos navios, eliminando o trâmite de 112 documentos (em diversas vias) e 935 informações para seis órgãos diferentes.

"Já iniciamos [a implantação do PSP] nos portos de Salvador e de Ilheus. A previsão é que [esse processo] seja iniciado e concluído em 15 portos ainda em 2012. Em outros 12, serão iniciados em 2012 e concluídos em 2013", disse o ministro.

Cristino acrescentou que o PSP prevê, também, investimentos nos acessos terrestres aos portos. "Denominamos isso como carga inteligente, que também dispensará a necessidade de apresentar papel. Hoje, os contêineres provocam transtornos nas cidades. Faremos controle da carga e do deslocamento desses contêineres também pela internet, facilitando o aumenmto da movimentação de carga e a agilidade da atividade portuária".

O ministro disse ainda que as medidas ajudarão na redução do custo Brasil. "O seguro de cada navio também será diminuído, melhorando a competitividade de nossos produtos".

Legislação - Circular SECEX nº 60/2011 - Laminados planos de baixo carbono e baixa liga provenientes de lingotamento convencional ou contínuo - Importações da Rússia, Espanha, Coréia do Sul e Romênia - Dumping - Encerramento de investigação.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Noticia - Greve no Porto de Santos afeta pelo menos 15 navios - Agência Brasil/Comexdata.

Uma paralisação de empregados da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), que administra o Porto de Santos, afetou, no início da tarde de ontem (21), a atracação ou a partida de pelo menos 15 navios. A greve, iniciada às 6h, foi convocada por 24 horas.

Segundo o presidente do Sindicato dos Empregados na Administração Portuária (Sindaport), Everandy Cirino dos Santos, a adesão à paralisação é praticamente total, mobilizando cerca de mil trabalhadores representados pelo sindicato. Estão em greve empregados administrativos e de unidades de fiscalização e de atracação, além de escriturários, e eletricistas. "Só estão trabalhando os funcionários de atividades essenciais, como bombeiros e agentes da Guarda Portuária", informou Santos.

De acordo com Santos, a greve é um protesto pelo descumprimento do último acordo coletivo da categoria. Ele disse que o acordo com a Codesp previa reajuste dos salários, tratamento igualitário entre a remuneração dos novos funcionários e dos antigos e adoção de auxílios.

A Adesp confirma que a área de atracação do porto está praticamente parada. Em nota, a companhia afirma que submeteu a proposta do acordo coletivo ao Ministério do Planejamento, mas "a pasta federal, entretanto, não autorizou algumas das cláusulas apresentadas".

Quanto ao tratamento igualitário para os novos funcionários, a Codesp diz que propôs ao Planejamento a suspensão da distinção e que, "em momento algum, deixou de cumprir o que propôs ao Sindaport". A companhia afirma ainda que o índice de reajuste salarial, de 9,643%, foi aceito pelos empregados.

Noticia - Terceira semana de novembro registra exportações de US$ 3,824 bilhões - MDIC/Comexdata.

Na terceira semana de novembro (14 a 20), com quatro dias úteis, a corrente de comércio (soma das exportações e importações) foi de US$ 7,366 bilhões, com média diária de US$ 1,841 bilhão. Houve superávit, no período, de US$ 282 milhões, com média de US$ 70,5 milhões por dia útil. As vendas brasileiras ao mercado externo foram de US$ 3,824 bilhões (média diária de US$ 956 milhões). Pela média, houve redução de 21,5% em relação ao resultado até a segunda semana (US$ 1,218 bilhão).

Neste comparativo, houve retração nas exportações das três categorias de produtos. Entre os básicos (-26,3%), as principais quedas foram em petróleo, soja em grão, carne de frango, bovina e suína, farelo de soja e algodão em bruto. Nos manufaturados (-25,6%), decresceram as vendas de automóveis de passageiros, autopeças, açúcar refinado, veículos de carga, pneumáticos e partes de motores para veículos automóveis e, entre os semimanufaturados (-3,1%), de ferro-ligas, óleo de soja em bruto, couros e peles, semimanufaturados de ferro e aço e ferro fundido.

As aquisições no exterior, na terceira semana de novembro, foram de US$ 3,542 bilhões (média de US$ 885,5 milhões). Apontou-se retração de 18,7%, sobre a média verificada até a segunda semana (US$ 1,089 bilhão), explicada, principalmente, pela diminuição nos gastos com combustíveis e lubrificantes, equipamentos mecânicos, veículos automóveis e partes, equipamentos eletroeletrônicos, adubos e fertilizantes e siderúrgicos. 

Mês


As exportações, no acumulado de novembro, com 12 dias úteis (1º a 20), foram de US$ 13,569 bilhões, com média diária de US$ 1,130 bilhão. Por este comparativo, o número é 27,9% superior à média de US$ 884,4 milhões do mês de novembro de 2010, com crescimento das exportações das três categorias de produtos.

Entre os básicos (44,7%), houve aumento considerável nas vendas de soja em grão, algodão em bruto, carne de frango, bovina e suína, minério de ferro, café em grão, petróleo e farelo de soja. Para os semimanufaturados (21%), os destaques foram ferro fundido, semimanufaturados de ferro e aço, óleo de soja em bruto, couros e peles, açúcar em bruto, celulose e ferro-ligas. Entre os manufaturados (12,1%), os produtos com maior crescimento nas exportações foram óleos combustíveis, automóveis, máquinas para terraplanagem, polímeros plásticos, partes de motores para veículos e veículos de carga.

Já em relação à média de outubro deste ano (US$ 1,107 bilhão), houve aumento de 2,1% nas exportações, com elevação nas vendas de produtos semimanufaturados (19,4%) e manufaturados (0,9%), enquanto decresceram os embarques de básicos (-1,6%).

Nas três primeiras semanas do mês, as importações chegaram a US$ 12,255 bilhões, com um resultado médio diário de US$ 1,021 bilhão. A média é 17,4% maior que a de novembro do ano passado (US$ 869,8 milhões). Aumentaram os gastos, principalmente, com cereais e produtos de moagem (42,4%), veículos automóveis e partes (38,9%), combustíveis e lubrificantes (38,1%), adubos e fertilizantes (36,6%) e farmacêuticos (23,8%).

Na comparação com o resultado médio de outubro de 2011 (US$ 989,2 milhões), os gastos no mercado externo registraram aumento de 3,2%. Houve incrementos, principalmente, em cereais e produtos de moagem (59,2%), farmacêuticos (14,4%), veículos automóveis e partes (12,9%), adubos e fertilizantes (11,3%), siderúrgicos (6,8%) e instrumentos de ótica e precisão (6,6%).

No mês, o saldo da balança comercial é positivo em US$ 1,314 bilhão, com média diária de US$ 109,5 milhões. No comparativo com as médias de outros meses, o valor é 652,6% maior que o registrado em novembro de 2010 (US$ 14,6 milhões) e 7% inferior ao de outubro último (US$ 117,7 milhões).

A corrente de comércio em novembro já soma US$ 25,824 bilhões, com média diária de US$ 2,152 bilhões. Neste resultado, houve crescimento de 22,7% em relação à média de novembro de 2010 (US$ 1,754 bilhão) e aumento de 2,7% na comparação com outubro passado (média de US$ 2,096 bilhões).

Acumulado do Ano


De janeiro até a terceira semana de novembro, o superávit da balança comercial chega a US$ 26,702 bilhões (média diária de US$ 120,8 milhões). O resultado é 75,9% maior que o verificado no mesmo período do ano passado (média diária de US$ 68,7 milhões). Nos 221 dias úteis de 2011, a corrente de comércio somou US$ 424,714 bilhões (média diária de US$ 1,921 bilhão), com aumento de 26,5% sobre a média do mesmo período do ano passado (US$ 1,518 bilhão).

No acumulado do ano, as exportações alcançaram US$ 225,708 bilhões (média diária de US$ 1,021 bilhão), resultado 28,7% acima do verificado no mesmo período de 2010, que teve média diária de US$ 793,7 milhões. O resultado anual acumulado das importações também está 24,2% maior em relação ao ano passado (média diária de US$ 725 milhões). No ano, as importações chegam a US$ 199,006 bilhões (média diária de US$ 900,5 milhões).


Mais informações para a imprensa:
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André Diniz
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Noticia - No 3º Encomex Mercosul, 14 estados terão mapas estratégicos definidos - MDIC/Comexdata.

Durante o 3º Encontro de Comércio Exterior do Mercosul (3º Encomex Mercosul), marcado para os dias 1º e 2 de dezembro, em Curitiba-PR, 23 estados estarão reunidos com 15 entidades nacionais parceiras do Plano Nacional da Cultura Exportadora para validar e ajustar o planejamento para os anos 2012-2015. No evento, serão definidos os mapas estratégicos de comércio exterior e os planos de ação com o objetivo de promover a cultura exportadora em todo o país.

Os documentos trarão ações e iniciativas planejadas entre diversas instituições nacionais e locais, com metas claras e com o alinhamento ao Plano Brasil Maior, para consolidar uma política nacional de comércio exterior.

"Esse trabalho é inédito no país. Pela primeira vez, estamos colocando todas as instituições públicas que trabalham em comércio exterior em contato direto para cruzar as informações e localizar as demandas e encaminhá-las para o atendimento dos serviços e iniciativas oferecidas", explica a secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Tatiana Lacerda Prazeres.

Os mapas estratégicos têm como eixos temáticos a própria cultura exportadora, com ações para capacitação e realização de eventos; a inteligência comercial e competitiva, com estudos e pesquisas de mercado; e o ambiente de negócios, com iniciativas previstas para apoio técnico, certificação, adequação tecnológica, simplificação de processos, crédito, financiamento e incentivos tributários.

Além disto, a diversificação e a qualificação da pauta exportadora e a promoção comercial também compõem as inciativas previstas nos mapas estratégicos dos estados de Amazônia, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

Outros noves estados (Acre, Alagoas, Amapá, Paraíba, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima, Sergipe e Tocantins) terão lançados planos de ação do 3º Encomex Mercosul, que são documentos mais simplificados com previsão de um trabalho de base para alavancar o potencial exportador e melhorar o ambiente institucional relacionado ao comércio exterior.                                   

Encomex Mercosul


Promovido pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), o Encomex Mercosul pretende avaliar as duas décadas de experiência do Mercosul e planejar os próximos vinte anos do bloco econômico. As inscrições são gratuitas e já podem ser feitas na página do evento.

Os palestrantes debaterão maneiras de facilitar o comércio entre os países do bloco econômico e tratarão de temas específicos, entre eles, crescimento econômico, inovação, competitividade, câmbio, mecanismos de financiamento e negociações com terceiros países. Haverá, inclusive, um painel especifico para discutir as relações comerciais entre Mercosul e Canadá, com a vinda de uma delegação canadense.

Na programação, estão previstos também painéis com a participação de ministros dos países membros do bloco econômico e de outras autoridades. Haverá ainda estandes institucionais voltados para os empresários que atuam no bloco comercial e um balcão de atendimento com técnicos do MDIC para solução de dúvidas e pendências relacionadas ao comércio exterior.

Empresas exportadoras do bloco irão apresentar suas experiências comerciais exitosas no Mercosul, e a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP) promoverão um Encontro de Negócios com empresários do bloco econômico.  

Para marcar ainda o evento, os dados da balança comercial do mês de novembro e do acumulado do ano serão anunciados em entrevista coletiva durante o Encomex Mercosul. O Banco do Brasil irá aproveitar o encontro para anunciar os vencedores do Prêmio Proex Excelência.

Parceiros


O Encomex Mercosul é promovido pelo MDIC, juntamente com o Ministério das Relações Exteriores (MRE), o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), a Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República (SRI/PR) e a Secretaria da Indústria, do Comércio e Assuntos do Mercosul do Governo do Paraná.

O evento conta com patrocínio do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal.

O Encomex Mercosul conta ainda com o apoio da Federação das Indústrias do Paraná (FIEP), da Federação do Comércio do Paraná (Fecomércio-PR), da Federação das Associações Comerciais e Empresarias do Estado do Paraná (Faciap), da Associação Comercial do Paraná (ACP), do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Paraná (Sebrae-PR), da Itaipu Binacional e da Confederação Nacional das Micro e Pequenas Empresas (Conampe).

O objetivo é fomentar a cultura exportadora e estimular a maior participação do empresariado brasileiro no comércio internacional com a divulgação de informações estratégicas sobre exportações, mecanismos de apoio ao exportador, oportunidades de negócios, logística, inovação e financiamento.




Mais informações para a imprensa:
Assessoria de Comunicação Social do MDIC
(61) 2027-7190 e 2027-7198
André Diniz

Noticia - Governo prorroga MP que prevê incentivo à exportação - Agência Brasil/Comexdata.

Foi prorrogada por mais dois meses a vigência da Medida Provisória (MP) 546 que dispõe sobre a prestação de auxílio financeiro pela União, no valor de R$ 1,9 bilhão, aos estados, municípios e Distrito Federal, no exercício de 2011, com o objetivo de fomentar as exportações do país. O mesmo tipo de auxílio ocorreu nos exercícios de 2004 a 2010. A prorrogação da medida está publicada no Diário Oficial da União de ontem (21) e foi assinada pelo presidente da Mesa do Congresso Nacional, senador José Sarney.

Mais duas MPs foram prorrogadas por igual período - a 544 e a 545. A primeira estabelece normas especiais para o desenvolvimento de produtos e de sistemas de defesa, além de conter regras de incentivo à área estratégica de defesa. A segunda, entre outros assuntos, altera a incidência para a contribuição do PIS/Pasep e da Cofins na cadeia produtiva do café e institui o programa Cinema Perto de Você. Se nesse prazo, as medidas provisórias não forem aprovadas, perdem a eficácia.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Legislação - Resolução CAMEX nº 92/2011 - Dumping - Importações dos EUA e Argentina - Diisocianato de tolueno - Aplicação.

Através da Resolução CAMEX n° 92/2011 se encerrou a investigação com aplicação do direito antidumping definitivo, por um prazo de 5(cinco) anos, às importações brasileiras de diisocianato de tolueno obtido com a seguinte mistura de isômeros de tolueno: 80% 2,4-TDI e 20% 2,6-TDI (TDI- 80/20), originárias dos EUA e Argentina, classificado no item 2929.10.21 da Nomenclatura Comum do Mercosul - NCM, a ser recolhido sob a forma de alíquotas específicas fixadas e dólar estadunidenses, nos montantes mencionados. 

Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação, ocorrida em 18/11/2011.

Legislação - Resolução CAMEX nº 89/2011 - Resolução CAMEX nº 75/2011 - Pedido de Reconhecimento - Negativa de Provimento.

Através da Resolução CAMEX nº 89/2011 se nega provimento aos pedidos de reconsideração apresentados face à Resolução CAMEX nº 75/2011. Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação, ocorrida em 18/11/2011.

Legislação - Resolução CAMEX nº 90/2011 - Resolução CAMEX nº 71/2011 - Pedido de Reconsideração - Negativa de Conhecimento.

Através da Resolução CAMEX nº 90/2011 se nega conhecimento ao pedido de reconsideração apresentado face à Resolução CAMEX nº 71/2011. Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação, ocorrida em 18/11/2011.

Legislação - Resolução CAMEX nº 91/2011 - Resolução CAMEX nº 63/2011 - Pedido de reconsideração - Negativa de Conhecimento.

Através da Resolução CAMEX nº 91/2011 se nega conhecimento ao pedido de reconsideração apresentado face à Resolução CAMEX nº 63/2011. Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação, ocorrida em 18/11/2011.

Legislação - MP nº 549/2011 - PIS/PASEP, COFINS, PIS/PASEP-Importação, COFINS-Importação - Alíquota zero.

Através da Medida Provisória n° 549/2011 se alterou o § 12 do art. 8° e art. 28 da Lei n° 10.865/2004, que trata da contribuição do PIS/PASEP e COFINS incidentes sobre as importações de bens e serviços e no mercado interno, entre outras disposições. 

Tal alteração acrescentou produtos destinados a pessoas com deficiência, que ficam sujeitos a alíquota 0 (zero) da contribuição para o PIS/PASEP e COFINS e para o PIS/PASEP-Importação e COFINS-Importação. Dentre os produtos, classificados nos códigos TIPI mencionados, destacam-se: a) calculadora equipada com sintetizador de voz (8470.10.00); b) teclado com colmeia (8471.60.52); c) acionador de pressão (8471.60.53); d) linha braille (8471.60.90); e) digitalizador de imagens (scanners) equipado com sintetizador de voz (8471.90.14); f) lupa eletrônica do tipo utilizados por pessoas com deficiência visual (8525.80.19); g) implantes cocleares (9021.90.19); h) próteses oculares (9021.90.89). 

Esta Medida Provisória entra em vigor na data de sua publicação, ocorrida em 18/11/2011.

Legislação - Ato MCN nº 44/2011 - MP nº 545/2011 - IPI, PIS, COFINS, PIS/PASEP-Importação, COFINS-Importação, IOF - AFRMM, suspensão e crédito de PIS/COFINS nas operações com café, prazo para recolhimento do IOF, IPI do setor automotivo e RECINE - MP nº 545/2011 - Prorrogação.

Através do Ato do Presidente da Mesa do Congresso Nacional nº 44/2011, a Medida Provisória nº 545 de 2011 teve sua vigência prorrogada pelo período de 60 dias.

A Medida Provisória nº 545/2011, dentre outros assuntos, dispôs sobre: a) o Adicional ao Frete para a Renovação da Marinha Mercante - AFRMM e o Fundo da Marinha Mercante; b) a suspensão e o crédito presumido de PIS/PASEP e COFINS nas operações com café; c) o prazo de recolhimento do IOF incidente nos contratos de derivativos financeiros; d) o IPI do setor automotivo; e) a instituição do Programa Cinema Perto de Você; f) o Regime Especial de Tributação para Desenvolvimento da Atividade de Exibição Cinematográfica (RECINE).

legislação - Ato MCN nº 43/2011 - MP nº 544/2011 - PIS, COFINS, PIS-importação, COFINS-importação, IPI - Sistemas e produtos de defesa - Regime Especial Tributário para a Indústria de Defesa - RETID - Prorrogação.

Através do do Ato do Presidente da Mesa do Congresso Nacional nº 43/2011, a Medida Provisória nº 544 de 2011 teve sua vigência prorrogada pelo período de 60 dias.

A Medida Provisória nº 544/2011 dispôs sobre o Regime Especial Tributário para a Indústria de Defesa - RETID.

Noticia - Brasil e Uruguai preparam reunião da Cúpula do Mercosul em dezembro - Agência Brasil/Comexdata.

O ministro das Relações Exteriores do Uruguai, Luis Almagro, está hoje (21) Brasília para aprofundar as parcerias na área de integração regional. A visita dele ocorre a um mês da viagem da presidenta Dilma Rousseff a Montevidéu, capital uruguaia. O governo do presidente uruguaio, José Pepe Mujica, está na Presidência temporária do Mercosul.

Em Brasília hoje,  Almagro se reúne com o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, para revisar os temas da agenda bilateral e regional. Ambos também prepararão as reuniões para a Cúpula do Mercosul, em dezembro - na qual estarão Dilma, Mujica e os presidentes da Argentina, Cristina Kirchner, e do Paraguai, Fernando Lugo.

Nas reuniões em Montevidéu, a previsão dos negociadores é que os impactos da crise econômica internacional e a retomada das negociações com a União Europeia dominem as discussões. Em maio deste ano, quando Dilma esteve no Uruguai, foram firmados 16 protocolos de parcerias. Na ocasião, predominaram as propostas de acordos científicos e comerciais.

O Brasil é o principal parceiro comercial do Uruguai. Em 2010, o comércio bilateral superou US$ 3 bilhões, representando um aumento 19,4% em relação a 2009. O intercâmbio comercial foi equilibrado, tendo o montante de exportações brasileiras atingido US$ 1,5 bilhão, mesmo valor das importações provenientes do país vizinho.

Noticia - Receita vai simplificar PIS-Cofins - FENACON/Comexdata.

A Receita Federal estuda a simplificação de dois dos principais tributos brasileiros: a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e a Contribuição para o Programa de Integração Social (PIS). Os estudos, em fase preliminar, ainda serão apresentados ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, para, em seguida, serem submetidos à presidente Dilma Rousseff.

Segundo adiantou ao Valor o secretário da Receita, Carlos Alberto Barreto, um novo desenho do PIS e da Cofins está na agenda do órgão, que espera reduzir as disputas judiciais envolvendo a complexa legislação dos dois tributos, cujo recolhimento pode gerar crédito tributário. "Nosso regulamento da Cofins é o mais volumoso de todos, e o sistema gera uma série de distorções. Entender o funcionamento da Cofins é algo muito complexo", afirmou Barreto.

Barreto não desistiu de taxar com Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) o rendimento das debêntures adquiridas por sócios das companhias emissoras e seus parentes. A CSLL não incide sobre a renda das debêntures, e o objetivo da Receita é cobrar apenas dos sócios da própria companhia, por entender que há um ganho indevido na operação. A taxação quase foi inserida no substitutivo da MP 540, que criou o Programa Brasil Maior, mas não foi acatada pelo relator. "Queremos fechar as portas para o planejamento tributário abusivo", disse. A medida será encaminhada à Fazenda e à Casa Civil e poderá ser adotada por MP.

Crítico dos parcelamentos especiais, Barreto afirmou que o "Refis da Crise", o mais recente deles, "foi o último". Quando lançado, em 2009, o Refis da Crise recebeu 577,9 mil inscrições. No entanto, apenas 212,4 mil empresas permanecem no programa. "Trata-se de um expediente que induz o comportamento do contribuinte, que deixa de pagar porque sabe que será acolhido em um novo parcelamento especial", disse o secretário, que adiantou o próximo passo do Fisco: a avaliação, caso a caso, das empresas inscritas no programa. "A empresa pode pedir 60 meses, mas se analisarmos que ela tem condições de pagar em 10 ou 20 meses, vamos cobrar", afirmou.

A arrecadação tributária entre janeiro e outubro foi 12% maior, em termos reais, que em igual período de 2010, e a Receita estima novo aumento em 2012. As receitas serão engordadas por R$ 18 bilhões em arrecadação extraordinária. A estimativa leva em conta um número "pequeno" dentro do universo de R$ 300 bilhões em créditos que a Receita tem em ações que tramitam no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf).

Não haverá mais nenhum Refis, afirma secretário

O governo vai abandonar a política de parcelamento especial de débitos dos contribuintes com a Receita Federal. Segundo Carlos Alberto Barreto, o secretário da Receita Federal, o chamado "Refis da Crise" foi o último. "Trata-se de um expediente que induz o comportamento do contribuinte, que deixa de pagar porque sabe que será acolhido em um novo parcelamento especial", afirmou Barreto, que concedeu, na quinta-feira, em seu gabinete, a primeira entrevista ao Valor desde que assumiu o cargo, em janeiro.

Quando foi lançado, em 2009, o mais recente parcelamento especial, o "Refis da Crise" recebeu 577,9 mil inscrições. No entanto, apenas 212,4 mil permanecem no programa. Barreto adiantou o próximo passo do Fisco: a avaliação, caso a caso, das empresas inscritas no programa. "A empresa pode pedir 60 meses, mas se analisarmos que ela tem condições de pagar em dez ou 20 meses, vamos cobrar", afirmou. "Vemos empresas que estão no parcelamento especial como objeto de notícias na imprensa anunciando a compra de concorrentes no exterior, e a divulgação de grandes investimentos. O Estado não pode financiar uma coisa dessas", disse o secretário da Receita.

Segundo Barreto, os esforços da Receita no ano que vem estarão concentrados em uma revisão da legislação de dois dos principais tributos brasileiros e também na regulamentação da norma geral antielisão.

"Nossa legislação não é complexa, é a legislação das grandes empresas que é complexa "
Os tributos que são centro de estudos na Receita para futura revisão são a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e a Contribuição para o Programa de Integração Social (PIS). Complexos, segundo Barreto, os tributos serão simplificados pela Receita, que ainda levará o resultado dos seus estudos técnicos ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, e, em seguida, à presidente Dilma Rousseff.

Já a norma geral antielisão, uma antiga demanda do setor privado e de advogados tributaristas, deve voltar a concentrar a atenção dos técnicos do Fisco no ano que vem.

Antes disso, no entanto, a Receita ainda deve encaminhar ao governo a instituição da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) sobre as debêntures adquiridas por sócios e familiares da empresa emissora. "O que queremos com essa medida é fechar as portas para o planejamento tributário abusivo", afirmou Barreto.

A seguir, os principais pontos da sua entrevista:

Valor: O ritmo menor de crescimento fez o PIB se reduzir dos 7,5% registrados em 2010 para uma taxa próxima a 3% neste ano. Ainda assim, a arrecadação aumentou 12,2%, em termos reais, de janeiro a outubro. O que explica esse desempenho?

Carlos Alberto Barreto: O grande salto na arrecadação é oriundo de tributos que incidem sobre o consumo das famílias e a massa salarial. Além disso, no primeiro quadrimestre do ano tivemos uma arrecadação muito boa das empresas, devido ao recolhimento no último trimestre de 2010. A atividade neste ano começou a responder às medidas macroprudenciais que o Banco Central lançou em dezembro do ano passado e também à instituição do IOF sobre o crédito para o consumo. Ainda que este tenha um efeito arrecadatório, serviu para o objetivo do governo, de desaquecer a economia. A arrecadação brasileira continua sendo pró-cíclica, mas apesar do declínio do PIB conseguimos aumentar a arrecadação, porque o consumo continuou forte. O nível de importação se acentuou e isso atendeu o consumo das famílias.

"A Receita é entusiasta da ideia de cadastro positivo para operações de comércio exterior"
Valor: É possível sustentar este ritmo em 2012?

Barreto: Na mesma intensidade provavelmente não, mas teremos um aumento da arrecadação em 2012, sem dúvida. O governo tem observado as medidas adotadas ao longo de 2011 para conter o consumo sem desaquecer demasiado a economia. O BC flexibilizou o pagamento mínimo do cartão de crédito, além da própria redução da Selic, e fatores como esses vão favorecer o consumo no ano que vem. Além, é claro, do reajuste no salário mínimo, a partir de janeiro.

Valor: Parte relevante do salto na arrecadação neste ano, no entanto, ocorreu devido a receitas extraordinárias, como os R$ 5,8 bilhões recolhidos em CSLL pela Vale em junho depois de uma derrota judicial. Para o próximo ano, a Receita estima, no projeto orçamentário que tramita no Congresso, uma soma de R$ 18 bilhões em receitas extraordinárias. Esse é um número realista?

Barreto: Com certeza. Os R$ 18 bilhões foram muito bem analisados. Fizemos um levantamento do que temos em ações circulando no Judiciário, além de processos em que já fomos vitoriosos, mas que as empresas ainda não iniciaram o recolhimento de seus débitos. São receitas extraordinárias, mas há todo um trabalho por trás delas. Temos muitos créditos mapeados na Justiça. Os R$ 18 bilhões previstos para 2012 são apenas uma pequena parcela.

Valor: Quanto há exatamente em ações na Justiça?

Barreto: Temos um crédito no Carf [Conselho Administrativo de Recursos Fiscais] próximo a R$ 300 bilhões, que está concentrado em poucos processos. Temos ações judiciais envolvendo o recolhimento de CSLL, em termos muito semelhantes aquele que entrou na Receita Federal em junho deste ano, que já foram vencidas, mas ainda não houve o pagamento. São valores substanciais.

Valor: A grande crítica que tributaristas fazem à Receita é que a complexidade da estrutura tributária é que dá margem para contestações judiciais. O sr. concorda?

Barreto: A nossa legislação não é complexa, é a legislação das grandes empresas que é complexa. Aquelas operações envolvendo holdings, empresas que têm participação no exterior, tudo isso é muito complexo. A maior parte das empresas brasileiras não trabalha com uma legislação tributária complexa. Veja o caso do Simples Nacional, onde há o recolhimento de uma alíquota única: cerca de 75% das empresas do país estão no Simples. Além disso, há o recolhimento por meio do lucro presumido. O número de empresas que está no lucro real é infinitamente pequeno. E dentro desse universo há um grupo ainda menor que tem operações complexas.

Valor: Mas há muitas críticas em relação ao PIS e a Cofins. Especialmente à Cofins, cuja legislação é um verdadeiro enigma. Isso não é complexo?

Barreto: É verdade. Nosso regulamento da Cofins é o mais volumoso de todos. O conceito do que é insumo que gera crédito tributário e o que não gera crédito é muito complexo. O sistema como um todo gera uma série de distorções, sem dúvida. O PIS e a Cofins acabaram sendo alterados ao longo dos anos. Quando foram criados eram tributos relativamente simples, mas a partir do momento em que se iniciou o reconhecimento de alíquota zero no início e no meio da cadeia foi ficando cada vez pior. Então, realmente, entender o funcionamento da Cofins hoje é algo muito complexo. Temos um estudo na Receita, que ainda precisa ser levado ao próprio Ministério da Fazenda e depois ao conjunto do governo, para redesenhar o PIS e a Cofins.

Valor: Esse redesenho seria uma simplificação?

Barreto: Perfeito. Estudamos a simplificação do PIS e da Cofins. Vamos revisitar a tributação como um todo. São tributos que ensejam uma burocracia que retardava e retarda todo o bom funcionamento. Precisamos melhorar sistemas, como um todo, mas especialmente no caso do PIS-Cofins, que são complexos para o contribuinte e também para nós, que precisamos fiscalizar e controlar. Esses problemas atingem também nosso comércio com o exterior.

Valor: O aumento da digitalização seria um avanço, não?

Barreto: Sem dúvida. Estamos caminhando muito fortemente para a simplificação tributária, especialmente por meio do Sistema Público de Escrituração Digital (SPED). Por meio desse sistema, o contribuinte não terá que guardar mais documentos em papel, e nossa agilidade para o ressarcimento de créditos tributários, por exemplo, é maior. Desde o mês passado, o contribuinte que entregar a escrituração fiscal digital do PIS/Cofins e tiver direito a crédito já recebeu os recursos em sua conta corrente, como já ocorre desde o início do ano com o IPI.

Valor: Além de medidas para reduzir a burocracia, a regulamentação da norma geral antielisão seria uma forma de dar mais transparência à gestão fiscal no país, não?

Barreto: Nos últimos dois anos houve um trabalho muito intenso da Receita com a academia e o setor privado sobre a regulamentação da norma geral antielisão [prevista na Medida Provisória 66, de 2002], mas ainda não chegamos a um modelo final. Esse assunto, no entanto, será retomado pela Receita em 2012. Ficamos muito envolvidos neste ano com as questões tributárias da Medida Provisória 540 [que criou a política industrial Brasil Maior].

Valor: Sobre a MP 540, a Receita tentou inserir no texto que tramita no Congresso mudanças na legislação tributária. Uma que mais chamou a atenção foi a introdução da CSLL sobre debêntures. O sr. poderia explicar qual é a motivação desta medida?

Barreto: O que propomos não era tributação das debêntures na sua totalidade, mas as debêntures de sócios e familiares da empresa emissora. Temos detectado operações de sócios que adquiriam as debêntures de suas empresas e não são tributados. O que queremos com essa medida é fechar as portas para o planejamento tributário abusivo. As debêntures foram incluídas na não-dedutibilidade para que sejam alcançadas pela tributação quando fossem distribuídas aos sócios. Trata-se de algo bem direcionado, não uma tributação das debêntures simplesmente, porque sabemos que ela é fundamental para o mercado financeiro.

Valor: Como o relator da MP no Congresso não acolheu as medidas, a Receita desistiu?

Barreto: Não, de modo algum. Vamos reencaminhar isso à Secretaria-Executiva do Ministério da Fazenda e à Casa Civil. A ideia é encaminhar ainda este ano por meio de medida provisória ou por outro formato que o governo considerar mais adequado.

Valor: A principal medida da MP 540 é a desoneração da folha de pagamentos de alguns setores da indústria, que passarão a recolher à Previdência Social por meio de um tributo sobre o faturamento. Houve muita reclamação dos setores definidos quanto à calibragem da alíquota...

Barreto: A calibragem não considera a individualidade das empresas, mas o conjunto das empresas em determinado setor. O impacto não é igual para todas as empresas, é claro. Aquela empresa, dentro de um dos setores definidos, que é mais intensiva em mão de obra vai achar mais interessante essa substituição. O objetivo é trazer algum ganho de competitividade mediante redução de custo da folha de pagamentos. À exceção da área de tecnologia da informação e software, os demais setores reclamaram da calibragem, justamente porque a alíquota é tomada pela média do segmento. Se fosse algo optativo, o custo fiscal seria enorme. A adesão é para o setor, por isso alguns setores ficaram de estudar melhor para, no futuro, solicitar o ingresso no programa. Mas isso não está mais em negociação, o governo está seguro quanto as alíquotas. Já terminamos todo o processo, falta apenas a sanção da presidente Dilma.

Valor: Essa tributação incidirá também sobre o importado, não?

Barreto: Exatamente. O setor não pode reclamar disso, uma vez que está ganhando com a medida. O importado não era tributado, e agora será.

Valor: Ainda que tenha sido relevante para a arrecadação deste ano, o mais recente parcelamento especial de débitos, o "Refis da Crise", repetiu a sina de todos os outros programas de parcelamento especial. A adesão de início foi grande, mas aqueles que efetivamente pagam são poucos. Qual é a sua avaliação?

Barreto: A posição da Receita Federal, e o ministro [Guido] Mantega [da Fazenda] comunga dessa avaliação, é contrária aos parcelamentos especiais. Não teremos novos parcelamentos especiais nos próximos anos. Trata-se de um expediente que induz o comportamento do contribuinte, que deixa de pagar porque sabe que será acolhido em um novo parcelamento. Esses parcelamentos especiais acabam gerando uma cultura de inadimplência. O chamado "Refis da Crise" foi o último parcelamento especial.

Valor: Como são analisados os contribuintes em débito com o Fisco, que se inscrevem para os parcelamentos especiais?

Barreto: A partir de junho do próximo ano estaremos melhor aparelhados para essa análise. Estamos finalizando o desenvolvimento de um sistema para o parcelamento diferenciado. Além disso, e principalmente, o ministro Mantega já autorizou e estamos estudando o parcelamento caso a caso.

Valor: Como assim?

Barreto: Se uma empresa entrou no parcelamento especial e depois teve capacidade de recolher R$ 3 bilhões ou R$ 4 bilhões à vista é porque tinha caixa. Vemos empresas que estão no parcelamento especial como objeto de notícias na imprensa anunciando a compra de concorrentes no exterior, e a divulgação de grandes investimentos. O Estado não pode financiar uma coisa dessas. O Estado, antes de mais nada, tem que ser financiado. Então vamos fazer uma análise da condição de cada empresa, de sua liquidez e de sua geração de caixa.

Valor: Então o prazo para o pagamento poderá diminuir, é isso?

Barreto: Exatamente. Vamos analisar se ela precisa mesmo dos 60 meses previstos em nossa legislação como limite para o parcelamento especial. A empresa pode pedir 60 meses, mas se analisarmos que ela tem condições de pagar em dez ou 20 meses, vamos cobrar. Como tem capacidade de geração de recursos, a empresa não precisa de financiamento do Estado, ela pode ir para o mercado. Países como a Espanha, antes da crise, não tinham parcelamento nenhum. Foi preciso uma crise de proporções imensas para fazer o governo espanhol ceder a um parcelamento especial. E, mesmo assim, a duração é de 12 meses. Nós deixamos por 60 meses. Isso vai mudar.

Valor: E a ideia do "cadastro positivo" com a Receita para operações de comércio exterior? Como está essa discussão?

Barreto: Estamos com diversas ações na área de comércio exterior, buscando melhor defesa da competitividade do produtor brasileiro, que além de estar pressionado pela valorização do câmbio também está sofrendo com práticas desleais. Estamos com um projeto muito forte nisso. A Receita Federal é entusiasta da ideia de cadastro positivo, que é basicamente um menor grau de exigência de documentos e processos das empresas que têm práticas aduaneiras e tributárias em conformidade com nossas exigências.

NOTICIA - TV RECEITA LANÇA SÉRIE DE VÍDEOS COM ORIENTAÇÕES SOBRE A DECLARAÇÃO DO IR 2015 - Fonte: RECEITA FEDERAL

Principais dúvidas dos contribuintes são explicadas de forma didática A Receita Federal divulgou no dia 17/3, no canal da TV Receita no y...