sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Noticias - Ritmo de crescimento da indústria deve se manter baixo no início de 2011, diz CNI - Agência Brasil/Comexdata.

O ritmo de crescimento da indústria caiu no fim do ano e deve se manter nesse nível no início de 2011 por causa das medidas adotados pelo governo para frear o consumo e conter a alta inflacionária. De acordo com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), a produção, que cresceu de forma moderada em outubro e novembro, recuou em dezembro com o indicador em 44,7 pontos ante os 52,7 pontos de novembro. O indicador varia de 0 a 100. Valores acima de 50 indicam crescimento.

Essa é a segunda vez, em 2010, que o índice relativo à produção indicou expectativa de queda, ou seja, ficou abaixo de 50. Em janeiro de 2010, atingiu 49,2 pontos.

"Quando a gente coloca a expectativa de maior aperto monetário, provavelmente, isso vai reduzir ainda mais esse ritmo de crescimento. A interpretação que nós temos dos dados é que teremos um primeiro trimestre ainda mais fraco, em termos de crescimento da indústria", disse o economista da CNI, Renato da Fonseca.

Segundo ele, a concorrência de importados e a redução do crédito na economia irão contribuir para manter a dificuldade de exportações.

De acordo com os dados da CNI, em dezembro, o número de empregados na indústria registrou crescimento pelo sexto trimestre consecutivo com o indicador situando-se em 52,2 pontos, mas foi o menor no período. Na avaliação da CNI, o resultado também indica redução no ritmo de crescimento do número de empregados na comparação com os trimestres anteriores.

A CNI destacou ainda que a utilização da capacidade instalada também registrou queda, com 48,2 pontos. Já os estoques em dezembro ficaram sob o nível planejado pela indústria, em 50,1 pontos. Na avaliação da confederação não houve excesso nem falta de estoques.

Por setor, a queda na produção em dezembro atingiu a indústria extrativa e a atividade de transformação. Segundo a confederação, em 20 dos 26 setores considerados, o índice de evolução da produção ficou abaixo da linha divisória de 50 pontos. Entre os setores mais fortemente atingidos, em dezembro, estão calçados, têxteis, indústrias diversas, metalurgia básica e madeira.

Para Renato da Fonseca, o ritmo só será recuperado com mudanças na política monetária do governo e no cenário externo, que cresce de maneira fraca há vários meses. "A mudança que pode ocorrer é na política monetária. Se não for tão forte como se chegou a anunciar é possível que se possa crescer a um ritmo mais moderado no segundo e terceiro trimestres", afirmou.

Noticia - Brasil IT+ busca oportunidades de negócios na Distributech - Portal Apex Brasil/Comexdata.

Em mais uma iniciativa da SOFTEX , uma missão comercial brasileira de empresas desenvolvedoras de soluções de TI para a área de Energia estará participando, entre os dias 1° e 3 de fevereiro em San Diego, na Califórnia, da 21ª edição da Distributech, evento que reúne as principais companhias fornecedoras de serviços nos segmentos de Geração, Transmissão e Distribuição de energia. A participação das companhias nacionais na Distributech ocorre no âmbito do Projeto Brazil IT (PSI-SW), Programa Setorial Integrado para Exportação de Software (PSI-SW), projeto de internacionalização competitiva gerenciado pela SOFTEX e apoiado técnica e financeiramente pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e pelo MCT/Finep.

"A mostra tem um imenso potencial gerador de novos negócios, pois a maioria de seus 6.600 visitantes está diretamente envolvida no processo decisório de compras de suas organizações. Este é o quarto ano em que o País, sob a marca Brasil IT+, que representa a indústria de TI nacional, está presente à Distributech e a nossa expectativa é de que sejam gerados pelo menos 50 contatos de negócios nesse que é um dos mais importantes mercados mundiais", detalha Paulo Hanriot, consultor da SOFTEX.

A delegação é integrada pelas mineiras Concert, Nansen, Axxiom, Senergy e CEMIG; pela catarinense WAY2; pela cearense FAE Tecnologia; pela paulistana Treetech e pela carioca Choice. O portfólio brasileiro a ser apresentado nos Estados Unidos inclui de soluções aplicadas à gestão de energia até ferramentas para cadastro e acompanhamento dos contratos de compra e venda de energia, planejamento de mercado, fraudes, passando por soluções de medição de energia para o gerenciamento do consumo e combate às perdas comerciais de grandes indústrias e das concessionárias.

MLP Assessoria de Imprensa
Mário Pereira (MTB. 11.549) - mario@mlpcom.com.br
Karen Kornilovicz ( MTB. 25.744) - karen@mlpcom.com.br

Noticia - Missão brasileira discute exportação de carne suína para o Japão - Agência Brasil/Comexdata.

O secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Francisco Jardim, tem reunião hoje (28) com  integrantes do Ministério da Agricultura, Floresta e Pesca do Japão. No encontro, ele deve apresentar proposta de roteiro para a vinda de missão japonesa ao Brasil, no primeiro trimestre deste ano, a fim de visitar indústrias de carne suína.

O Japão é o maior importador mundial do produto e representa um mercado de US$ 4 bilhões por ano. Uma missão do governo brasileiro visita desde o começo da semana a China e o Japão para ampliar o mercado de carne de aves e de suínos aos dois países.

A China é o país que mais compra produtos agrícolas do Brasil. Em 2010, as exportações do agronegócio para o país asiático renderam US$ 11 bilhões. Para o Japão, o total exportado alcançou US$ 2,4 bilhões, o que equivale a 32,6% a mais que em 2009, com US$ 1,8 bilhão.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Noticia - PATRIOTA CONFIA EM AVANÇOS NAS NEGOCIAÇÕES COM A UNIÃO EUROPEIA - Agência Brasil/Aduaneiras.

O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, afirmou que será possível avançar de forma positiva nas negociações entre o Mercosul e a União Europeia (UE). Elas ocorrem no momento em que o bloco classifica como "inaceitável" a abertura do mercado europeu para os produtos agrícolas sul-americanos. Para os europeus, a abertura do mercado é uma ameça à agricultura local.

Ontem (26) Patriota se reuniu, em Bruxelas na Bélgica, com a alta representante da União Europeia, Catherine Ashton, e com os presidentes do Conselho e da Comissão Europeia, Herman Van Rompuy e José Manuel Durão Barroso.

"Senti um compromisso político do mais alto nível por parte da UE na direção de concluir (as negociações) de maneira satisfatória durante este exercício", afirmou o ministro, na sua primeira viagem à Europa.

A reunião, segundo o chanceler, serviu para preparar os temas que constarão da agenda da cúpula Brasil-UE, que deverá ser realizada em outubro na capital belga. De acordo com o chanceler, a presidenta Dilma Rousseff deve participar dessa reunião.

Ontem, a Comissão de Agricultura do Parlamento Europeu aprovou resolução na qual qualifica de "inaceitáveis" as negociações sobre o acordo entre o Mercosul e a UE pelos riscos de ameaça à agricultura europeia.

Noticia - Cenário de incerteza "acima do usual" na economia pode trazer impactos na inflação, diz Copom - Agência Brasil/Comexdata.

O Comitê de Política Monetária (Copom), formado por integrantes do Banco Central, reconhece a existência de nível de incerteza "acima do usual" na economia brasileira com impactos sobre a inflação. São riscos crescentes à "concretização de um cenário em que a inflação convirja para a meta estabelecida pelo governo". A avaliação está na ata da última reunião do comitê realizada na semana passada, quando os juros básicos da economia foram elevados de 10,75% para 11,25% ao ano.
                       
A atual meta de inflação pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é de 4,5%, podendo variar dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Na última segunda-feira (24), o Banco Central informou que analistas do mercado financeiro e investidores já estimam inflação de 5,53% em 2011.

Para os técnicos do Banco Central, as medidas adotados pelo governo para frear o consumo e conter a alta inflacionária, embora sejam um "instrumento rápido e potente para conter pressões localizadas de demanda, ainda terão seus efeitos incorporados à dinâmica dos preços".

"Embora as incertezas que cercam o cenário global e, em menor escala, o doméstico, não permitam identificar com clareza o grau de perenidade de pressões recentes, o comitê avalia que o cenário prospectivo para a inflação evoluiu desfavoravelmente", registra a ata.

Um das preocupações do comitê continua sendo a inflação dos alimentos que, segundo os técnicos, teve sua dinâmica fortemente influenciada pelo "choques de oferta domésticos e externos". O outro impacto negativo é decorrente das condições climáticas extremamente adversas verificadas neste início de ano em algumas regiões do Brasil. "A despeito de atribuir probabilidade significativa à hipótese de que, ao menos em parte, esse processo seja revertido no decorrer do ano".

O comitê avaliou ainda como relevantes os riscos derivados da persistência do descompasso entre as taxas de crescimento da oferta e da demanda na economia brasileira, além da escassez da mão de obra provocada pelo crescimento da economia. "Note-se, também, a estreita margem de ociosidade dos fatores de produção, especialmente, de mão de obra. Em tais circunstâncias, um risco importante reside na possibilidade de concessão de aumentos nominais de salários incompatíveis com o crescimento da produtividade".

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Noticia - Nova equipe quer substituir compras "desnecessárias" | Valor Online


Para melhorar o saldo comercial e proteger a indústria local, o governo vai ampliar as medidas de defesa comercial. Esse foi o recado dado ontem pelos novos secretários do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), em café da manhã com a imprensa. O novo secretário-executivo da Câmara de Comércio Exterior (Camex), Emílio Garófalo, disse que o objetivo é "substituir importações desnecessárias".

"[Vamos] defender produtos que podem ser fabricados no Brasil de maneira adequada", afirmou Garófalo. O secretário explicou que as medidas de proteção serão tomadas contra produtos importados que ferem a competição legal e justa no país. São exemplos produtos que são vendidos ao Brasil por um preço abaixo dos de mercado, casos em que cabem medidas antidumping. 

De acordo com o novo titular da Camex, o governo vai acelerar as investigações e ampliar a quantidade de medidas antidumping. "Vamos fazer mais do mesmo, com mais velocidade e mais intensidade", concluiu.

O aumento da competitividade da indústria nacional também está no radar da nova equipe do Mdic. Para isso, serão tomadas medidas de desoneração da folha de pagamentos e uma nova fase política industrial está sendo desenvolvida. Segundo a nova secretaria de Desenvolvimento da Produção, Heloísa Menezes, a política industrial terá ações para toda a indústria, como incentivo a inovação, desonerações e nova regulação.


Alguns setores serão agraciados com ações específicas. "Temos que olhar os setores com maior alavancagem. Mas não serão só quatro setores [beneficiados]. Não estamos adotando a política de eleger vencedores. Será algo mais amplo", disse a nova secretária.

Na segunda-feira foram nomeados a nova titular da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), Tatiana Lacerda Prazeres, e o novo secretário-executivo do Conselho Nacional de Zonas de Processamento de Exportações (CZPE), Gustavo Saboia Fontenele e Silva.

Tatiana Prazeres é servidora pública da carreira de analista de comércio exterior e, além de atuar no Mdic, trabalhou como gerente e coordenadora da área internacional da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil). Ela assume no lugar de Welber Oliveira Barral. 

Fontenele e Silva é analista de comércio exterior e trabalha com o tema das ZPEs desde 2001. Ele já foi chefe de gabinete da Secretaria Executiva da Câmara de Comércio Exterior (Camex) e assume no lugar de Luiz Raimundo de Souza Fernandes

Noticia - Produto importado ficou 8% mais barato | Valor Online


A combinação de um mercado aquecido com uma superoferta mundial de produtos fez o Brasil aumentar o volume de importações pagando menos pelos produtos desembarcados. No ano passado o país importou um volume total 13,9% maior que o de 2008, mas o preço médio dos desembarques caiu 8% no mesmo período. Os dados são da Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior (Funcex). Em 2010 as importações somaram US$ 181,6 bilhões, o que significa elevação de 5% em relação a 2008. 

Com participação de 46,2% na pauta de importação, os bens intermediários puxaram para baixo a queda de preço. O volume dos desembarques dessa categoria aumentou em 6,8%, enquanto os preços ficaram 5,9% mais baixos. Em razão da demanda aquecida no mercado doméstico, algumas categorias chegaram a apresentar aumento de preço médio de importação no período. Essas elevações, porém, foram muito pequenas na comparação com o aumento de volume. 

As importações de bens de consumo duráveis, por exemplo, cresceram 46,9% em volume. O avanço do preço médio do desembarque, porém, foi de apenas 3,1%. "O aumento não chegou nem a repor a inflação. O mais natural seria que os preços das importações subissem mais em função da demanda do mercado interno. Isso só não aconteceu porque o Brasil surgiu como um dos mercados para os quais todo o mundo quer vender", diz José Augusto de Castro, vice-presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB). 

"Com superoferta de produtos, os importadores brasileiros puderam comprar volumes maiores e negociar preços melhores", acrescenta Castro. Segundo ele, a evolução de volume e preço indica que até fornecedores mais tradicionais, incluindo os chineses, provavelmente reduziram seus preços para não perder mercado. Mesmo para o exportador chinês, que contou com a valorização do yuan frente ao dólar, isso pode ter significado abrir mão de um pedaço do lucro.

"Até 2008, a evolução dos preços das importações refletiu a expansão do mercado internacional", acredita Lia Valls, professora da Fundação Getulio Vargas (FGV). Em 2009, lembra, o efeito da crise financeira quebrou o ritmo de crescimento. No ano passado, criou-se uma pressão pela compra de bens pelos países emergentes, que apresentaram crescimento forte ao mesmo tempo em que havia recuperação mais lenta dos países desenvolvidos. Essa pressão, diz Lia, ajuda a explicar o contraste no comportamento de volumes e preços dos desembarques.

Fernando Ribeiro, economista-chefe da Funcex, lembra que o ritmo de crescimento do volume das importações seguiu a tendência que já havia surgido no período pré-crise. "Houve uma interrupção temporária em 2009, mas existia uma evolução forte na quantidade importada em todas as categorias, sendo mais acentuada em bens de consumo duráveis e em bens de capital."

Segundo os dados da Funcex, no ano passado o Brasil importou mais que o triplo do que havia desembarcado em quantidade de bens de consumo não duráveis em 2006. Ribeiro explica que o crescimento nos desembarques desses bens pode ser explicado em parte pela baixa base de comparação, principalmente em 2002 e 2003. "Essa importação é muito sensível ao câmbio e à demanda doméstica, que tem crescido mais rapidamente que a capacidade produtiva e transbordado para as importações." Com os bens de capital, avalia Ribeiro, o fenômeno é parecido. "Os investimentos estão altos e parte disso está sendo direcionada para fora, com importação de bens de capital", acrescenta. Em 2010 a quantidade desembarcada de bens de capital aumentou 23,4% enquanto os preços médios de categoria tiveram queda de 3%, sempre em relação a 2008 (porque a crise transformou 2009 em um ano atípico).

Para Flávio Castelo Branco, gerente-executivo de política econômica da Confederação Nacional da Indústria (CNI), os dados mostram a forte penetração dos importados no consumo interno, com perda da indústria nacional. Segundo ele, o cenário deve permanecer em 2011 caso não haja mudanças. "O câmbio continua com valorização do real, apesar das tentativas de contenção do governo e do Banco Central, e temos muitas distorções competitivas." Além do câmbio favorável, o excesso de oferta de produtos industrializados no mercado internacional propicia estabilidade ou queda de preços na importação desse produto, diz Ribeiro. É o contrário do que vem acontecendo com as commodities que, com demanda forte, têm os preços pressionados para cima. "É isso que tem permitido ao Brasil comprar mais barato e vender mais caro", analisa Ribeiro.

Ao contrário das importações, as exportações brasileiras totais caíram em termos de volume e apresentaram aumento de preço. A queda na quantidade exportada foi de 2,2% em 2010 na comparação com 2008. No mesmo período houve aumento de 4,4% no preço médio das vendas ao exterior. No ano passado, as exportações somaram US$ 201,9 bilhões, com aumento de 2% em relação a 2008. Os básicos, que incluem as commodities, foram os que tiveram o melhor desempenho, com crescimento de 14,5% em volume e 7,5% de elevação no preço médio. As vendas de manufaturados ao exterior, ao contrário, perderam 16% em volume e tiveram aumento de preços de apenas 2,1%. 

Ribeiro não acredita que o cenário do comércio exterior mude num período curto. Para ele, a grande diferença acontecerá em função do mercado interno. Ele lembra que até mesmo medidas para aumento de competitividade têm efeito relativo com crescimento interno elevado. Hoje, a indústria nacional está com sua produção voltada ao consumo doméstico, sem estímulos à exportação. Ele exemplifica com o setor automobilístico. Em 2003 e 2004, lembra, o setor procurava exportar porque tinha 50% de capacidade ociosa. Hoje, as indústrias voltaram a ter sua produção sustentada por um mercado doméstico com demanda tão grande que tem propiciado uma importação maior de veículos. Para ele, é necessário um controle da demanda interna.

Noticia - Investimentos estrangeiros diretos atingem recorde de US$ 48,4 bilhões em 2010 - Agência Brasil/Comexdata.

Os investimentos estrangeiros diretos (IED), que somaram US$ 48,462 bilhões em 2010, o maior resultado nominal da série histórica, iniciada em 1947, foram suficientes para cobrir o déficit em transações correntes de US$ 47,518 bilhões do ano. Só em dezembro, segundo o Banco Central, a conta financeira apresentou ingresso líquido de US$ 6,4 bilhões, com destaque para os investimentos estrangeiros diretos de US$ 15,364 bilhões, também o maior da série histórica para meses de dezembro.

Parte desse resultado se deve a algumas operações esperadas para o início de 2011, mas que terminaram se materializando em 2010. Desses US$ 15,364 bilhões, aproximadamente US$ 7,1 bilhões fazem parte da venda do capital da empresa de petróleo Rapsol para a chinesa Sinopec, confirmou o chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Altamir Lopes.

"Essa operação trouxe um montante expressivo de recursos. Mesmo excluindo essa operação, há ainda um montante significativo de investimentos estrangeiros diretos que durante o ano fluiu bem", disse.

Outros setores que contribuíram para a elevação dos investimentos estrangeiros diretos foram o extrativo mineral, no valor de US$ 1 bilhão, e a metalurgia, com US$ 1 bilhão.

"Temos alguma concentração, ao longo do ano, em petróleo e gás, petroquímicos e extração de minerais metálicos, mas o restante está muito difuso setorialmente", enfatizou Altamir Lopes.

Ele destacou que a expectativa do BC era de um volume de US$ 38 bilhões em investimentos estrangeiros diretos. Os números, entretanto, ficaram US$ 10 bilhões acima dessa estimativa.

Para 2011, a expectativa é que o investimento estrangeiro direto some US$ 45 bilhões com um déficit em transações correntes de US$ 64 bilhões. A estimativa para janeiro é que o IED feche em US$ 2 bilhões e o déficit em transações correntes em US$ 5,5 bilhões.

Altamir Lopes anunciou ainda que a entrada de moeda estrangeiros no país continua significativa em 2011. Segundo o balanço divulgado por ele, o fluxo cambial até o dia 21 estava positivo em US$ 9,2 bilhões.

Noticia - Otimismo na indústria revela interesse por investimentos e confiança na demanda, diz economista - Agência Brasil/Comexdata.

O gerente executivo de Pesquisa, Avaliação e Desenvolvimento da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Renato da Fonseca, avalia que o otimismo revelado pelo empresariado industrial para este semestre, mostrado em pesquisa divulgada ontem (25) pela entidade, indica que "há confiança na existência de demanda e na possibilidade de oferta de empregos, além da disposição na indústria para novos investimentos".

Ele destacou que o cenário de otimismo é positivo mesmo com a expectativa de aperto nos juros, pelo Banco Central, da valorização do real em relação ao dólar e da dificuldade de competir internamente e de exportar.

O índice do otimismo do empresariado de janeiro, no entanto, foi menor do que o apurado em janeiro de 2010, quando houve a maior pontuação desde o ano 2000. Segundo o economista, isso ocorreu porque a demanda mundial não voltou a crescer no ano passado. Ele recordou que, na ocasião, o mundo estava saindo do impacto da crise internacional e o Brasil procurava suprir a demanda não atendida. "Como em todo mês de janeiro, havia [em janeiro de 2010] muito otimismo, embora maior do que agora".

O Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) atingiu 62 pontos este mês, revelando estabilidade em relação aos últimos dois meses, mas, em janeiro de 2010, atingiu a marca histórica de 68,7 pontos.

Noticia - Governo examina medidas para conter importações indesejadas - Agência Brasil/Comexdata.

Técnicos do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) examinam alternativas como a imposição de barreiras tarifárias para conter importações consideradas prejudiciais para alguns setores da produção nacional. Uma das propostas é acionar a Receita Federal para aumentar o rigor contra as importações fraudulentas. Os estudos ainda estão em fase inicial.

Paralelamente, o MDIC pretende adotar medidas de estímulo à produção nacional. Os técnicos examinam hipóteses como a desoneração de alguns produtos e medidas denominadas de racionalização tributária. Para os especialistas, é necessário implementar ações que dêem as respostas desejadas ao setor privado.

O objetivo é recuperar a balança comercial positiva em relação a maior parte dos parceiros econômicos do Brasil. Os técnicos concluíram que é crescente o ritmo de importações em decorrência da desvalorização do dólar em relação real e, por isso, é necessário buscar meios para tentar manter a balança comercial superavitária.

A imposição de barreiras comerciais para determinados produtos está em análise pelos técnicos. A lista de produtos sujeitos a essas restrições ainda não foi concluída, mas a ideia é priorizar as mercadorias que têm similares produzidos no Brasil ou que têm condições de serem fabricados no país. Para a elaboração dessa lista, os técnicos examinam a relação de produtos que ingressam no Brasil de forma considerada não leal, como afirmam. Na prática, se referem aos produtos que são alvo de fraudes e pirataria.

Ao mesmo tempo que os técnicos examinam alternativas para a balança comercial brasileira, a presidenta Dilma Rousseff vai intensificar as conversas com os líderes estrangeiros. O Mercosul é prioridade. No próximo domingo, ela desembarca em Buenos Aires, na Argentina. Já tem reuniões marcadas em Assunção, no Paraguai, em 26 de março, e previsão de ir, no mesmo período, para o Uruguai.

Antes, em 16 de fevereiro, Dilma estará no Peru para a Cúpula América do Sul-Países Árabes. Um dos principais temas da reunião é o fortalecimento do comércio entre as duas regiões. A presidenta também vai se reunir até abril com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e o da China, Hu Jintao. Norte-americanos e chineses são os principais parceiros comerciais dos brasileiros atualmente.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Noticia - Secex e CZPE têm novos titulares - MDIC/Comexdata.

Foi nomeada, na edição do Diário Oficial da União de ontem(24/1), a nova titular da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Tatiana Lacerda Prazeres. Foi também nomeado o novo secretário-executivo do Conselho Nacional de Zonas de Processamento de Exportações (CZPE), Gustavo Saboia Fontenele e Silva.

Tatiana Prazeres é servidora pública da carreira de analista de comércio exterior e, além de atuar no MDIC, trabalhou como gerente e coordenadora da área internacional da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e consultora de relações internacionais da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI). Ela foi ainda funcionária da Organização das Nações Unidas (ONU), em Genebra, onde trabalhou para o International Trade Center (ITC).  

A nova secretária de Comércio Exterior é bacharel em Direito (UFSC) e em Relações Internacionais (Univali-SC), mestre em Direito Internacional (UFSC) e doutora em Relações Internacionais (UnB e Universidade de Georgetown, EUA). Ela assume no lugar de Welber Oliveira Barral.

Entre as competências da Secretaria de Comércio Exterior, estão: participar das negociações de atos internacionais relacionados com o comércio de bens e serviços, nos âmbitos multilateral, hemisférico, regional e bilateral; implementar os mecanismos de defesa comercial; e elaborar e divulgar as estatísticas de comércio exterior, inclusive a balança comercial brasileira.

CZPE

O novo titular da Secretaria Executiva do Conselho das Zonas de Processamento de Exportações, Gustavo Saboia Fontenele e Silva, assume no lugar de Luiz Raimundo de Souza Fernandes. O servidor também é analista de comércio exterior e trabalha com o tema das ZPE desde 2001. Ele já foi chefe de gabinete da Secretaria Executiva da Câmara de Comércio Exterior (Camex) e é graduado em Administração de Empresas (UnB) e mestre em Finanças (PUC-RJ).

O Conselho das Zonas de Processamento de Exportações (CZPE) é o órgão responsável por deliberar sobre a criação de ZPE e, em caso de aprovação, encaminhar a decisão para análise do presidente da República. O ministro Fernando Pimentel é o presidente do conselho, que ainda tem como integrantes os titulares da Casa Civil e dos Ministérios da Fazenda, Planejamento, Orçamento e Gestão, Meio Ambiene e Integração Nacional.


Mais informações para a imprensa:
Assessoria de Comunicação Social do MDIC
(61) 2027-7190 e 2027-719

Noticia - Substituição de sistema de registro de exportações fica para março - Agência Brasil/Comexdata.

Previsto para deixar de funcionar no dia 31 de janeiro, o Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex) continuará em operação por mais um mês e meio. Portaria do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) prorrogou o prazo de funcionamento do atual sistema até 15 de março.

Até lá, o Siscomex coexistirá com o Novoex, novo sistema que permite o registro das operações de comércio exterior por meio da internet e que está em vigor desde o dia 17 de novembro do ano passado. De acordo com o MDIC, 34,7 mil operações de comércio exterior haviam sido registradas por meio do novo sistema até a primeira semana de janeiro.

A portaria alterou ainda o cronograma de transição para a substituição do sistema antigo pelo novo. Desde o último dia 20, as exportações sujeitas a cotas só podem ser registradas no Novoex. Para as exportações do regime drawback (que isenta de impostos insumos importados para fabricação de produtos voltados exclusivamente à exportação), o registro pelo novo sistema só passa a ser obrigatório a partir de 1º de fevereiro.

Para as exportações financiadas com crédito público ou privado, a exigência só valerá a partir de 15 de março. A portaria anterior estabelecia 20 de janeiro o prazo final para a migração desses três tipos de registro.

Criado em 1993, o Siscomex exige a instalação de um programa no computador das empresas que operam com comércio exterior. No Novoex, porém, o registro é feito diretamente pela internet. No novo sistema, as transações de comércio exterior deixarão de ser armazenadas nos servidores do Banco Central e passarão para a plataforma do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro).

Segundo o MDIC, o Novoex proporciona registros de exportação mais ágeis. O novo sistema também permite a simulação de operações e a transmissão de registros em lotes. Em caso de dados incompatíveis, o próprio sistema aponta as divergências depois da totalização online dos valores e das quantidades.

De acordo com o ministério, não haverá necessidade de recadastramento. Todos os usuários do Siscomex estão automaticamente habilitados a operar o Novoex, com a mesma senha de acesso. Assim como no sistema atual, somente são registradas as operações comerciais. As operações alfandegárias continuam sob responsabilidade da Receita Federal.

Por meio do Novoex, os comerciantes podem gravar os registros de exportação (RE) e os registros de crédito (RC), no caso de exportações financiadas com recursos privados ou públicos. Quem tiver feito o registro de crédito no sistema antigo deverá atualizar as informações no Novoex. Não será possível vincular os registros de exportação e de crédito criados em sistemas diferentes. Os RC precisarão ser refeitos para que o saldo restante possa ser usado.

Noticia - Mais Alimentos para África promete abrir mercado para indústria nacional de máquinas agrícolas - Agência Brasil/Comexdata.

Dois meses depois da criação do Programa Mais Alimentos África, o primeiro país a mostrar interesse em aderir ao projeto do governo foi Gana. Delegação chefiada pelo ministro da Alimentação e Agricultura do país, Kwasi Ahowi, reuniu-se ontem (24) com o ministro do Desenvolvimento Agrário, Afonso Florence, para discutir como implementar o projeto.

Com uma linha de crédito de US$ 640 milhões, destinada, principalmente, à aquisição de máquinas e equipamentos agrícolas por produtores familiares, o Mais Alimentos África promete abrir novos mercados para a indústria nacional.

"É uma oportunidade que se abre para nós, além de incrementar as exportações de produtos nacionais com valor agregado", afirmou o vice-presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Mário Fioretti. Segundo ele, as fábricas brasileiras já exportam para a África, mas, agora, com um programa específico, a ideia é repetir o sucesso que o Mais Alimentos tem no Brasil. "Desde que o programa [Mais Alimentos] foi criado, em 2008, já vendemos 40 mil tratores e 1.700 caminhões", afirmou.

No Mais Alimentos, o governo federal financia a compra de tratores de baixa potência, de até 75 cavalos, para agricultores familiares, com um longo período para pagar. O programa oferece prazo de carência e baixas taxas de juros. Por meio dessa linha de crédito, os fabricantes vendem os veículos por um preço menor do que o habitual.

Segundo o ministro, o primeiro acordo de cooperação no Continente Africano para a contratação desses recursos deve ser assinado na próxima quinta-feira (27) com o ministro de Gana. "O Brasil está passando seu conhecimento em cooperações técnicas e, por meio do Mais Alimentos, abrindo um mercado que pode ser muito promissor", afirmou.

Florence disse que o maior interesse por parte dos ganenses é a aquisição de equipamentos de irrigação e tratores desenvolvidos para agricultores familiares. O repasse dos recursos se dará de governo para governo, com critérios semelhantes aos que são colocados para os produtores brasileiros, como taxas de juros mais baixas e prazo de carência para pagamento.

Noticia - Missão agropecuária brasileira vai à China e ao Japão - Portal do MAPA/Comexdata.

A abertura dos mercados chinês e japonês à carne suína brasileira está na pauta de missão do Ministério da Agricultura aos dois países, nesta semana. O secretário de Defesa Agropecuária, Francisco Jardim, e técnicos do ministério também irão negociar a ampliação da lista de frigoríficos nacionais habilitados a exportar carne de aves in natura para a China.

"Hoje, temos 25 indústrias aptas a comercializar o produto. A intenção é duplicarmos esse número", informa Jardim. O secretário tem reunião nesta quarta-feira, 26 de janeiro, com representantes da Administração-Geral de Supervisão da Qualidade, Inspeção e Quarentena da China (AQSIQ, sigla em inglês). As empresas que vendem carne de aves para a China estão localizadas em Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.

Além da carne suína e de aves, a comitiva brasileira tratará do início dos embarques de gelatina e tabaco da Bahia. Atualmente, o Brasil está apto a vender tabaco do Rio Grande do Sul e negocia e reconhecimento do estado baiano como área livre de mofo azul, pré-requisito para a abertura do mercado chinês ao produto. O secretário discutirá, ainda, os resultados da última missão chinesa, que esteve no Brasil em novembro de 2010, para visitar indústrias produtoras de carne suína.

Japão

Na sexta-feira, 28 de janeiro, Jardim se encontra com integrantes do Ministério da Agricultura, Floresta e Pesca do Japão (MAFF, sigla em inglês). O secretário apresentará a proposta de roteiro para vinda de missão japonesa ao Brasil, no primeiro trimestre deste ano, para visitar indústrias de carne suína. O Japão é o maior importador mundial do produto e representa um mercado de US$ 4 bilhões por ano.

Exportações

A China é o país que mais compra produtos agrícolas do Brasil. Em 2010, as exportações do agronegócio para o país asiático renderam US$ 11 bilhões. O número representa crescimento de 23,4%, em relação ao registrado em 2009. Os principais produtos exportados para o país, no último ano, foram soja em grãos (US$ 7,1 bilhões), celulose (US$ 1,1 bilhão) e óleo de soja (US$ 786,4 milhões).

Para o Japão, o total exportado alcançou US$ 2,4 bilhões, o que equivale a 32,6% a mais que em 2009, com US$ 1,8 bilhão. Os destaques das vendas foram carne de frango in natura (US$ 906,5 milhões), café verde (US$ 389,8 milhões) e soja em grãos (192,6 milhões).

De acordo com a base de dados Comtrade da Organização das Nações Unidas (ONU) - que reúne as estatísticas sobre commodities - cerca de 90% da carne de frango importada pelos japoneses tem como origem o Brasil.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Noticia - Philip Morris leva Uruguai a tribunal do Banco Mundial | Valor Online


O campo de batalha é minúsculo, talvez do tamanho de um maço de cigarros, para um gigante com receita líquida anual de US$ 25 bilhões fora dos Estados Unidos. Mas é no Uruguai, onde estão menos de 0,1% de todos os fumantes do planeta, que o "mundo de Marlboro" joga boa parte de seu futuro. 

De forma inédita, a indústria do cigarro levou o governo de um país ao tribunal de solução de controvérsias do Banco Mundial, denunciando a violação do tratado bilateral de proteção de investimentos firmado entre o Uruguai e a Suíça. A divisão internacional da americana Philip Morris, com sede em Lausanne, contestou as políticas antitabaco implementadas pelo ex-presidente Tabaré Vásquez (2005-2010), um médico oncologista que continuou atendendo seus pacientes de câncer enquanto ocupava o cargo, e mantidas pelo atual presidente, José Mujica.

Em três anos de vigência, as medidas adotadas no Uruguai contra o cigarro levaram 115 mil pessoas a abandonar o fumo e reduziram em 17% a quantidade de infartos agudos do miocárdio, segundo o governo. E colocaram em evidência uma nova discussão: há um momento em que o Estado precisa abrir mão do dever constitucional de proteger a saúde de seus cidadãos para respeitar direitos legítimos de investidores estrangeiros? Essa é a primeira vez que a indústria do cigarro recorre tão ostensivamente a acordos econômicos ou comerciais contra um país, o que pode causar uma reviravolta nas políticas públicas de combate ao tabaco, em caso de vitória da Philip Morris.


"A estratégia é atacar um país pequeno para, na verdade, assustar os maiores que também queiram tomar medidas", diz o economista uruguaio Alejandro Ramos, consultor de entidades internacionais como a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).

Em 2006, o Uruguai se tornou o primeiro país das Américas a proibir o cigarro em ambientes coletivos fechados, fossem públicos ou privados. Ignorou, assim, a prática de instalar "fumódromos" em estabelecimentos comerciais e passou diretamente para o banimento do cigarro em áreas comuns. Hospitais e clínicas - da rede pública ou particulares - foram obrigados a dar tratamento gratuito a fumantes interessados em largar o vício. A propaganda teve veto total. Os impostos subiram e elevaram em mais de 200% o preço dos maços de 20 unidades, em termos nominais, para US$ 3,5.

Não foi isso, no entanto, que levou a indústria a reagir. No início da década, o Brasil havia sido pioneiro ao vetar o uso de designações como "suave", "light", "baixo teor" e "ultralight" para as diversas marcas de cigarro. "A indústria explorava esses termos para promover uma versão enganosa de que um cigarro faz menos mal que outro, mas as pessoas mudam a forma de fumar para puxar mais nicotina", diz Tânia Cavalcante, uma das mais renomadas especialistas brasileiras no assunto, hoje secretária-executiva da Comissão Nacional para a Implementação da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco.

E o que aconteceu? Simples: a indústria deixou de usar essas designações, mas manteve a diferenciação de cores dos maços, com as quais cada cigarro do tipo "light" ou "baixo teor" já era identificado pelos fumantes. Por isso, os efeitos foram limitados.

No Uruguai, o governo tomou uma decisão mais radical. De uma só vez, eliminou todas as variações de uma mesma marca de cigarro. A Abal Hermanos, subsidiária local da Philip Morris, se viu forçada a retirar do mercado 7 dos 12 tipos de cigarro que vendia. "No caso do Marlboro, significou que as variações Gold, Blue e Green, que representavam 40% das vendas da marca, saíssem do mercado", relata a multinacional americana, em um comunicado oficial.

Restou apenas o Marlboro tradicional, sem a diferenciação de cores ou palavras. "Você pode proibir o uso de certos termos, mas não o uso de códigos de marketing que a indústria do fumo construiu ao longo de décadas para impor a aceitação social do cigarro", afirma Winston Abascal, diretor do Programa Nacional para o Controle do Tabaco do Ministério de Saúde Pública do Uruguai. "Basta lembrar que, nos filmes de Hollywood, os atores famosos sempre fumavam", disse Abascal ao Valor.

A medida provocou a ira da Philip Morris. Para a empresa, afeta o valor de seus investimentos no país sem que haja qualquer compensação. Ela também alega que há estímulo à compra de cigarros contrabandeados ou falsificados e reclama que seus concorrentes no mercado uruguaio foram menos atingidos.

Por isso, recorreu a um tratado vigente desde 1991 para levar o caso ao Centro Internacional para Arbitragem de Disputas sobre Investimentos (Ciadi), pedindo "a suspensão das três normas e uma substancial compensação financeira pelas perdas decorrentes delas". As outras duas normas contestadas já são bem conhecidas dos brasileiros, mas foram adotadas em escala maior no Uruguai: as advertências sanitárias cobrem 80% do espaço disponível para exposição da marca nos maços - 50% no Brasil -, e incluem o que a Philip Morris chama de "fotografias repulsivas e chocantes, como a de um bebê grotescamente desfigurado". Esse nível de cobertura dos maços, segundo a empresa, descaracteriza suas marcas e fere os direitos de propriedade intelectual.

A briga do segundo menor país sul-americano - só perde em território para o Suriname - contra um Golias do mundo corporativo despertou a simpatia de organizações não-governamentais e ativistas, que acusam a indústria do cigarro de tratar o Uruguai como "rato de laboratório". As próprias autoridades em Montevidéu endossam a versão de que a Philips Morris, além de pressionar pela reversão das medidas tomadas pelo ex-presidente Vásquez em um momento de troca de governo, abriu o processo para desestimular outros países em desenvolvimento a fazer restrições do gênero.

O esforço não é à toa. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 70% do consumo mundial de tabaco hoje em dia está fora dos países ricos. Em 1970, os emergentes representavam apenas 40% das vendas totais da indústria.

"Não estamos procurando impedir o governo de proteger a saúde de seus cidadãos. As normas que questionamos são medidas extremas e ineficientes, que criaram um ambiente propício ao mercado negro", afirma a empresa, em nota. Abascal, o diretor do programa uruguaio, responde: "Os direitos econômicos são muito importantes e nós os respeitamos. Mas quando eles colidem com o direito à vida, a humanidade precisa definir que postura adotará."

Noticia - Das dez economias que crescerão mais em cinco anos, sete são africanas - Agência Brasil/Comexdata.

Sete das dez economias que mais crescerão nos próximos cinco anos ficam na África Subsaariana, de acordo com a revista britânica The Economist. São Etiópia, Moçambique, Tanzânia, Congo, Gana, Zâmbia e Nigéria. Seis africanos já aparecem na lista dos primeiros dez anos do século: Angola, em primeiro lugar seguida da China, além de Nigéria, Etiópia, o Chade, Moçambique e Ruanda.

A África inteira ainda é responsável por apenas 2% da economia mundial. Mas, de acordo com a revista, as altas demandas da China por matéria-prima, junto com o alto preço das commodities, farão o continente ter mais importância no total de negócios. Petróleo, gás, outros minerais para componentes eletrônicos, além de madeira e gêneros agrícolas são alguns dos grupos de grandes compras chinesas.

Desde 2009, a China é o maior parceiro comercial da África, superando a União Europeia e os Estados Unidos. O volume de negócios entre a China e os países africanos bateu recorde em 2010, chegando a US$ 114,8 bilhões (aproximadamente R$ 194 bilhões), 43,5% mais que no ano anterior.

Outro fator é o alto investimento direto feito no continente - só pela China, mais de US$ 9,3 bilhões em 2009 (cerca de R$ 15 bilhões) - bem como o perdão de dívidas e as ajudas externas. A urbanização e a melhoria na gestão pública também são apontados como pontos a favor do crescimento africano.

Meio milhão de chineses deixaram seu país para trabalhar em mais de 500 projetos na África, em áreas como mineração, infraestrutura, manufaturas e tecnologia.
      
Nos últimos dez anos, o crescimento real do Produto Interno Bruto (PIB) da África Subsaariana subiu para 5,7%, contra 2,4% nos 20 anos anteriores - mais que os 3,3% da América Latina, mas abaixo da Ásia, com 7,9%, fortemente influenciados por China e Índia. Sem os dois, os percentuais ficam próximos, diz a revista britânica.

Com o aumento de países em rápido crescimento, a África deve superar a Ásia em cinco anos. O Standard Chartered prevê crescimento anual de 7% para o bloco africano nos próximos 20 anos, mesmo com a maior economia - a África do Sul - crescendo menos que a média. De acordo com a revista, a Nigéria, maior exportadora de petróleo da África, pode ultrapassar os sul-africanos nos próximos 10 ou 15 anos.
      
Um dos problemas a serem enfrentados é criar vagas no mercado de trabalho para uma população que, estima-se, crescerá quase 50% até 2030. O problema é maior para as economias muito dependentes da extração mineral, que não expande vagas na mesma medida em que os negócios prosperam. Além disso, o preço das commodities, diz a Economist, deve cair nos próximos anos.

Lembrados como exemplos positivos estão Uganda e Quênia, que não baseiam a economia na exportação de minérios e conseguiram crescer nos últimos anos com base na integração regional e na conquista de fábricas.

Entre as dificuldades a serem superadas, diz a revista, estão a instabilidade política em muitos países, corrupção crônica, os gargalos na infraestrutura e a baixa escolaridade.

Outra questão é reverter essa velocidade de crescimento em menos pobreza para a população. O texto lembra que, em 1980, o ganho médio por habitante na África era quatro vezes maior que na China. Hoje, os ganhos dos chineses são três vezes maiores que os dos africanos.

Noticia - Déficit na exportação de manufaturados aumentou 316% em 2010 - Agência Brasil/Comexdata.

O déficit nas vendas externas de produtos manufaturados atingiu US$ 34,761 bilhões no ano passado, um aumento de 316,5% em relação ao déficit de US$ 8,346 bilhões em 2009, de acordo com levantamento feito pelo Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi).

Os números comprovam que as importações de produtos industrializados com alto valor agregado, como aviões e automóveis, têm crescido muito mais que as exportações de produtos similares, abrindo "um fosso verdadeiramente colossal no comércio exterior de produtos manufaturados", segundo análise do Iedi.

Em documento divulgado na última quinta-feira (20), o Iedi ressalta que não é contra a importação de máquinas e equipamentos industriais e destaca que a evolução do comércio externo nos dois sentidos, simultaneamente, "alimentam e decorrem do crescimento econômico". A grande preocupação dos analistas do instituto está na "velocidade e intensidade muito fortes" com que as importações evoluem, ao passo que as exportações de bens típicos da indústria brasileira de transformação apresentam progressão menor.

O Iedi destaca que o déficit no comércio externo de produtos manufaturados "não tem paralelo na história recente" da economia brasileira. As maiores perdas foram contabilizadas nos setores de "alta" e de "média-alta" tecnologia, mas afetou também a indústria de "média-baixa" tecnologia.

Este setor tem sido tradicionalmente superavitário e registrou o primeiro saldo negativo em 2010.

Enquanto isso, a balança comercial brasileira fica cada vez mais dependente de commodities (matérias primas com cotação internacional) minerais e agrícolas para garantir saldos positivos.

Quadro que só se reverterá com mudanças de ordem tributária, melhor infraestrutura para reduzir o custo Brasil e equilíbrio cambial para a produção nacional ter preços competitivos lá fora.

Noticia - Terceira semana de janeiro registra saldo positivo de US$ 680 milhões - MDIC/Aduaneiras.

Foi de US$ 680 milhões - média diária de US$ 136 milhões - o superávit da balança comercial brasileira nos cinco dias úteis (17 a 23) da terceira semana de janeiro de 2011. A corrente de comércio (soma das exportações e importações) alcançou US$ 7,864 bilhões, com média de US$ 1,572 bilhão por dia útil.

No período, as exportações registraram US$ 4,272 bilhões, com média diária de US$ 854,4 milhões. As importações, por sua vez, chegaram a US$ 3,592 bilhões, com um resultado médio diário de US$ 718,4 milhões.

Mês

Nos quinze dias úteis de janeiro, as exportações somaram US$ 10,936 bilhões, com média diária de US$ 729,1 milhões. Por esse comparativo, a média diária das vendas externas foi 29% superior a de janeiro de 2010 (média de US$ 565,3 milhões). Em relação à média diária de dezembro do ano passado (US$ 909,5 milhões), os embarques ao exterior tiveram retração de 19,8%.

As importações, no acumulado mensal, chegaram a US$ 10,246 bilhões, com média diária de US$ 683,1 milhões. Houve crescimento de 19% na comparação com a média de janeiro do ano passado (US$ 574,1 milhões). Já em relação à média diária de dezembro de 2010 (US$ 676,1 milhões), houve aumento de 1%.

A corrente de comércio do mês alcançou US$ 21,182 bilhões (média diária de US$ 1,412 bilhão).

Pela média diária, houve aumento de 23,9% no comparativo com janeiro passado (US$ 1,139 bilhão) e queda de 10,9% na relação a dezembro último (US$ 1,585 bilhão). O saldo comercial do período foi superavitário em US$ 690 milhões (média diária de US$ 46 milhões).

Às 15h, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior divulga a nota completa sobre a balança comercial do período.


Mais informações para a imprensa:
Assessoria de Comunicação Social do MDIC
(61) 2027-7190 e 2027-7198
André Diniz

Noticia - No comando do G20, Sarkozy deve alertar sobre alta dos preços dos alimentos - Agência Brasil/Aduaneiras.

O presidente da França, Nicolas Sarkozy, convocou para hoje (24) uma entrevista coletiva para detalhar as prioridades de sua gestão no comando do G20 (grupo dos países mais ricos do mundo) e dos conflitos na Tunísia e na Costa do Marfim - países que no passado foram colônias francesas. As informações são da rádio pública da França, a RFI (Rádio França Internacional).

De acordo com assessores, Sarkozy defenderá a busca por avanços na reforma do sistema financeiro internacional depois da crise econômica. Para o presidente francês, é fundamental que os líderes mundiais combatam a especulação, que pode gerar a alta dos preços dos alimentos a partir da elevação das commodities agrícolas.

Sarkozy também pretende alertar sobre os riscos de uma guerra de moedas em uma mensagem a países como os Estados Unidos e a China. Também estará a cargo do francês o comando do G8 - que reúne os Estados Unidos, o Japão, a Alemanha, Grã-Bretanha, França, Itália, o Canadá e mais a Rússia.

O calendário de atividades tanto do G8 quanto do G20 será intenso ao longo do ano. No caso do G20, que também é formado pelo Brasil, há reuniões de ministros da Fazenda e de bancos centrais nos próximos dias 18 e 19 de fevereiro. No ano passado, os líderes mundiais se comprometeram a analisar o impacto da crise financeira mundial em suas economias. A expectativa é que apresentem as conclusões.

Noticia - Regime de Tributação Unificada – RTU: início das habilitações - Fonte: SRFB

Desde 3 de janeiro de 2011 já estão sendo habilitadas empresas para operação ao amparo do RTU, que permitirá a importação de determinadas mercadorias do Paraguai, por via terrestre, com unificação dos tributos federais incidentes sobre o comércio exterior.

Para maiores informações, acesse: http://www.receita.fazenda.gov.br/publico/Aduana/RTU/CartilhaRTU.pdf ou http://www.receita.fazenda.gov.br/Aduana/rtu/default.htm

NOTICIA - TV RECEITA LANÇA SÉRIE DE VÍDEOS COM ORIENTAÇÕES SOBRE A DECLARAÇÃO DO IR 2015 - Fonte: RECEITA FEDERAL

Principais dúvidas dos contribuintes são explicadas de forma didática A Receita Federal divulgou no dia 17/3, no canal da TV Receita no y...