quinta-feira, 15 de março de 2012

Noticia - Mdic abre investigação sobre salvaguarda contra vinho importado

O Ministério do Desenvolvimento (Mdic) abriu investigação para averiguar a necessidade de adoção de salvaguardas sobre as importações brasileiras de vinho. A medida, que está na edição de hoje do Diário Oficial da União, atende à pressão das vinícolas, que desde agosto de 2011 esperavam a ação do governo.
 
O setor vitivinícola (que produz tanto uvas quanto vinhos) reclama do aumento das importações, argumentando que os estrangeiros competem em condições desleais com os brasileiros por gozarem de vantagens tributárias na origem. Também alega que boa parte dos vinhos importados é de baixa qualidade, subfaturada e até contrabandeada.

Dados recentes da União Brasileira de Vitivinicultura (Uvibra) apontaram que em 2011 os importados dominaram 78,8% do mercado legal de vinhos finos no país. A indústria quer que o governo crie barreiras, como aumentar a alíquota atual de 27% do imposto sobre importação de vinhos para 55%.

A adoção de barreiras ou não pelo governo dependerá do resultado da investigação técnica da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), que vai analisar o período de janeiro de 2006 a dezembro de 2010.

Legislação - Noticia SISCOMEX nº 85/2012 - Paralisação dos Sistemas Siscomex - Importação - Exportação - Transito Aduaneiro - Mantra - Siscarga - Mercante - Outros

Através da Notícia SISCOMEX nº 85/2012, a Coordenação-Geral de Administração Aduaneira - COANA informa a paralisação de todas as aplicações aduaneiras (Importação, Exportação (D.E. e Novoex), Trânsito Aduaneiro, Mantra, Presença de Carga, Carga, Mercante, DCI, Gerenciais, Cadastro e Tabelas, Débito Automático, ect), da 01h às 10hs do dia 18/03/2012, domingo, para testes de implantação do modulo termo de constatação.

Legislação - Comunicado GCEX 11/2012 - REPETRO - Exportação com saída ficta - Enquadramento - RE

De acordo com o Comunicado GCEX nº 11/2012, desde 13/03/12 as operações de REPETRO (80140), e demais enquadramentos de exportação ficta (80101, 80150, 80160), podem ser combinados com códigos de Drawback (81101, 81102 e 81103) no mesmo RE e/ou no mesmo despacho.

Noticia - Importação de veículos do México terá cotas móveis, confirma Pimentel - Valor Econômico

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, confirmou nesta quinta-feira a adoção de um sistema de cotas móveis para a importação de veículos do México.
 
Pelo acordo, firmado na quarta-feira, as exportações mexicanas serão limitadas ao valor médio verificado nos três anos anteriores. Em 2012, por exemplo, o volume não poderá ultrapassar US$ 1,45 bilhão, média anual registrada entre 2009 e 2011.

O sistema de importação de autopeças, segundo ele, continua inalterado. "Quando é bom para os dois lados, todo mundo sai satisfeito", disse Pimentel, que revelou que o desejo inicial do governo brasileiro era de limitar as importações ao valor fixo de US$ 1,1 bilhão.

Durante o lançamento de uma fábrica de vidros planos em Goiana, na Mata Norte de Pernambuco, o ministro afirmou que o acordo visa reduzir o déficit comercial com o México e garantir mercado para as montadoras instaladas no Brasil. Goiana receberá uma fábrica da Fiat, prevista para ficar pronta em 2014.

"Precisamos garantir que a fábrica da Fiat tenha mercado", disse o ministro, que aproveitou a ocasião para rebater os que apontam um processo de desindustrialização no país.

"É verdade que a indústria tem dificuldades. Reconhecemos. Muitas vezes causadas pela concorrência desleal e pela taxa de juros. Mas digo a essas pessoas que visitem Pernambuco", ironizou Pimentel.

quarta-feira, 14 de março de 2012

Legislação - Notícia Siscomex nº 81/2012 - Seminário de Operações de Comércio Exterior - Notícia Siscomex nº 82/2012 - Programação do 1º dia - Notícia Siscomex nº 83/2012 - Programação do 2º dia - Notícia Siscomex nº 84/2012 - Despacho Executivo.

Através das Noticias Siscomex nºs 81, 82, 83 e 84, o Departamento de Comércio Exterior - DECEX comunica:

O primeiro Seminário de Operações de Comércio Exterior deste ano será realizado em dois dias: 10 e 11 de abril. Além das Palestras que serão apresentadas, haverá Despacho Executivo (atendimento de casos específicos de operações de Contingenciamento, Licenças de Importação, Drawback e Novoex com os técnicos do DECEX), abordaremos temas de comércio Exterior com a participação de outros órgãos, tais como:DEINT, DECOM, DEPLA e DENOC.

Promovido pelo Departamento de Operações de Comércio Exterior (DECEX), da Secretaria de Comércio exterior (SECEX), os seminários são gratuitos e Abertos a todos os interessados. A Secretária de Comércio Exterior, Tatiana Lacerda Prazeres, destaca o objetivo dos eventos de "se aproximar dos usuários e prestar o auxílio necessário para facilitar o trabalho dos operadores de Comércio exterior".

Programação 1º Dia:

Data: 10/04/2012 - Terça-feira
Local: Auditório do Ed. Sede Serpro

09h00 - Abertura
- Representante do SERPRO
 -Tatiana Lacerda Prazeres, Secretária de Comércio Exterior do MDIC

09h20 - Licenças de Importação: Contingenciamento e Informações Gerais sobre Importação
- Mauricio Genta Maragni, Analista de Comércio Exterior da Coordenação-Geral de Licenças de Importação - CGLI do DECEX

10h30 - Coffee Break

10h50 - Licenças de Importação : sistemática de análise de Licenças de Importação de Máquinas e Equipamentos Novos e Usados.
- Hamilton Clovis M. De Souza, Coordenador de Operações de Importação - COIMP do DECEX

12h00 - Horário livre para almoço

14h00 - Investigação de Origem não preFerencial: O Combate a Falsa Declaração de Origem - Departamento de Negociações Internacionais/DEINT
- Marcelle de Sousa Gonçalves Gomes, Chefe de Divisão

15h00 - O Sistema Brasileiro de Defesa Comercial: Instrumentos e Prática - Departamento de Defesa Comercial/Decom
- Arthur Britta Scandelari, Técnico Nível Superior

16h00 - Encerramento

Programação 2º dia:

Data: 11/04/2012 - Quarta-feira
Local: Auditório do Ed. sede SERPRO

09h00 - Novoex: Siscomex Exportação Web - módulo comercial
- Rafael Arruda de Castro, Coordenador-Geral de Informação e Desenvolvimento do Siscomex - CGIS do DECEX

10h00 - Coffee Break

10h20 - Drawback : Drawback Integrado nas modalidades de Suspensão e Isenção. Esclarecimentos gerais
- Albertino Antonio da Costa Filho - Diretor do DECEX

12h:00 - Horário livre para almoço

14h00 - Ferramentas de informação de apoio à exportação - Departamento de Planejamento e Desenvolvimento do Comércio Exterior/DEPLA
- Paulo Roberto Pavão, Coordenador-Geral de Produção e Estatística/CGES do DEPLA

15h30 - Coffee break

16h00 - Financiamento às Exportações - Departamento de Normas e Competitividade/DENOC
- Rodrigo Toledo Cabral Cota, Analista de Comércio Exterior

17h00 - encerramento

Local

Local: Auditório do Ed. Sede SERPRO
Endereço: Sgan Quadra 601 Módulo v 3º Andar Brasília/DF
Horário: 9h às 12h - 14h às 17h
E-mail para inscrições: seminario.com.ext@mdic.gov.br, com
As seguintes informações:
Nome:
Empresa/órgão:
Cargo/função:
Telefone:
E-mail:

Despacho executivo


Haverá atendimentos em despachos executivos, limitados 05 (cinco) por assunto, respeitada a ordem de inscrição. Cada Despacho executivo levará, no máximo, 30 minutos.

Para solicitação de despacho é necessário informar os dados abaixo conforme seu caso:

Exportação
Nº do AC ou do RE:
NCM de exportação (preponderante):
Problema a ser tratado:

Importação
Nº da LI:
NCM de importação (preponderante):
Problema a ser tratado:

Novoex
Problema a ser tratado:

Aguardar a confirmação da inscrição. Caso não seja possível o comparecimento, favor solicitar o cancelamento da inscrição.








Legislação - Notícia Siscomex nº 80/2012 - Novo tratamento administrativo - LI - NCM - 7306.40.00 e 7306.90.20

Através da Noticia Siscomex nº 80/2012 e com base na Portaria SECEX nº 23/2011, Departamento de Operações de Comercio Exterior - DECEX informa que a partir do dia 12/03/2012 terá vigência Novo Tratamento Administrativo SISCOMEX para as importações dos produtos classificados nas NCMs 7306.40.00 e 7306.90.20, os quais estarão sujeitos a Licenciamento Não Automático para fins de acompanhamento estatístico, prévio ao embarque no exterior, com anuência DECEX delegada ao Banco do Brasil.

Nos casos de mercadorias embarcadas anteriormente ao inicio da vigência desse tratamento, a anuência correspondente poderá ser deferida sem restrição de embarque desde que a licença tenha sido registrada no SISCOMEX em ate 30 dias da data de inclusão do tratamento, na forma dos parágrafos 3º e 4º do artigo 17 da Portaria SECEX nº 23/2011.  Após esse prazo, a retirada da restrição ficará condicionada a apresentação do respectivo conhecimento de embarque as agencias do Banco do Brasil.

Legislação - Notícia Siscomex nº 79/2012 - Novo tratamento administrativo - LI - NCM 8471.90.12 - Destaque NCM

Através da Noticia Siscomex nº 79/2012 e com base na Portaria SECEX nº 23/2011, o Departamento de Comércio Exterior - DECEX informa que a partir do dia 12/03/2012 terá vigência Novo Tratamento Administrativo SISCOMEX aplicado para as importações dos produtos classificados na NCM 8471.90.12, as quais estarão sujeitas a Licenciamento Automático, para fins de Monitoramento estatístico, com anuência do DECEX delegada ao Banco do Brasil, conforme abaixo discriminado: i) Destaque 001 - leitores de mesa omnidirecionais;ii) Destaque 002 - leitores de códigos de barras manuais; iii) Destaque 999 - outros leitores de códigos de barras.

Legislação - Notícia Siscomex nº 78/2012 - Paralisação dos Sistemas Siscomex

Através da Noticia Siscomex nº 78/2012 a Coordenação-Geral de Administração Aduaneira - COANA informa a paralisação dos sistemas SISCOMEX Carga, Mantra e presença de carga, da 01h às 10hs do dia 18/03/2012, domingo, para testes de implantação do modulo Termo de constatação.

terça-feira, 13 de março de 2012

Noticia - Futuro líder no Senado defende ICMS “por segmento” - Valor Econômico

O futuro líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), que vai substituir Romero Jucá (PMDB-RR) na função a partir de amanhã, defende um ponto de vista diferente na discussão da redução do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) nas operações interestaduais sobre mercadoria importada. Ao Valor, Braga disse que a alíquota deve ser definida "por segmento" e não simplesmente uniformizada para todos os produtos importados.
 
Braga, que prefere falar apenas como senador, até que o Palácio do Planalto torne oficial sua escolha, defende o projeto de resolução que reduz e uniformiza o ICMS - de autoria de Jucá - como ação para combater a "desnacionalização" da indústria, mas acha que a medida não deve ser tomada para todos os produtos, indiscriminadamente.

"A desindustrialização brasileira está ficando clara. E esses corredores com incentivos a produtos finais têm contribuído para a desnacionalização da nossa indústrias. No entanto, precisamos analisar com muita cautela o que vamos fazer", disse.

Um exemplo dado por ele é o caso da construção civil. Afirmou que hoje o material importado (piso, revestimento, etc.) tem sido fundamental para manter o custo do metro quadrado baixo, o que viabiliza, inclusive, projetos como o Minha Casa, Minha Vida.

"Portanto, o governo terá que fazer obviamente ações para colocar um freio na desnacionalização da indústria brasileira, mas, ao mesmo tempo, tem que tomar muito cuidado para que, ao fazer isso, não haja um problema de abastecimento e de preços em determinados setores, como o da construção civil."

Braga já conversou sobre isso com a presidente Dilma Rousseff. Segundo ele, o governo vai "fechar a porta" dos incentivos fiscais à importação, mas poderá haver alíquotas diferenciadas por mercadoria - e não a uniformização em 4%, que é a última proposta em negociação entre equipe econômica e Senado.

A proposta original de Jucá fixava a alíquota do ICMS de importação em 0%. Segundo ele, essa alíquota até pode ser fixada, mas para "determinados segmentos nos quais o Brasil tem condições de produção para abastecer mercado interno e não pressiona a inflação para cima".

Noticia - Exportações das cooperativas cresceram 21,1% no 1º bimestre, diz MDIC - Valor Econômico

As exportações das cooperativas brasileiras somaram US$ 764 milhões no primeiro bimestre deste ano, uma elevação de 21,1% em relação ao mesmo período de 2011, informou o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
 
O principal produto comercializado no período foi o açúcar refinado, que obteve receita de US$ 125,5 milhões, equivalente a 16,4% do total exportado pelas cooperativas. Em seguida veio o café em grão, que obteve receita de US$ 119,4 milhões (15,6%). Em seguida, aparecem o farelo de soja, com US$ 91,7 milhões (12%), pedaços e miudezas comestíveis de frango, com US$ 87,6 milhões (11,5%), etanol, com US$ 57,8 milhões (7,6%), trigo, com US$ 51,4 milhões (6,7%) e carne suína congelada, com US$ 21,3 milhões (2,8%).

As exportações de produtos de cooperativas brasileiras chegaram, no primeiro bimestre de 2012, a um total de 105 países. Em igual intervalo de 2011, haviam sido 99 países de destino. Os Estados Unidos ficaram em primeiro lugar nesse ranking, com US$ 89,1 milhões, ou 11,7% do total exportado no bimestre. A China ocupou a segunda colocação, com US$ 86,8 milhões (11,4%), seguida pela Alemanha, com US$ 51,2 milhões (6,7%).

O MDIC  informou, ainda, que 16 Estados do país exportaram por meio de cooperativas em janeiro — um a mais do que o número registrado em igual período de 2011. O Paraná permaneceu na liderança, com US$ 252,6 milhões em exportações, ou 33,1% do total. Em segundo lugar aparecem as cooperativas de São Paulo, que venderam US$ 164,9 milhões (21,6%). As sociedades de Minas Gerais aparecem em terceiro no ranking, com vendas de US$ 127,1 milhões, ou 16,6% do total.

Já as importações das cooperativas do país ficaram estáveis. Em 2011, foram comprados US$ 35 milhões. No mesmo período deste ano o valor foi o mesmo. O principais produtos adquiridos foram os insumos para fertilizantes (ureia e potássio) e maquinário em geral. As compras externas das cooperativas foram originárias de 31 países. No mesmo período do ano passado, 30 forneceram produtos. Na relação dos principais vendedores de produtos para as cooperativas, o Japão ficou em primeiro lugar, com US$ 4,3 milhões, ou 12,3% do total. Da Ucrânia, foram comprados US$ 4 milhões, ou 11,5% do geral.

Noticia - Importação de leite recua 37,2% em fevereiro, aponta MDIC - Valor Econômico

Dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) mostram que a importação de leite pelo Brasil apresentou um recuo de 37,2% no mês passado após registrar pico histórico em janeiro. No primeiro mês do ano, foram importadas 11,8 mil toneladas de leite em pó do Uruguai e da Argentina. Em fevereiro foram 7,4 mil toneladas.
 
Em busca de uma redução ainda maior, um grupo de parlamentares se reúne hoje, às 15h, com o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, para pedir um maior controle nas importações.

O relator da subcomissão do leite na Câmara dos Deputados, deputado Alceu Moreira (PMDB-RS), comemora a queda das importações de leite, mas diz que ainda “falta muito” para que os vizinhos cumpram os acordos de cotas assinados. “Em janeiro e fevereiro, o total de leite que deu entrada equivale a 266 milhões de litros. Uma média de 4,4 milhões de litros por dia”, afirmou o parlamentar.

A Argentina, de acordo com Moreira, reduziu de 5,2 mil toneladas em janeiro, para 3,2 mil toneladas em fevereiro, sendo que o acordo bilateral entre os países permite a entrada de 3,6 mil toneladas por mês. “A pressão vai continuar. É um absurdo importar todo esse leite em plena safra nacional”, afirma Alceu Moreira. A entrada do produto, segundo o deputado, gera um prejuízo estimado de US$ 41 milhões para os brasileiros.

Noticia - Brasil e México podem fechar novo acordo amanhã - Valor Econômico

A negociação para rever o acordo de livre comércio de produtos automotivos entre Brasil e México pode ser concluída amanhã com a criação de uma cota de importação de produtos automotivos entre os dois países, segundo espera o governo brasileiro. Uma missão chefiada pelos ministros do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, e de Relações Exteriores, Antônio Patriota, viaja hoje à noite à Cidade do México, para se reunir, na quarta-feira com o ministro da Economia mexicano, Bruno Ferrari. Além da cota, discutirão exigências de conteúdo nacional e livre comércio para caminhões pesados.

O principal ponto de discordância entre os dois governos está no tamanho da futura cota a ser fixada para o intercâmbio comercial de automóveis e outros produtos do setor. O Brasil havia proposto, no começo do mês, uma cota equivalente a US$ 1,17 bilhão, baseada no valor médio dos últimos cinco anos, em importação de carros, peças, máquinas agrícolas e outros produtos do setor automotivo. Com a recusa do México, aumentou a proposta de cota para US$ 1,75 bilhão, a média dos últimos três anos. 

Os mexicanos querem uma cota equivalente a "pouco mais" que o valor exportado por eles ao Brasil no ano passado, de US$ 2,5 bilhões. Descontente com a troca de propostas por carta, o ministro Ferrari lembrou a Pimentel, por telefone, na semana passada, o convite dos mexicanos às autoridades brasileiras, para uma viagem ao México destinada a acertar as diferenças entre os dois países. Segundo fonte do governo brasileiro, os mexicanos indicaram que há boa disposição para um acordo nesta viagem. Pimentel consultou a presidente Dilma Rousseff ontem e decidiu a viagem, com Patriota.

Os dois ministros serão acompanhados por técnicos das secretarias de Comércio Exterior e do Desenvolvimento da Produção. Embora o Ministério do Desenvolvimento tenha anunciado a participação da ministra de Relações Exteriores do México, Patricia Espinosa, nas discussões, ela deverá enviar um representante, por estar fora do país. A pedido dos brasileiros, os dois governos discutirão ainda duas outras modificações no acordo automotivo, em vigor desde 2003: a antecipação, de 2020 para 2015, do prazo para inclusão dos caminhões pesados no comércio sem imposto entre México e Brasil, e uma nova regra comum de conteúdo nacional mínimo.

Segundo um dos participantes da discussão bilateral, os governos deverão adotar como medida de conteúdo nacional as regras adotadas pelo México, que, diferentemente do Brasil, não considera bens intangíveis, como publicidade, na avaliação do valor agregado nacionalmente ao produto fabricado no país. A proposta com maiores chances de ser adotada prevê a exigência de, no mínimo, 35% de conteúdo nacional neste ano, com gradual elevação, até 45% em 2014.

Preocupadas com o forte aumento nas importações de automóveis do México em 2011 (64%, em relação a 2010), e com o surgimento de um déficit de US$ 1,55 bilhão no comércio de veículos, as autoridades brasileiras chegaram a avisar aos mexicanos que o Brasil usaria a cláusula que permite o cancelamento do acordo, desde que anunciado com 14 meses de antecedência. 

Os mexicanos lembraram que o Brasil teve superávit no comércio bilateral desde o início do acordo, em 2003, e que 2011 foi o primeiro ano a inverter o resultado no comércio bilateral. Com a determinação do governo brasileiro em rever o acordo, porém, os mexicanos aceitaram negociar. Os brasileiros argumentam que as mudanças no cenário internacional tornam obrigatória uma revisão das regras acertadas em 2003.

Noticia - Exportações para os Estados Unidos ajudam no saldo positivo da balança comercial - Agência Brasil/Portal Naval.

O resultado positivo da balança comercial brasileira, de US$ 1,715 bilhão - em fevereiro -, foi alavancado pela retomada das importações dos Estados Unidos. Pelo segundo mês consecutivo, o mercado norte-americano foi o principal destino das exportações brasileiras. No acumulado do ano, as exportações brasileiras somaram US$ 34,169 bilhões. Nesse período, as exportações brasileiras cresceram 38,2% para os Estados Unidos.

A participação norte-americana alcançou 13,6% nas vendas externas, somando US$ 4,645 bilhões em compras brasileiras. A média diária dos embarques externos para a maior economia mundial saiu de US$ 85,2 milhões, há um ano, para US$ 119,2 milhões, no mesmo período analisado.

Mesmo com os números positivos, essa situação deve se reverter no próximo mês, quando começam as exportações de soja. Para o vice-presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto Castro, essa fase dos EUA liderando os destinos das exportações brasileiras é “momentânea” e deve mudar de posição a partir deste mês, quando as exportações de soja saem do período de entressafra. O produto é mais consumido pela China, que liderou os embarques externos brasileiros em 2011.

“Existe uma queda contínua da participação americana, que já chegou a 25%. Ainda sem as exportações da soja, os Estados Unidos se recuperaram, mas a China é de fato o primeiro destino das exportações brasileiras. Esse cenário atual vai mudar”, comentou. Entre os itens mais exportados estão o petróleo, máquinas e equipamentos, siderúrgicos, aeronaves e partes, entre outros.

“O petróleo representa cerca de 35% de tudo que os Estados Unidos compram. Esse crescimento se deve à diversificação de fornecedores de petróleo aos americanos. Se eles decidirem usar as reservas nacionais, seremos afetados”, acrescentou Castro.

De acordo com o consultor de comércio exterior Welber Barral, ex-secretário de Comércio Exterior (Secex) do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), esse crescimento de vendas externas aos Estados Unidos pode ser considerado “sazonal”, no entanto, agrega “maior valor” aos itens exportados.

“Eu vejo com bons olhos essa relação. Não acredito que vá se manter ao longo do ano, mas é importante promover maior comércio entre os Estados Unidos e o Brasil. Ainda existe um potencial grande de comércio a ser explorado por se tratarem de duas grandes democracias e dois países de economia de mercado com potencial de crescimento estratégico e econômico”, apontou Barral.

Com o propósito de intensificar a parceria comercial entre os dois países, a presidenta Dilma Rousseff confirmou viagem aos Estados Unidos em abril. O encontro com o presidente Barack Obama está agendado para ocorrer no dia 9.

Noticia - Diferença entre exportações e importações dos sete dias úteis de março é positiva em US$ 260 milhões - Agência Brasil/Portal Naval

A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 260 milhões nos sete dias úteis das duas primeiras semanas de março, segundo dados divulgados hoje (12) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). O saldo positivo é resultado das exportações de US$ 6,527 bilhões e importações de US$ 6,257 bilhões.


A média diária de embarques externos de março ficou em US$ 931 milhões. Nas compras internas, a média diária registrada ficou em US$ 893,9 milhões.


Quando comparado ao mesmo período de 2011, os embarques externos aumentaram 1,4%, e as importações avançaram 5,8%. No acumulado do ano, as exportações somam US$ 40,686 bilhões e as importações registram US$ 40,003 bilhões. O superávit se mantém positivo em US$ 683 milhões.


As exportações melhoraram por conta do aumento de vendas de produtos básicos (+5,7%), principalmente algodão em bruto, petróleo bruto, carnes de frango e suína. Em contrapartida, houve queda nas exportações de semimanufaturados (-3,8%) e manufaturados (-2,9%).


Do lado das importações, aumentaram, principalmente, as compras de adubos e fertilizantes (+63,1%), instrumentos de ótica e precisão (+22,3%), produtos farmacêuticos (+22,0%), químicos orgânicos e inorgânicos (+17,9%), siderúrgicos (+13,2%), borracha e obras (+9,5%) e equipamentos mecânicos (+8,1%).

segunda-feira, 12 de março de 2012

Noticia - Relator identifica três violações à Constituição na proposta do ICMS - Valor Econômico

A redução da alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) nas operações interestaduais com produto importado por meio de resolução do Senado, como quer o governo, terá pelo menos três supostas inconstitucionalidades apontadas pelo relator na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Ricardo Ferraço (PMDB-ES).

Como Ferraço, senadores de Estados prejudicados pela medida estão reforçando o questionamento jurídico da proposta, já que o debate econômico está perdido. Além do governo, há forte lobby do setor produtivo pela aprovação. O objetivo da proposta é combater a guerra fiscal na importação, apontada pelo setor como uma das causas da desindustrialização.

Segundo estudo técnico nas mãos de Ferraço, a redução da alíquota (de 12% para 4%, segundo as negociações) exigiria lei complementar. A Constituição permite que resolução do Senado -que passa por apenas essa Casa- fixe alíquota de tributo interestadual. Mas, quando envolver concessão de isenções, incentivos e benefícios fiscais por Estados (artigo 155, parágrafo 2º, XII, "g"), a regulação é por lei complementar, que exige aprovação por Câmara e Senado, com maioria absoluta dos votos.

"O que se quer é utilizar a alíquota interestadual como instrumento para atingir outro objetivo: interferir na concessão de incentivos e benefícios do ICMS", diz Ferraço, contestando a alegação do governo de que a resolução apenas fixa alíquota. O relator cita decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) segundo a qual "o perfil nacional" do ICMS "justifica a edição de lei complementar nacional, vocacionada a regular o modo e a forma como os Estados, sempre após deliberação conjunta, poderão, por ato próprio, conceder e/ou revogar isenções, incentivos e benefícios fiscais."

A segunda suposta inconstitucionalidade do projeto é, segundo o estudo técnico, dar a produto importado tratamento diferenciado do nacional. Esse critério de "discriminação" é vedado pelo artigo 152 da Constituição. Esse dispositivo é violado em outro ponto, segundo o relator: a fixação de alíquota com base na procedência (se nacional ou importado) e não na natureza da mercadoria ou serviço.

Senadores de Estados prejudicados pela medida conseguiram incluir juristas nas audiências públicas destinadas à discussão do assunto, nos dias 20 e 22. Participarão os advogados Hamilton Dias de Souza, Roque Carrazza e Luis Roberto Barroso.

"Reconhecemos que a guerra fiscal tem de acabar, mas não pode ser por resolução do Senado. Queremos que prevaleça a segurança jurídica e a garantia de que tudo o que foi contratado prevaleça. Há empresas investindo nos Estados e com programação de investimento até 2020. Não podem puxar o tapete delas de repente", diz o líder do DEM, Demóstenes Torres (GO).

Luiz Henrique (PMDB-SC) é um dos senadores cujos Estados concedem benefícios à importação e serão prejudicados. Ele diz que a discussão está "desfocada", porque diz respeito à federação. Ex-governador de Santa Catarina, afirma que é preciso discutir se a fixação dessa alíquota pode ou não ser feita por resolução e se não afeta o princípio da anualidade.

Pedro Taques (PDT-MT) defende o fim da guerra fiscal, que considera prejudicial à indústria nacional, mas afirma ter "dúvidas" sobre a possibilidade de a alíquota do IMCS ser reduzida por meio de resolução do Senado. "Quero ouvir os juristas. Ninguém é dono da verdade."

A proposta que o governo quer aprovar reduz de 12% para 4% a alíquota de ICMS dos bens e mercadorias importados do exterior, destinados a outro Estado. Com essa tributação, os Estados perdem margem para conceder benefícios fiscais para atrair empresas a importarem por seus territórios.

A proposta original, apresentada pelo líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), era diferente. Fixava alíquota de 0% do ICMS nas operações interestaduais de importação, transferindo a tributação exclusivamente para o Estado em que se der o consumo. 

Desde o princípio, Jucá dizia que seu projeto era apenas para iniciar o debate. Mais tarde, em parecer na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) - não votado-, o senador Delcídio Amaral (PT-MS) propôs redução gradual até 2%, a partir de janeiro de 2015. 

Para Ferraço, o governo "mira numa direção e vai acertar em outra". Para ele, o aumento da importação não se deve aos incentivos fiscais, e sim à taxa de câmbio e o crescimento econômico. Segundo o relator, com o fim da guerra fiscal, o país continuará importando a mesma quantidade, mas haverá "concentração brutal" das importações em São Paulo.

Noticia - Decreto paulista isenta hospitais de ICMS - Valor Econômico.

O governo do Estado de São Paulo regulamentou a isenção do ICMS na importação de medicamentos, aparelhos, máquinas, instrumentos e partes e peças de equipamentos hospitalares pela Fundação Faculdade de Medicina.
 
Tais medicamentos e equipamentos devem ser destinados à própria entidade ou aos hospitais listados na norma: Hospital das Clínicas, Instituto do Câncer, Instituto de Medicina Física e Reabilitação Lucy Montoro e hospitais públicos da Prefeitura do Município de São Paulo.

A isenção foi regulamentada por meio do Decreto nº 57.850, de 2012, publicado nesta segunda-feira no Diário Oficial.

O benefício é válido a partir deste mês e teve autorização do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), órgão que reúne os secretários de Fazenda do país.
Com informações da Lex Legis Consultoria Tributária

Noticia - Restrição argentina faz exportação cair 22% - Valor Econômico

A ampliação das medidas protecionistas pela Argentina desde fevereiro derrubou a exportação brasileira para aquele mercado em 22,5%, descontados dois itens: energia e automóveis. Os dados são da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento (Mdic) e consideram a variação da média diária em relação a fevereiro de 2011. A exportação brasileira para o país vizinho somou US$ 1,7 bilhão no segundo mês de 2012, o que significa, na média diária, elevação de 10,6% em relação a fevereiro do ano passado. O governo avalia, porém, que o valor total foi distorcido pela venda de energia elétrica aos argentinos.
 
Tirando apenas a energia da pauta de exportação, houve queda de 9,43% na média diária do valor exportado à Argentina, desempenho que contrasta com a elevação média diária de 13,3% na exportação do Brasil ao mundo inteiro no mesmo mês. Em fevereiro do ano passado, o país não vendeu energia aos argentinos.

Tatiana Prazeres, secretária de Comércio Exterior, diz que a redução reflete as dificuldades em razão das medidas protecionistas. "Segmentos que comumente não têm dificuldades com barreiras argentinas começaram a se manifestar, como o de carnes suínas e o de produção de papel."

Segundo a Secex, a exportação de carne suína para o país vizinho em fevereiro somou US$ 1,5 milhão, com queda de 81,5% sobre o mesmo mês de 2011. Entre os produtos da indústria papeleira que apresentaram redução no valor embarcado em fevereiro estão o papel e cartão para escrita, que tiveram queda de 37,3%, e o papel e cartão kraft, com redução de 20,7%. Segundo Tatiana, as dificuldades foram levadas à autoridade argentina com quem o governo brasileiro mantém contato constante. Os números mostram outros produtos afetados, como calçados, produtos têxteis e chocolates (ver tabela).

Para José Augusto de Castro, vice-presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), o desempenho da exportação sem a energia elétrica e os automóveis mostra a influência das novas medidas. "O setor automotivo demora para ter exportações mais afetadas porque há muita integração entre as fábricas mantidas pelas montadoras nos dois países." Uma exportação menor para a Argentina, diz, significa também menor importação brasileira de carros argentinos e também menor ocupação e emprego no país vizinho.

Desde fevereiro o governo argentino dificultou a importação ao adotar, além das licenças não automáticas que já vinha aplicando, a exigência de uma declaração jurada, documento no qual o importador argentino declara os desembarques que pretende fazer em determinado período.

  
Sem muitas dificuldades para vender aos argentinos até janeiro, o setor de carne suína viu o cenário mudar no mês seguinte. Levantamento da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs) registrou queda de 85% no volume exportado para a Argentina após a medida protecionista. Em fevereiro de 2011 o setor vendeu 3.183 toneladas para o país vizinho. No mesmo mês deste ano, o volume não passou de 478 toneladas. Em janeiro, os argentinos compraram 4,27 mil toneladas, um aumento de 18,6% em relação a janeiro de 2011.

A queda abrupta levou o setor a se reunir, no começo de março, com o ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho. "Reclamamos ao governo brasileiro, que deve ir nesta semana a Buenos Aires para tentar acelerar as licenças," afirma o presidente da Abipecs, Pedro de Camargo Neto. A retenção de produtos na fronteira e a dificuldade em entrar na Argentina vinham ocorrendo há alguns meses, conta. Fevereiro, porém, surpreendeu. "Não exportamos quase nada, pois o mercado está praticamente fechado. Nunca tinha acontecido nesse porte."

"Está um caos exportar para a Argentina", diz Heitor Klein, diretor da Associação Brasileira da Indústria de Calçados (Abicalçados). "Os exportados não conseguem informações sobre como obter documentos. Não se sabe se é preciso fazer primeiro a declaração jurada ou licença, por exemplo." Segundo dados da entidade, desde o início de janeiro não houve liberação de nenhuma licença programada para o período. As licenças que foram concedidas em 2012 ou os embarques realizados, explica, se referem a períodos anteriores.

Para Rodrigo Branco, economista da Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior (Funcex), a política argentina para tentar reduzir desembarques resulta de um problema maior que o comércio exterior. Sem poder captar crédito no mercado internacional desde 2001, quando deu o calote na dívida, a Argentina tem dificuldades em captar investimento estrangeiro direto para fechar a balança de pagamentos, deficitária. Somado a isso, a balança de serviços também vem fechando no vermelho, com mais dólares saindo do que entrando no país. "O governo está engessado nessa área. Uma das únicas formas em que eles podem mexer para equilibrar as contas é o comércio exterior", afirma Branco.

No ano passado, os argentinos obtiveram superávit comercial de US$ 10,3 bilhões. Não fosse o Brasil, a conta ficaria mais azul. Em 2011 os argentinos tiveram déficit de US$ 5,8 bilhões no comércio bilateral. Por isso, as medidas atuais são uma estratégia da Casa Rosada para manter em 2012 o superávit do ano passado. "A balança de pagamentos deficitária causa a redução das reservas internacionais, que já caiu nos últimos anos e hoje está perto de US$ 48 bilhões", diz. O Brasil, por exemplo, tem reservas em torno de US$ 350 bilhões.

Na quinta-feira o governo argentino anunciou a liberação, em 15 dias, das importações presas desde agosto, por conta de licenças não automáticas vencidas e sem renovação. Segundo o diretor de relações institucionais da Câmara dos Importadores da Argentina (Cira), Miguel Ponce, a comunicação foi feita pela Secretaria de Comércio Exterior na quinta, quando a fábrica argentina da Fiat iniciou paralisação de produção até hoje, por falta de insumos. Segundo Ponce, a liberação deverá sanar 90% dos problemas de suprimento da indústria. Os 10% restantes, segundo ele, são relacionados à apresentação da declaração jurada exigida desde fevereiro. Ponce frisou que a liberação anunciada não está relacionada com a nova norma.

Noticia - Índia volta a permitir embarque de algodão produzido no país - Valor Econômico

Depois de uma semana em vigor, a Índia encerrou hoje as proibições de exportação de algodão produzido no país. Os embarques da commodity serão reiniciados assim que as permissões de exportação forem revalidadas, informou o governo.
 
De acordo com o secretário do Comércio do país, Rahul Khullar, até 3,5 milhões de fardos de 170 quilos disponíveis para o embarque antes da proibição serão analisados nos próximos dez dias. Novos registros, no entanto, ainda não serão emitidos.

O  país, que é segundo maior produtor de algodão do mundo, decidiu interromper as exportações de algodão no dia 5 de março como forma de garantir a demanda interna pela fibra, depois que projeções oficiais apontaram para uma safra menor do que a esperada.

Noticia - Governo quer reduzir de 17 para 2 dias tempo gasto por navio em porto - Valor Econômico

Para dar conta do rápido crescimento de demanda pelos serviços portuários, o governo federal tem apostado na desburocratização de diversos procedimentos. De acordo com a Secretaria de Portos, órgão ligado à Presidência da República, atualmente os navios podem levar até 17 dias entre a chegada aos portos, a descarga dos contêineres e a saída da embarcação.
 
“Mas acreditamos que, com os programas que já estão sendo implantados, vamos reduzir isso para dois dias, como fazem os grandes portos do mundo”, disse à Agência Brasil o diretor do Departamento de Sistemas e Informações Portuárias da Secretaria de Portos, Luís Cláudio Montenegro.

Segundo ele, o crescimento da economia causa reflexos imediatos na movimentação portuária do país, o que torna necessário, além de investimentos, "um olhar cuidadoso" com a infraestrutura. “Sabemos que o crescimento do movimento nos portos é pelo menos duas vezes maior do que o crescimento do PIB [Produto Interno Bruto]. Portanto, se o PIB cresceu quase 3% em 2011, o movimento portuário cresceu aproximadamente 6%. E isso pode gerar congestionamento”, disse.

“Felizmente esse congestionamento já era esperado, e temos trabalhado muito para lidar com a situação. E, por isso, não há situações emergenciais nos nossos portos”, acrescentou.
Entre as ações que estão sendo implementadas pelo governo, Montenegro destaca o Porto sem Papel, programa que concentra, de forma eletrônica na internet, informações enviadas pelas agências marítimas para a liberação de atracação e operação dos navios. Com ele, são eliminados os trâmites de 112 documentos (em diversas vias) e 935 informações para seis órgãos diferentes.

“Os portos recebem informações dos navios com cerca de 15 dias de antecedência. Com isso, os navios já são liberados para atracar três dias antes de chegarem. Isso já está sendo feito nos portos de Santos, do Rio de Janeiro e de Vitória (ES) e está sendo implantado nos portos de Salvador e Ilhéus (BA), de Recife (PE) e de Fortaleza (CE), onde já demos treinamento e instalamos sistemas”, disse o diretor da Secretaria de Portos.

Segundo ele, o programa será implantado até o final do mês nos portos baianos. “Muitas das taxas portuárias são pagas por diárias. Ao obtermos ganhos em capacidade e eficiência, reduziremos os custos com logística, tanto para produtos exportados como para importados”.

A secretaria pretende melhorar, ainda, a gestão das cargas provenientes de acessos terrestres. “O projeto Cargas Inteligentes é similar ao Porto sem Papel. Nele, as informações das cargas vindas de rodovias, ferrovias e, em alguns casos, de hidrovias, serão repassadas com antecedência ao porto, também antes de chegarem para serem descarregadas”.

Atualmente, informa Montenegro, as autoridades começam a analisar a liberação de cargas seis dias após a chegada. “Com o Carga Inteligente, elas já estarão liberada antes mesmo de chegarem aos portos”.

A implantação de radares para tráfego marítimo também beneficiará os portos brasileiros. Esses radares ajudarão na chegada de navios nos períodos noturnos, nas tempestades, ou quando houver neblina. “É como ocorre no posicionamento de aviões por instrumentos. Eles permitem uma melhor organização dos portos, por sabermos com antecedência que embarcação chegará primeiro”, explica o diretor.

Há, segundo a Secretaria de Portos, a previsão, para os próximos anos, de licitações para quase 100 arrendamentos portuários, entre operadores com prazos a serem vencidos e novas áreas a serem utilizadas. “Isso também nos ajudará a ampliar consideravelmente a atividade portuária brasileira”, prevê Montenegro.

Noticia - Argentina espera liberar importações com licenças vencidas em 15 dias - Valor Econômico

O governo da Argentina deve liberar nos próximos quinze dias todas as importações do país que estão presas nos portos argentinos desde agosto, por conta do vencimento de licenças não automáticas que ainda não foram renovadas.
 
Segundo afirmou o diretor de relações institucionais da Câmara dos Importadores da Argentina ( CIRA), Miguel Ponce, a comunicação foi feita pela Secretaria de Comércio Exterior na tarde desta quinta, mesmo instante em que a fábrica da Fiat no País iniciou uma paralisação de sua produção até segunda-feira por falta de insumos.Segundo Ponce, a liberação deverá sanar 90% dos problemas de suprimento da indústria argentina.

Os 10% restantes, de acordo com o executivo, estão relacionados à exigência da apresentação de uma declaração jurada por parte dos importadores, que entrou em vigor em 1° de fevereiro. Em relação a esta norma, os efeitos na cadeia de insumos devem ser sentidos a partir de março.

"Com certeza estas novas medidas protecionistas estão afetando a balança argentina, mas a Aduana não liberou desde então nenhuma informação sobre quantas importações estão sendo barradas, embora tenham se comprometido com isso", afirmou.

Ponce frisou que a liberação anunciada ontem não está relacionada com a nova norma. "O que será resolvido são as encomendas que estão paradas no porto antes desta medida entrar em vigor, ou seja, de agosto do ano passado a janeiro deste ano", disse. Ponce afirmou não ter como quantificar o estoque de mercadorias nesta situação.

Os dados oficiais da balança comercial argentina deverão ser divulgados pelo governo apenas na última semana de março, mas, de acordo com os dados da arrecadação de fevereiro já disponível uma estimativa da consultoria Abeceb aponta para um aumento de 4% nas importações, que teriam atingindo US$ 5 bilhões no mês passado, ante US$ 4,8 bilhões em fevereiro de 2011.

Noticia - Ministério receberá pedidos para elevação de Imposto de Importação - Valor Econômico

O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic) informou nesta sexta-feira que receberá até o dia 2 de abril os pedidos para elevação temporária do Imposto de Importação de mais 100 produtos, além daqueles incluídos na lista de exceção à Tarifa Externa Comum (TEC).
 
A medida tem por base decisão do Conselho do Mercado Comum (CMC) do Mercosul, que permite a elevação temporária da TEC para compensar os desequilíbrios consequentes da conjuntura econômica internacional.

Para a elevação tarifária, serão respeitados os tetos acordados na Organização Mundial do Comércio (OMC), informa o ministério. A medida poderá valer por até 12 meses, prorrogáveis pelo mesmo período.

Os pedidos serão analisados por um grupo presidido pela Secretaria Executiva da Câmara de Comércio Exterior (Camex), formado por representantes do Mdic, da Casa Civil e dos ministérios das Relações Exteriores, Fazenda, Agricultura, Planejamento e Desenvolvimento Agrário. A decisão final será do conselho de ministros da Camex.

O ministério informou que os itens que já compõem a lista de exceções à Tarifa Externa Comum serão mantidos. Diferentemente da lista, o mecanismo adotado pelo conselho do Mercosul permite apenas a elevação de imposto. Entre os 100 produtos já relacionados, 65 pagam menos tributo ao entrar no país.

A decisão não tem vigência automática porque deverá ser protocolada na Associação Latino-Americana de Integração (Aladi). Em seguida, o governo brasileiro vai esperar um mês para a incorporação da decisão do CMC em todos os países membros do bloco.

Para apresentar a solicitação, é preciso preencher formulário, disponível no site do Mdic, com informações sobre o produto e o solicitante, além da alteração pretendida. Os pedidos deverão ser enviados para o endereço da Camex, em Brasília.

Noticia - México rejeita proposta de limitar exportação de veículos ao Brasil - Valor Econômico

O México não aceitou os termos propostos pelo governo brasileiro para limitar as exportações de veículos mexicanos ao Brasil a US$ 1,4 bilhão por ano até 2015. E também ignorou o prazo estabelecido para a conclusão das negociações entre os dois países envolvendo o comércio de veículos – que, pelo Brasil, teria acabado nesta sexta-feira. As negociações entre os dois países, portanto, voltaram à estaca zero.
 
Segundo afirmou uma fonte do governo brasileiro ao Valor, o cenário tem “o Brasil insatisfeito com a invasão de veículos mexicanos de um lado, e, do outro, o México incomodado com a forma escolhida pelo governo brasileiro para negociar a questão”.

O governo brasileiro enviou na quinta-feira carta aos líderes mexicanos estabelecendo o limite de exportações anuais de veículos a US$ 1,4 bilhão, volume US$ 1 bilhão inferior à média anual dos últimos três anos. Na carta, os negociadores brasileiros do Itamaraty e do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic) também estabeleciam como prazo limite para as negociações o dia 9 de março. Os mexicanos não gostaram. De maneira informal já deixaram claro que discordam tanto do patamar estabelecido por Brasília quanto à forma de negociação – o envio de carta.

Itamaraty e o ministério não vão se pronunciar até o que o governo mexicano responda formalmente ao governo brasileiro, o que deverá ocorrer na segunda-feira.

NOTICIA - TV RECEITA LANÇA SÉRIE DE VÍDEOS COM ORIENTAÇÕES SOBRE A DECLARAÇÃO DO IR 2015 - Fonte: RECEITA FEDERAL

Principais dúvidas dos contribuintes são explicadas de forma didática A Receita Federal divulgou no dia 17/3, no canal da TV Receita no y...