sexta-feira, 6 de maio de 2011

Noticia - MDIC abre inscrições para Seminário de Operações de Comércio Exterior - MDIC/Comexdata.

Estão abertas as incrições para o terceiro Seminário de Operações de Comércio Exterior deste ano, que será realizado no dia 24 de maio. As palestras serão sobre os temas: Cotas - Informações Gerais; Licenças de Importação - Sistemática para aprovação de Licenças de Importação de máquinas e equipamentos novos e usados; Drawback Integrado nas Modalidades Suspensão e Isenção; e Novoex - Siscomex Exportação Web - Módulo Comercial.

Os interessados devem se inscrever enviando mensagem para o e-mail: seminario.com.ext@mdic.gov.br , informando nome completo, empresa ou órgão, cargo ou função, telefone e e-mail para contato . Além das palestras, haverá atendimento de casos específicos (despachos executivos) de operações de cotas, exportações, importações e drawback. Quem quiser ter acesso ao atendimento deve informar o interesse no e-mail de inscrição (ver detalhes no link abaixo).

Promovidos pelo Departamento de Operações de Comércio Exterior (Decex) da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), os seminários são gratuitos e abertos a todos os interessados.

As edições seguintes ocorrerão entre junho e setembro (ver tabela abaixo). A secretária de Comércio Exterior, Tatiana Lacerda Prazeres, destaca que o objetivo dos eventos é "aproximar a Secex dos usuários e prestar o auxílio necessário para facilitar o trabalho dos operadores de comércio exterior".

SERVIÇO:

Local: Auditório do MDIC - Esplanada dos Ministério Bloco J, Brasília-DF
Horário: 9h às 12h - 14h às 17h15
Telefones para informações do Decex: (61) 2027-8279 e (61) 2027-7564.


Confira calendário dos próximos seminários:

28/Junho
26/Julho
23/Agosto
27/Setembro

Mais informações para a imprensa:
Assessoria de Comunicação Social do MDIC
(61) 2027-7190 e 2027-7198
ascom@mdic.gov.br

Noticia - Brasil e Venezuela realizam segunda reunião da Comissão de Monitoramento do Comércio - MDIC/Comexdata.

Representantes dos governos de Brasil e Venezuela se encontram nesta sexta-feira (6/5), em Brasília, para discutir comércio bilateral. O encontro é o segundo da comissão de monitoramento de comércio entre os dois países, instalada em 4 de agosto do ano passado.

Na pauta do encontro estão previstas discussões sobre cooperação para o desenvolvimento da indústria venezuelana, exigências sanitárias para exportações de carnes à Venezuela, experiências e estudos sobre harmonização estatística e programas de apoio ao exportador brasileiro, entre outros temas. O grupo se reúne no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), a partir das 15h.

Exportação e importação

Nos três primeiros meses de 2011, o Brasil exportou US$ 822 milhões para a Venezuela, crescimento de 5,80% em relação aos mesmos meses do ano passado. Os principais produtos vendidos foram carnes desossadas congeladas de bovinos, bovinos vivos, carnes de galos e galinhas, açúcar de cana e preparações para elaboração de bebidas.

Nas importações, os principais itens comprados da Venezuela pelo Brasil foram coque de petróleo não calcinado, naftas para petroquímica, alumínio em foram bruta, energia elétrica e metanol (álcool metílico). De janeiro a março deste ano, o total importado do país foi US$ 274 milhões, acréscimo de 15,7% na comparação com o mesmo período de 2010.

Mais informações para a imprensa:
Assessoria de Comunicação Social do MDIC
(61) 2027-7190 e 2027-7198
Juliana Ribeiro
juliana.ribeiro@mdic.gov.br

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Noticia - Imposto já espanta exportador do Brasil - FENACON/Comexdata.

Empresas brasileiras fecham suas portas ou saem do País frente aos complexos e caros impostos a recolher. De acordo com o ex-secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic) Welber Barral, alguns setores, como o de calçados, mudaram seu endereço.

"Alguns setores, como o calçadista, estão migrando para países como Argentina e Chile para conseguirem competir com os preços internacionais de suas mercadorias, inclusive dentro do Brasil. Outros setores, porém, que necessitam obrigatoriamente de matéria-prima brasileira não podem fazer o mesmo e muitas vezes fecham suas portas", argumentou Barral, em seminário realizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Michael Lehmann, gerente-executivo de contabilidade e impostos da Volkswagem no Brasil, confirma essa tendência ao afirmar que a multinacional alemã paga entre R$ 4 bilhões e R$ 5 bilhões ao ano somente de impostos.

"Os nossos produtos ficam mais caros por conta dos impostos embutidos no preço final. Para nós isso é prejudicial, mas é pior ainda para o bolso do consumidor, que paga uma taxa maior, pois repassamos essa cobrança", declarou. Entre uma e outra piada sobre a situação tributária brasileira, Lehmann criticou o governo pelo fato de o Brasil não se enquadrar no modelo global de cobrança de impostos e não fazer parte da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (Ocde).

Outro ponto abordado durante o evento foi a bitributação na entrada e saída de produtos no País. Segundo o diretor de Controladoria da Embraer, Rodrigo Rosa, os lucros provenientes das filiais da multinacional brasileira no exterior, que já tem dedução de impostos nos países situados, são novamente descontados quando são encaminhados para a matriz.

"Os lucros das empresas brasileiras que têm filiais no exterior são novamente tributados quando voltam ao Brasil, fato que diminui o tamanho da folha de pagamentos, ou seja, é uma barreira para a contratação de novos funcionários, além de ser um freio para a expansão da empresa no seu próprio País", frisa.

Noticia - Cenário de 2012 será melhor para preço de commodity e exportação brasileira de manufaturados, diz secretário - Agência Brasil/Comexdata.

Muito provavelmente 2012 será um ano em que ficará muito mais fácil manipular a macroeconomia do país do que o ano de 2011, avaliou ontem (4) o secretário de Política Econômica, do Ministério da Fazenda, Márcio Holland de Brito.

Segundo ele, a Europa e os Estados Unidos vão contribuir, a partir do ano que vem, em várias direções para equilibrar a economia mundial, com o aquecimento do consumo de produtos manufaturados e a redução da política expansionista, que têm inundado o Brasil de moeda estrangeira e pressionado para cima o real.

De acordo com o secretário, em 2011, tem ocorrido uma série de combinações de diversos fatores, que ainda provocam fortes efeitos à economia brasileira. Entre os fatores, estão o choque de preço das commodities no mercado internacional, os efeitos ainda presentes do enfraquecimento das economias mundiais e as exportações brasileiras de manufaturados, que sofrem ainda com a queda na renda dos consumidores dos Estados Unidos e da Europa.

"Não adianta querer vender para os Estados Unidos e a Europa, se eles [a economia de ambos] não estão crescendo. Não há milagre. Além disso, é um ano [2011] em que, até junho, o governo americano manterá a política monetária expancionista e severa, com grande aumento de liquidez no planeta. Não é [um ano] de crise, mas não é um ano qualquer", disse. Segundo ele, este ano será de muitas adversidades, mas um ano de acomodação da economia.

Um motivo para a acomodação é que o Banco Central Europeu, conforme analisou Holland, deverá elevar as taxas de juros como uma estratégia para captar recursos e financiar as dívidas dos países da região mais rapidamente do que nos Estados Unidos. Com isso, as taxas na região passarão a ficar mais atrativas do que no mercado brasileiro, provocando uma redução da pressão de fluxos de capitais para o país.

Legislação - Circular SECEX nº 18/2011 - Metacrilato de metila - Importações da Alemanha, Espanha, França e Reino Unido - Dumping específico - Preços de referência.

A Circular SECEX nº 18/2011 estabeleceu para o trimestre de maio-junho-julho/2011 o preço de referência em US$ 2.942,00/t para aplicação dos direitos antidumping específicos nas importações de metacrilato de metila (MMA), classificado no código NCM 2916.14.10, originárias da Alemanha, da Espanha, da França e do Reino Unido, nos termos da Resolução CAMEX nº 17/2007.

Esta Circular entra em vigor na data de sua publicação, ocorrida em 5 de maio de 2011.

Legislação - Circular SECEX nº 17/2011 - EUA - Policloreto de vinila - Preço de Referência - Alteração.

A Circular Secex nº 17/2011 altera para US$ 935,00/t o preço de referência dos EUA, tornado público pela Circular SECEX nº 10/2011, para as operações de importação de policloreto de vinila, não misturado com outras substâncias, obtido por processo de suspensão (PVC-S), classificado no item 3904.10.10 da Nomenclatura Comum do MERCOSUL - NCM, no mês de maio de 2011.

Noticia - Argentina "devolve" produto brasileiro - OESP/Aduaneiras.

A Argentina está ameaçando "devolver" balas, chocolates e confeitos vendidos pelo Brasil. Cerca de 15 fabricantes brasileiros já têm mais de US$ 5,2 milhões em mercadorias paradas nos depósitos dos importadores. A situação irritou o governo Dilma Rousseff, que estuda tomar medidas mais duras contra o país vizinho. Segundo fontes do setor privado brasileiro, o Instituto Nacional de Alimentos (Inal) da Argentina interrompeu - sem explicar os motivos - a concessão dos certificados sanitários necessários para que os produtos circulem no país. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Noticia - Demanda aquecida faz importação de combustiveis crescer 31% em abril - Agência Brasil/Aduaneiras.

Dados da balança comercial parecem mostrar que a produção nacional de combustíveis não tem sido suficiente para abastecer a frota brasileira e, com isso, a importação do produto tem aumentado. Só em abril, segundo os dados da balança, a importação de combustíveis cresceu 31,4% comparada com a de março.

De março para o abril, o valor médio das importações diárias de combustíveis e lubrificantes subiu de US$ 130,6 milhões (cerca de R$ 210 milhões) para US$ 171,6 milhões (cerca de R$ 275 milhões). Na comparação entre abril deste ano e abril do ano passado, o crescimento das importações foi de 40,9%. Há um ano, a média diária de importações de combustíveis e lubrificantes estava em U$S 121,9 milhões (R$ 195,5 milhões).

Na divulgação da balança comercial, o secretário executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Alessandro Teixeira, afirmou que o aumento das importações de combustíveis foi causado pelo crescimento da demanda, mas que a situação tende a voltar à normalidade.

Para o consultor e ex-superintendente da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Adriano Pires, o aumento da importação de combustíveis foi causado principalmente pela compra de gasolina. Vale ressaltar que o dado da balança diz respeito à compra, no mercado externo, de combustíveis em geral e de lubrificantes, não há dados separados sobre a importação de gasolina. Pires disse que o consumo de gasolina aumentou muito nos últimos meses e as distribuidoras nacionais, entre elas a Petrobras, tiveram que importar o produto para suprir a demanda interna.

"O Brasil está sem gasolina", afirmou Pires, em entrevista à Agência Brasil. "O mercado cresceu muito e não temos produção para atender a todos." Em fevereiro, a Petrobras anunciou que iria importar o produto diante do aumento da demanda, "consequência da redução da oferta de etanol no mercado" e também da redução, em termos percentuais, da mistura de etanol anidro à gasolina.

Na nota divulgada então, a estatal afirmou que o volume a ser importado representava o consumo de três dias, "nas condições atuais de demanda aquecida." E registrava que o crescimento no consumo de gasolina tinha sido entre 15% e 20% nos dois primeiros meses de 2010, em relação ao mesmo período de 2009, em função da redução da oferta de etanol. O combustível renovável sofre oscilações de oferta devido aos períodos de entressafra da cana-de-açúcar. Além disso, a Petrobras garantiu que a importação não teria influência nos preços cobrados pela gasolina em suas refinarias.

Na avaliação de Adriano Pires, o aumento da demanda por gasolina tem dois motivos básicos: primeiro, o aumento da frota; segundo, a opção de parte dos consumidores de abastecer seus veículos com gasolina devido à alta do etanol nos postos de combustível. Em abril, o preço do álcool combustível subiu 10,36% nos postos de São Paulo, segundo a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). A gasolina aumentou 6,62%.

O aumento da gasolina, contudo, não tem a ver com o crescimento das importações, segundo o professor e pesquisador da Fundação Getulio Vargas (FGV) Mauricio Canêdo. Para ele, a alta está ligada ao preço do álcool, que compõe até 25% da gasolina vendida nos postos.

Canêdo afirmou que a Petrobras mantém o preço da gasolina pura, vendida por suas refinarias, desde 2009. Isso acaba fazendo com que a gasolina importada tenha preços parecidos com os da nacional. O pesquisador disse, porém, que não é possível saber se a estatal conseguirá segurar o preço do combustível por mais tempo caso o preço do petróleo aumente. "Não dá para manter o preço indefinidamente. Talvez a Petrobras não consiga segurar", afirmou. Se o preço aumentar nas refinarias, a tendência é aumentar também nos postos e isso teria impacto na inflação, segundo Canêdo.

Em outra nota, esta divulgada em abril, a Petrobras, afirmou que desde 2009 não promove alterações no preço da gasolina sem adição de etanol que vende para as distribuidoras. E completou que "sobre notícias relacionadas com eventuais desabastecimentos de combustíveis, a Petrobras esclarece que vem atendendo às solicitações das distribuidoras. Além de manter suas refinarias operando a plena carga para atender à demanda nacional de derivados, cujo crescimento foi de 10% em 2010 e ficou em 5% no primeiro trimestre de 2011, a companhia tem mobilidade para importar gasolina e outros derivados em caso de necessidade ou para manter estoque de segurança", disse a empresa.

Noticia - Sem condição de fiscalizar, governo libera importado - OESP/Aduaneiras.

O governo abandonou a ideia de exigir certificação técnica para a entrada de produtos importados no País. A medida foi anunciada pelo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, como uma das ações para reduzir a competição desleal dos importados em relação aos produtos nacionais. Porém, ontem, foi anunciado que o Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) não tem condições de implementá-la, conforme noticiou o jornal O Estado de S. Paulo. Segundo o veículo, o ministro Guido Mantega disse que o Inmetro não tem capacidade para fiscalizar com sua estrutura atual, segundo narraram os empresários. O órgão também não teria competência legal para realizar a ação nos portos, uma vez que sua rede credenciada só pode certificar produtos produzidos no Brasil.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Legislação - Operações de Importação, Drawback e Exportação - Papel cuchê - Quotas - Retificação.

Ocorreu a retificação da Portaria SECEX nº 12/2011, de forma a corrigir  a redação que mencionava a Resolução CAMEX nº 21/2011, em vez da Resolução CAMEX nº 18/2011.

A Portaria SECEX nº 12/11 promoveu alterações na Portaria Secex nº 10/2010, que dispõe sobre operações de comércio exterior. Foi alterado o Anexo B, relativamente às Cotas Tarifárias de papel cuchê com resistência a úmido e solução alcalina, com revestimento aplicado em apenas um dos lados (LI) e gramatura entre 50 e 75 g/m², em bobinas com largura mínima de 800 mm e máxima de 1200 mm, metalizado ou não (NCM 4810.13.90, Ex 001), de acordo com o disposto na Resolução Camex nº 18/2011.

Esta Portaria entrou em vigor na data de sua publicação, ocorrida em 30.03.2011.

Noticia - Petrobras vai importar 1 milhão de barris de gasolina - Agência Brasil/Comexdata.

Rio de Janeiro - O aumento do consumo de gasolina levará a Petrobras a importar 1 milhão de barris de gasolina para atender o mercado brasileiro em maio, segundo informou ontem (3) o diretor de Abastecimento e Refino da estatal, Paulo Roberto Costa.

O diretor disse que o aumento da demanda por gasolina levou a companhia a importar 2,5 milhões de barris de gasolina para atender a demanda dos cinco primeiros meses de 2011. Em 2010 foram importados 3 milhões de barris.

Costa ressaltou que o aumento das importações para fazer frente ao consumo não vai afetar a balança comercial da empresa, que deverá fechar mais uma vez com superávit. "A importação de gasolina é relativamente pequena e equivale a mais ou menos seis dias de consumo".

terça-feira, 3 de maio de 2011

Noticia - Pimentel eleva meta e estima exportações de US$ 245 bilhões em 2011 - Agência Brasil/Comexdata.

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, anunciou ontem (2) uma revisão da meta de exportações para este ano. A estimativa, que era de US$ 228 bilhões (cerca de R$ 360 bilhões com o nível de câmbio atual), foi reajustada em 7,5% e agora é de US$ 245 bilhões (cerca de R$ 386 bilhões).

O anúncio foi feito durante a apresentação dos dados da balança comercial de abril, na capital paulista. Segundo Pimentel, os valores recordes de exportação e de saldo da balança comercial verificados no mês passado motivaram a revisão. "Essa é uma revisão conversadora ainda. Há analistas que estimam exportações maiores", afirmou o ministro.

Se a previsão do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) se confirmar, o valor das exportações nacionais será 21% maior do que o de 2010. Antes da revisão, o MDIC estimava um total de exportações 13% superior ao do ano passado.
Para o ministro, o superávit de US$ 1,8 bilhão registrado em abril mostra que o comércio exterior brasileiro vive um momento muito positivo, apesar do câmbio desfavorável aos exportadores. Ele disse, porém, que esse resultado histórico da balança comercial foi impulsionado principalmente pela venda de produtos básicos, que cresceu 54,8% de abril de 2010 para abril de 2011, e isso preocupa o governo. "Nosso problema [de exportações] não é quantitativo, mas qualitativo", disse. "Temos que exportar mais produtos industrializados sem abrir mão de exportar os produtos básicos", completou.

Pimentel afirmou que o governo federal trabalha em um novo Programa de Desenvolvimento da Produção (PDP). O programa, segundo ele, terá medidas fiscais, de incentivo à inovação e também para o aumento de competitividade da indústria nacional visando a aumentar a exportação de produtos manufaturados brasileiros. De acordo com o ministro, o novo PDP deverá ser anunciado este mês.

Apesar da revisão do meta de exportações, o ministro Pimentel não fez previsões para o volume de importações brasileiras nem para o saldo da balança comercial deste ano. Ele afirmou que as importações estão amarradas a fatores que independem da ação do governo e, por isso, não é possível estimar qual será a diferença entre o que o país vai exportar e o que importar. O ministro garantiu, no entanto, que o país vai importar menos que exportar. "Vai ter superávit", disse.

Noticia - ICMS a recuperar cresce junto com o aumento das exportações - FENACON/Comexdata.

Empresas de setores com exportações crescentes estão vendo seu volume de créditos a recuperar do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) crescer em ritmo acelerado. Das dez maiores exportadoras brasileiras de capital aberto, em seis - Vale, Petrobras, Braskem, BRF Foods, JBS e Usiminas - houve aumento dos valores do imposto a recuperar em dezembro de 2010 na comparação com o mesmo mês de 2009, segundo informações das demonstrações financeiras consolidadas.

Em três dessas companhias - Braskem, BRF Foods e JBS - ao menos parte da elevação é creditada expressamente a operações relacionadas à exportação. Em outras três - Vale, Fibria e Suzano Papel e Celulose - já há provisão de perdas com créditos de ICMS,pois parte dos créditos do imposto são considerados irrecuperáveis. Na Fibria e na Suzano, a provisão para perdas cresceu embora tenha diminuído o ICMS total a recuperar

Na Vale, o imposto a recuperar passou de R$ 570 milhões em dezembro de 2009 para R$ 871 milhões em dezembro do ano passado. Na BRF Foods, o ICMS a recuperar cresceu de R$ 600 milhões para R$ 646 milhões. A provisão para perdas com o imposto subiu, em igual período, de R$ 70 milhões para R$ 78,4 milhões. O frigorífico Marfrig, viu seu total a recuperar do imposto crescer de R$ 293 milhões para R$ 474 milhões. A Fibria, fabricante de celulose e papel, elevou a provisão do imposto de R$ 406 milhões para R$ 481 milhões entre 2009 em 2010.

José Augusto de Castro, vice-presidente da Associação da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), diz que a elevação de créditos a recuperar de ICMS hoje é um problema concentrado entre os exportadores de básicos, em razão de um ritmo crescente nos últimos anos de vendas dessa classe de produtos ao exterior. Para a indústria de manufaturados, que tem perdido espaço na exportação, diz Castro, o problema ficou mais ameno. Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, a fatia dos manufaturados nas vendas ao exterior caiu de 42,5% no primeiro quadrimestre de 2010 para 37,5% em igual período deste ano.

Beneficiada pela alta do preço do minério de ferro e pela forte demanda chinesa, as exportações da Vale passaram de US$ 10,8 bilhões em 2009 para US$ 24 bilhões no ano passado. O ICMS a recuperar da mineradora saltou 52%. As exportações da BRF Foods cresceram de US$ 1,5 bilhão para US$ 2,1 bilhões, e o volume de ICMS a recuperar subiu R$ 46,2 milhões.

O valor de créditos de ICMS a recuperar das empresas altamente exportadoras cresce porque a operação de venda ao exterior é desonerada do imposto. Numa venda ao mercado interno, o ICMS pago na compra de insumos e produtos intermediários que fazem parte da cadeia produtiva geram créditos que são descontados do imposto devido na venda. Como a exportação é livre de ICMS, a empresa não consegue usar os créditos.

A alternativa para as empresas é usar os créditos nas vendas ao mercado doméstico. O problema é que nem sempre as vendas locais dão vazão a todos os créditos ou muitas vezes o mercado doméstico não é tão relevante no Estado em que foram gerados os créditos. Como o ICMS é um imposto estadual, o crédito só pode ser usado no Estado em foi pago o imposto.

A BRF Foods, por exemplo, diz em suas demonstrações financeiras que os créditos do imposto são acumulados em razão da sua atividade exportadora, além da venda no mercado doméstico a alíquotas reduzidas de ICMS e de investimentos em imobilizado. O frigorífico acumula créditos do imposto em cinco Estados diferentes.

A Fibria declara no balanço que a sua provisão de perda com créditos de ICMS refere-se ao ICMS pago no Espírito Santo e no Mato Grosso do Sul, onde a produção da fabricante de celulose e papel é preponderantemente voltada à exportação. A empresa informa que provisiona 100% do crédito de ICMS gerado no Mato Grosso do Sul e 50% do originado no Espírito Santo.

O tributarista Júlio de Oliveira, sócio do Machado Associados, lembra que são poucos os Estados que permitem a transferência de créditos para terceiros. Ele explica que a transferência só costuma ser permitida por meio do uso do crédito como pagamento a fornecedores. "Geralmente é restrita à aquisição de ativo imobilizado." Esse tipo de transferência, explica Oliveira, também acaba gerando perda às empresas porque o fornecedor só aceita o crédito como forma de pagamento com deságio. Segundo o advogado, em alguns casos esse desconto chega a 60%.

"A impossibilidade de gerar o crédito causa um custo adicional à empresa. Trata-se de um imposto que foi pago e seria ressarcido, teoricamente, mas que na prática torna-se irrecuperável", diz Oliveira.

Em seu balanço a Fibria diz que o custo do produto vendido pela companhia aumentou em 4% em 2010 na comparação com o ano anterior. O aumento da provisão para perda de créditos de ICMS é apontado pela empresa como um dos fatores para a pressão de custos, ao lado do maior custo relativo das paradas de manutenção e do aumento do custo da madeira.


Básicos sustentam superávit comercial de US$ 5 bi
No primeiro quadrimestre o Brasil teve superávit comercial de US$ 5 bilhões. O saldo foi resultado de exportações de US$ 71,4 bilhões e de importações de US$ 66,4 bilhões. Os dois valores são recordes para o período. A exportação foi sustentada pelos básicos, cuja participação saltou para 46,4% no acumulado de janeiro a abril deste ano. No mesmo período do ano passado essa fatia era de 41,3%.

O minério de ferro segurou as exportações do primeiro quadrimestre, atingindo US$ 11,3 bilhões. O valor significa um terço da exportação total de básicos e 15,8% das vendas totais ao exterior. No mesmo período do ano passado a fatia do minério de ferro era de 9,2% das exportações brasileiras. Com o desempenho, o minério de ferro ganha nas exportações uma participação maior do que o total de semimanufaturados. Essa classe de produto ficou com fatia de 13,9% das vendas ao exterior no primeiro quadrimestre.

O preço foi o que propiciou o grande avanço do minério de ferro. O valor exportado do produto aumentou em 129% em abril, na comparação com o mesmo mês do ano passado. No período a venda em volume cresceu 22% enquanto o preço teve elevação de 88%. Outro básico que também teve elevação do valor exportado no período foi a soja em grão. Com US$ 4 bilhões vendidos ao exterior no primeiro quadrimestre, o grão teve aumento de 22,8% no valor médio diário exportado, na comparação com os primeiros quatro meses do ano passado. Em abril a quantidade de soja exportada teve elevação de 9% em relação ao mesmo mês de 2010 enquanto preço subiu 30%.

Alessandro Teixeira, secretário executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), diz que o Brasil tem competitividade para exportação de produtos naturais e agrícolas, mas há uma preocupação para elevar a venda de produtos brasileiros de maior valor agregado.

Segundo o ministro de Desenvolvimento, Fernando Pimentel, a nova política industrial a ser divulgada no próximo mês deve conter medidas para gerar maior competitividade para as indústrias. "Não temos um problema de quantidade nas exportações, mas sim um problema de qualidade." Os manufaturados perderam espaço na pauta brasileira de exportações, chegando a uma participação de 37,5% no primeiro quadrimestre. No mesmo período do ano passado a fatia era de 42,5%.

Entre os manufaturados um dos destaques de desempenho foram as máquinas e aparelhos de terraplanagem. Em abril o aumento no valor exportado foi de 97%, na comparação com o mesmo mês de 2010. Nesse caso, foi o volume que pesou. A quantidade exportada no período aumentou em 60% enquanto o preço teve elevação de 23%.

As importações brasileiras no primeiro quadrimestre cresceram puxadas principalmente por bens de capital e bens de consumo, com crescimento de 30,1% e 34,8%, respectivamente, levando em conta a média diária, na comparação com o acumulado dos primeiros quatro meses do ano passado. Com o desempenho, a fatia dos bens de capital na importação total cresceu, no período, de 21,3% para 21,8%. A dos bens de consumo cresceu de 16,9% para 17,9%.

Para Teixeira, os números não significam desindustrialização porque não há indicação de queda de produtividade e de produção industrial. Segundo ele, os bens de capital importados são bens não fabricados no país e a compra de bens de consumo reflete o crescimento do mercado doméstico. Entre os maiores fornecedores do Brasil, destaca-se a China, cujas vendas ao Brasil aumentaram em 35,8% levando em conta a média diária do primeiro quadrimestre, na comparação com o mesmo período do ano passado. Na mesma base de comparação as importações com origem nos Estados Unidos cresceram 27,9%. A média diária de compras da Argentina, outro importante exportador ao Brasil, cresceu no período 21,9%.

NOTICIA - TV RECEITA LANÇA SÉRIE DE VÍDEOS COM ORIENTAÇÕES SOBRE A DECLARAÇÃO DO IR 2015 - Fonte: RECEITA FEDERAL

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