sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Noticia - Exportações da América Latina e do Caribe crescerão 21,4% neste ano, segundo a Cepal (Agência Brasil).

A Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) divulgou ontem (2) que as exportações da região crescerão 21,4% neste ano, impulsionadas, principalmente, pelas vendas de matérias-primas de países da América do Sul. Aumento que se deve, em grande parte, à crescente demanda da China e à gradativa normalização do mercado dos Estados Unidos.

Os números constam do relatório Panorama de Inserção Internacional da América Latina e do Caribe 2009-2010, divulgado ontem (2) pela secretária executiva da Cepal, Alicia Bárcena. Ela destacou o fato de a recuperação da crise financeira internacional estar sendo conduzida, principalmente, pelas economias emergentes.

Ela disse que as vendas da região para a China haviam caído 2,2% no primeiro semestre do ano passado, no auge dos reflexos negativos da crise financeira deflagrada em setembro de 2008, mas neste ano as exportações da América Latina e do Caribe evoluíram 44,8% para o país asiático, em igual período.

A secretária da Cepal afirma que existem grandes diferenças no "interior da região" e diz que as exportações mais significativas foram de produtos agrícolas, pecuários e minerais, de países da América do Sul, enquanto os países da América Central e do Caribe, mais voltados para a expansão do comércio e do turismo, tiveram desempenho mais fraco.

Para marcar bem as diferenças por sub-regiões, o relatório da Cepal destaca que as vendas dos países andinos crescerão 29,5% no período em análise, ao passo que as exportações do Mercosul aumentarão 23,4% e as do Mercado Comum Centro-Americano serão de apenas 10,8%. O maior incremento por país será do Chile, com vendas externas 32,6% maiores, enquanto Panamá e México evoluirão só 10,1% e 16%, respectivamente.

Alicia Bárcena disse ainda que as políticas de exportação dos países da América do Sul seguiram caminho distinto em relação ao México e à América Central, na última década. A expansão das vendas externas sul-americanas mais que duplicou, ao passo que a taxa de vendas dos países da América Central e do México caiu mais de 50%.

Isso explica em parte, segundo ela, porque a participação do México nas exportações totais da região, que era de 40% em 2000, caiu para 30% no ano passado. Em sentido contrário, a participação do Brasil aumentou de 13% para 20% no mesmo período. Sem citar percentuais, ela disse que aumentaram também as participações de Argentina, Chile, Colômbia e Peru.

Ela lamentou o fato de as matérias-primas continuarem tendo o maior peso nas exportações da região, e mencionou que a participação dos recursos naturais no total de vendas até aumentou de 26,7%, em 1999, para 38,8% dez anos depois.

Segundo ela, a região precisa melhorar a qualidade de sua inserção no mercado internacional, investindo mais na diversificação de produtos, na inovação tecnológica, na maior cooperação regional e na competitividade, de modo a "aproveitar as oportunidades do comércio internacional e crescer com mais igualdade".

Noticia - Camex suspende o direito antidumping sobre as importações de cimento portland (MDIC).

Resolução da Câmara de Comércio Exterior (Camex), publicada ontem (2/9) no Diário Oficial da União, suspende o direito antidumping atualmente aplicado sobre as importações de cimento portland comum (NCM 2523.29.10) e outros cimentos portland (NCM 2523.29.90), quando originárias do México e da Venezuela e destinadas ao mercado constituído pelos Estados do Acre, do Amazonas, de Roraima e pela região compreendida à oeste do Estado do Pará, limitada pelo meridiano 53. A resolução entra em vigor hoje e terá vigência até 27 de julho de 2011.

A decisão foi motivada pela necessidade de preservação da estabilidade dos preços de cimento portland na região abrangida pela aplicação do direito antidumping e foi definida na última reunião da Camex, dia 17 de agosto. A aplicação do antidumping foi determinada pela Resolução Camex nº 18, de 25 de julho de 2006, e alterada pela Resolução nº 36, de 22 de novembro de 2006.

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Noticia - Índia quer ampliar acordo tarifário para o comércio com Mercosul (Agência Brasil).

O ministro da Indústria e Comércio da Índia, Jyotiraditya Scindia, afirmou ontem (2) que o governo indiano estuda, junto com os países do Mercosul, a ampliação do acordo sobre tarifas comerciais existente entre o seu país e o bloco sul-americano. Segundo Scindia, uma nova lista de produtos que podem ser comercializados sob um regime preferencial de tributação deve começar a ser discutida em novembro.

"Queremos aprofundar o acordo com o Mercosul", afirmou Scindia, em entrevista coletiva concedida na sede da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp). "Equipes de ambos os lados têm se encontrado e nós nos comprometemos a elaborar uma lista de novos produtos que queremos que sejam incluídos no acordo em novembro deste ano."

O ministro participou do Encontro Empresarial Brasil-Índia. No evento, empresários brasileiros e indianos falaram sobre a importância de um acordo de livre comércio entre os países do Mercosul (o Brasil, Uruguai, Paraguai e a Argentina) e a Índia.

Scindia explicou que o primeiro Acordo de Preferências Tarifárias Fixas (APTF) entre o bloco e a Índia foi firmado em 2009 já visando à criação de uma área de livre comércio. Atualmente, a importação e a exportação de 452 produtos são beneficiadas pelo compromisso. A intenção é aumentar as categorias de produtos com tributação especial gradativamente.

Para o ministro, a ampliação do acordo será estratégica para aumentar as relações comerciais entre os países envolvidos. Estimativas citadas pelo por Scindia apontam que o comércio entre o Mercosul e a Índia deve alcançar a marca dos US$ 17 bilhões (R$ 29,5 bilhões) em 2012 e US$ 30 bilhões (R$ 52 bilhões) em 2030.

Segundo o diretor do Departamento de Relações Internacionais da Fiesp, Roberto Giannetti da Fonseca, o livre comércio entre o Mercosul e a Índia seria benéfico também para o Brasil, individualmente. Em palestra durante o encontro de empresários, ele disse que as economias do Brasil e da Índia são complementares e podem ajudar uma a outra.

"Nós estamos muito interessados em um acordo de livre comércio Mercosul-Índia", afirmou. "O Brasil precisa de investimentos em várias áreas e pode também colaborar com a Índia, principalmente, no suprimento de comida e de energia."


Legislação - Resoluções CAMEX nºs 65, 66, 67 e 68/2010 - Comércio Exterior - Lista de Exceções à TEC, Direito Antidumping, Ex-Tarifários e Sistemas Integrados (SI) - Alterações.

No DOU de hoje (3 de setembro) foram publicadas as Resoluções Camex nº 65, 66, 67 e 68, que promoveram diversas alterações, as quais impactaram o Imposto de Importação.
 
1) Resolução Camex nº 65/2010

Foi excluído da Lista de Exceções à TEC, de que trata o Anexo II da Resolução Camex nº 43/2006, o código NCM 2933.71.00, referente a --6-Hexanolactama (epsilon-caprolactama). Ainda em relação a este produto, foi alterada a alíquota do Imposto de Importação de 12% para 2%, limitada a uma quota de 45.000 (quarenta e cinco mil) toneladas e por um período de 12 meses.
 
Também foi alterado o § 1º do art. 3º da Resolução Camex nº 47/2010, estabelecendo que a redução da alíquota do código NCM 0303.71.00 (Sardinhas, sardinelas e espadilhas) está limitada a cargas cujas Declarações de Importação sejam registradas até o dia 30 de novembro de 2010.

2) Resolução Camex nº 66/2010

Foi determinada a prorrogação do direito antidumping definitivo, por um prazo de até 5 (cinco) anos, às importações brasileiras de sacos de juta, classificados no item 6305.10.00 da NCM, quando originárias da República Popular de Bangladesh e da República da Índia, a serem recolhidos sob a forma de alíquota específica fixa.

3) Resolução Camex nº 67/2010

Foram alteradas as alíquotas ad valorem do Imposto de importação para 2%, até 30 de junho de 2012, incidentes sobre os bens de informática, telecomunicação e componentes do Sistema Integrado (SI), na condição de Ex-tarifários, das descrições NCM mencionadas.

4) Resolução Camex nº 68/2010

Foram alteradas, até 30 de junho de 2012, as alíquotas ad valorem do Imposto de Importação, para 2%, incidentes sobre os bens de capital e componentes do Sistema Integrado (SI), na condição de Ex-tarifários, das descrições NCM mencionadas.

A referida Resolução alterou também diversos Ex-tarifários anteriores, conforme descrito no Ato Normativo.

As Resoluções entram em vigor na data de sua publicação.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Noticia - Acordo Mercosul-União Européia é tema de painel no Encomex (MDIC).

Na abertura do segundo e último dia do Encomex Mercosul, em Porto Alegre, o diretor do Departamento de Negociações Internacionais do Ministério das Relações Exteriores (MRE), Evandro Didonet, disse que a orientação do governo brasileiro aos negociadores é "avançar o quanto for possível" até o final deste ano, na direção de um acordo de livre comércio entre Mercosul e União Européia.

As negociações, que tiveram início em 1999, estavam paralisadas desde 2004 e foram retomadas oficialmente em maio deste ano. Segundo Evandro Didonet, atualmente os negociadores brasileiros se concentram no estabelecimento de um quadro normativo com definições sobre normas de origem, barreiras técnicas e fitossanitárias, mecanismos de solução de controvérsias, entre outros temas.

Segundo Didonet, os setores automotivo e agrícola são estratégicos para as duas partes. O Mercosul quer definições sobre como serão tratados os subsídios agrícolas europeus e a União Européia se preocupa com a abertura industrial. "É importante decidirmos questões do marco normativo para, depois, em Bruxelas, apresentarmos ofertas melhoradas de abertura comercial", destacou o embaixador, citando a 18ª reunião do Comitê de Negociações Birregionais Mercosul-UE, marcada para o próximo mês, em Bruxelas, na Bélgica.

Além disso, em meados de setembro, o comissário de Comércio da União Européia (UE), Karel de Gucht, virá ao Brasil para tratar do acordo de livre comércio com o Mercosul. O comissário deve se reunir com os ministros Miguel Jorge, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e Celso Amorim, das Relações Exteriores (MRE).

"Não será um processo fácil, mas se conseguirmos chegar a um resultado, terá impacto para o fortalecimento do Mercosul. Por isso, a orientação do governo brasileiro é de que haja forte engajamento nas negociações", concluiu Didonet no encerramento de sua palestra.

A gerente executiva da Unidade de Negociações da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Soraya Rosar, que também participou do painel de abertura do segundo dia do Encomex Mercosul, disse que a retomada das negociações foi vista com cautela por alguns setores do empresariado brasileiro, mas que a orientação de reiniciar as conversas pelo marco normativo é uma boa decisão. "Pode levar mais tempo, mas dará segurança aos empresários, por isso a estratégia do governo brasileiro conta com total apoio do setor privado", acrescentou.

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Noticia - Participação dos Estados Unidos nas exportações brasileiras fica abaixo de 10% neste ano (Agência Brasil).

Pela primeira vez na história recente do país, os Estados Unidos responderam por menos de 10% das exportações brasileiras. Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, a participação do mercado norte-americano nas vendas externas brasileiras caiu de 10,2%, de janeiro a agosto de 2009, para 9,9%, nos oito primeiros meses deste ano.

"Não me lembro de outro momento em que as exportações brasileiras para os Estados Unidos ficaram abaixo de 10%", ressaltou o secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Welber Barral. Segundo ele, a queda da participação não ocorreu porque o Brasil passou a vender menos para os Estados Unidos. "As exportações para os Estados Unidos estão se recuperando em 2010, mas as vendas para outros mercados crescem em ritmo mais acelerado", explicou.

No acumulado do ano, as exportações brasileiras para os Estados Unidos aumentaram 23,8%, passando de US$ 10,04 bilhões, de janeiro a agosto de 2009, para US$ 12,49 bilhões, nos oito primeiros meses de 2010. No mesmo período, as vendas para o Mercosul saltaram 52,9% e, para o Oriente Médio, cresceram 31,9%. Para a China, atualmente o principal parceiro comercial do Brasil, as exportações aumentaram 28,7% neste ano.

Na avaliação de Barral, o Brasil está aproveitando a recuperação econômica para diversificar os destinos comerciais. "Há uma diminuição dos Estados Unidos e da União Europeia como os principais destinos das exportações brasileiras", afirmou.

As exportações para a União Europeia (UE) cresceram 21,3% em 2010, mas a participação do bloco econômico nas vendas externas brasileiras caiu de 22,6% para 21,4%. Segundo o secretário, o agravamento da crise econômica na Europa ainda não afetou as vendas para a UE. Em agosto, o Brasil exportou US$ 185 milhões para o bloco econômico, o melhor resultado desde novembro de 2008.

"Apesar de alguns meses de oscilações, as vendas para a União Europeia têm crescido paulatinamente. Até agora, não observamos os efeitos da crise econômica sobre as exportações para a Europa", disse.

Em 2010, as exportações caíram somente para a África (3,7%). Em agosto, no entanto, as vendas para o continente aumentaram 19,9% em relação ao mesmo mês do ano passado. Para o secretário, ainda é necessário esperar os próximos meses para avaliar se a recuperação é consistente.

Noticia - Exportações e importações voltam aos níveis anteriores à crise mundial (Agência Brasil).

A alta do preço internacional de bens primários e o aumento do consumo e dos investimentos no país fizeram as exportações e as importações voltarem aos níveis registrados antes da crise financeira mundial, em 2008. Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, as exportações, em agosto, tiveram o melhor resultado mensal desde setembro de 2008, e as importações atingiram o nível mais alto desde outubro do mesmo ano.

No mês passado, o Brasil exportou US$ 19,236 bilhões e importou US$ 16,796 bilhões, resultando num saldo comercial de US$ 2,440 bilhões. As importações, no entanto, cresceram 48,6% em relação a agosto do ano passado, enquanto as exportações aumentaram 32,7%.

Segundo o secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Welber Barral, o crescimento das vendas externas pode ser explicado pelo aquecimento da economia, principalmente dos países em desenvolvimento. O principal fator que beneficia as exportações, no entanto, é a alta de preço das commodities (bens primários com cotação no exterior) no mercado internacional.

O produto que mais puxou o saldo comercial para cima, em agosto, foi o minério de ferro, cujo valor exportado aumentou 228%. A quantidade vendida aumentou 28,1% no período, mas os preços subiram com maior intensidade: 168,2%. O fenômeno também ocorreu com a celulose, cujo preço subiu 47,3% e a quantidade manteve-se inalterada no último mês.

Em relação às importações, as compras de bens de capital (máquinas e equipamentos usados na produção) saltaram 71,9% em agosto, na comparação com o mesmo mês de 2009. De acordo com Barral, esse desempenho se deve principalmente à aquisição de maquinário por siderúrgicas que estão se instalando no país. "Os projetos de investimentos estão se confirmando e os rumores sobre desindustrialização [por causa do dólar barato] não se verificam", acrescentou o secretário.

O desempenho das importações de capital no mês não mudou a tendência para o ano. Nos oito primeiros meses de 2010, as importações de bens de capital cresceram 36,4%, em ritmo menor que as compras de bens de consumo, que aumentaram 50,7%.

Segundo o secretário, o Natal também contribuiu para o aumento das importações em agosto. "As importações relacionadas ao Natal se concentram em agosto e setembro porque as mercadorias são distribuídas para as indústrias e para as lojas nos meses seguintes", explicou. As compras de bebidas do exterior, destacou, cresceram 77% e as compras de produtos alimentícios avançaram 39% sobre agosto do ano passado.

Noticia - Brasil e Argentina se unem em prol da agricultura (Portal do MAPA).

Os governos do Brasil e da Argentina estreitaram as relações no setor agropecuário, em especial, na concentração de esforços para abertura de mercados de interesse comum. O secretário-executivo do Ministério da Agricultura, Gerardo Fontelles, e o ministro argentino de Agricultura, Julián Dominguez, firmaram, nesta quarta-feira, 1º de setembro, em Buenos Aires (Argentina), memorando de entendimento para cooperação estratégica. Fontelles representou o ministro Wagner Rossi na cerimônia de lançamento do Plano Estratégico Agroalimentar e Agroindustrial daquele país.

Segundo o secretário, o documento dá partida às ações de cooperação bilateral nos níveis estratégico, técnico e comercial. "O memorando formaliza os entendimentos que começaram em maio, com foco na integração para abertura de novos mercados pelo Mercosul", ressaltou. Fontelles informou, ainda, que o início dos projetos deve acontecer durante da reunião do Conselho Agropecuário do Sul (CAS), nos dias 21 e 22 de outubro, em Santiago (Chile).

Estão previstas atividades de promoção de produtos para exportação e troca de experiências em tecnologia agrícola, além de posições conjuntas em fóruns regionais e internacionais. O memorando tem validade de cinco anos, podendo ser prorrogado por igual período, de acordo com a intenção dos dois países.

A ideia dessa aliança estratégica surgiu na última reunião entre os ministros Rossi e Dominguez, há cerca de dois meses, em Brasília. No encontro, Rossi destacou a oportunidade de estabelecer políticas comuns entre as duas nações, com a possibilidade de buscar campos e trabalhos conjunto, em vez de competir.

Noticia - Secretário descarta que medidas antidumping dos EUA ameacem produtos brasileiros (Agência Brasil).

A análise do governo brasileiro das propostas que endurecem a legislação antidumping nos Estados Unidos não indicaram nenhuma ameaça em potencial ao Brasil, disse ontem (1º) o secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Welber Barral. Segundo ele, as medidas, a princípio, não representam ameaça ao comércio exterior brasileiro.

De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, os Estados Unidos abriram queixa de dumping -concorrência predatória provocada por vendas abaixo do preço de custo - contra 11 setores da economia brasileira, entre os quais aço, camarão e suco de laranja. O secretário considera o número pequeno.

"Nas décadas passadas, o número de queixas de dumping dos Estados Unidos contra o Brasil era bem maior", afirmou Barral. Segundo ele, a China concentra a maioria dos processos de investigação dos Estados Unidos, com cerca de 70 setores questionados.

O secretário afirmou, ainda, que as propostas dos Estados Unidos mudam apenas o procedimento de investigações antidumping, sem representar uma ameaça de inclusão de novos produtos brasileiros. "O próprio governo americano já esclareceu que as medidas se destinam apenas a economias que não são reconhecidas como de mercado, como a China e o Vietnã. Não é o caso do Brasil", explicou.

Para Barral, caso os Estados Unidos intensifiquem as acusações de dumping contra outros países, o comércio brasileiro pode lucrar, dependendo da situação. "Não dá para generalizar. No caso dos pneus, os Estados Unidos acusaram a China de dumping. O Brasil também aplicou o antidumping e as fábricas se instalaram no Brasil para exportar aos Estados Unidos", ressaltou.

Em relação aos produtos brasileiros que enfrentam investigações de dumping nos Estados Unidos, o secretário lembrou que o Brasil está questionando, na Organização Mundial do Comércio (OMC), as acusações contra o suco de laranja. Barral disse, ainda, que o processo sobre o camarão está sendo revisto pelas autoridades norte-americanas. "O ministério inclusive está ajudando a indústria nacional [de camarão] a se defender nos Estados Unidos", destacou.

Na semana passada, os Estados Unidos apresentaram uma proposta para endurecer a legislação antidumping, que impõe sobretaxas a produtos vindos de outros países abaixo do preço de custo, prejudicando produtores locais. O texto, que ainda irá a consulta pública, também simplifica a fórmula de cálculo do dumping, o que pode fazer com que novos produtos e setores sejam acusados de concorrência desleal.

Depois de reclamações de empresários brasileiros, que alegaram que a nova legislação pode desestimular as exportações do país, o Ministério do Desenvolvimento analisou o texto das propostas e se comprometeu a divulgar o resultado nesta semana.

Noticia - Encomex Mercosul sedia bilateral Brasil-Uruguai (MDIC).

O secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Ivan Ramalho, chefiou a delegação brasileira durante a 14ª Reunião da Comissão de Monitoramento do Comércio Bilateral Brasil-Uruguai, realizada na tarde desta terça-feira (31/8). O evento fez parte da programação do Encomex Mercosul 2010, em Porto Alegre. O secretário de Comércio Exterior do MDIC, Welber Barral, também participou da reunião. O chefe da delegação uruguaia foi o vice-ministro de Relações Exteriores do Uruguai, Roberto Conde, acompanhado pelo embaixador do Uruguai no Brasil, Carlos Amorín.

A reunião teve início com a análise do comércio bilateral. O secretário-executivo do MDIC destacou o crescimento de 16,4% na corrente de comércio entre os dois países, que atingiu US$ 1,624 bilhão nos primeiros sete meses de 2010, em relação ao mesmo período de 2009. Já o secretário Weber Barral ressaltou o aumento das importações brasileiras de trigo uruguaio, que cresceram 546% em 2009, em relação ao ano anterior.

Integração produtiva


Os itens da pauta do encontro estavam relacionados à integração produtiva e à facilitação de comércio. Houve avanços na negociação de um certificado sanitário para exportação de carne e miúdos de aves do Brasil para o Uruguai. O governo uruguaio indicou que pode aceitar a proposta de certificado apresentada pelo Brasil. O tema será acompanhado pela Comissão de Monitoramento que terá outra reunião, em novembro, em Montevidéu, no Uruguai.

Os representantes do Uruguai indicaram como positiva a iniciativa brasileira de realizar um seminário para exportadores uruguaios sobre registros de rótulos de produtos lácteos. O seminário foi organizado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), nos dias 18 e 19 de agosto, em Montevidéu. O governo uruguaio solicitou que a iniciativa fosse estendida a outros setores como carnes e pescados, se possível ainda este ano, para facilitar a entrada destes produtos no mercado brasileiro.

Durante a reunião, o presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Reginaldo Arcuri, falou sobre os avanços obtidos pela Comissão Bilateral de Planejamento Estratégico e Integração Produtiva, que reúne representantes do governo e do setor privado dos dois países. São onze os setores contemplados: software, autopeças, indústrias naval e aeronáutica, eletrônicos, biotecnologia, energia eólica, lácteos, têxtil e confecções, massas alimentícias, reciclagem de pneus. O segundo encontro empresarial de integração produtiva aconteceu em 18 de junho, em São Paulo, e o próximo está previsto para o final de setembro.

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Noticia - Abertura do Encomex Mercosul reúne mais de mil pessoas em Porto Alegre (MDIC).

Mais de mil pessoas assistiram à solenidade de abertura do Encomex Mercosul 2010, que contou com a presença de autoridades dos quatro países do bloco, ontem (31/8), em Porto Alegre. Em seu discurso, o secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Ivan Ramalho, destacou o aumento do comércio entre os países do Mercosul, lembrando que "pela primeira vez, em 2010 o comércio do Brasil com os países do bloco vai chegar perto de US$ 40 bilhões, superando o recorde de 2008 quando a corrente de comércio foi de US$ 36 bilhões".

Também participaram da solenidade o secretário de Comércio Exterior do MDIC, Welber Barral, e representantes dos ministérios das Relações Exteriores (MRE) e da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República e dos patrocinadores - Apex-Brasil, Sebrae, BNDES, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal.

Além das autoridades brasileiras, estiveram presentes o secretário de Indústria, Comércio e Pequenas e Médias Empresas do Ministério da Indústria da Argentina, Eduardo Bianchi, o vice-ministro de Relações Exteriores do Uruguai, Roberto Conde, e o coordenador do Paraguai do Grupo de Integração Produtiva do Mercosul, Juan Ignácio Livieres.

Desafios


Depois da abertura, o secretário de Comércio Exterior do MDIC deu início à programação de palestras abrindo o primeiro painel do Encomex, que teve como tema a contribuição do comércio intra e extra bloco para o crescimento econômico do Mercosul. O secretário destacou o crescimento do comércio do Brasil com a Argentina, o Paraguai e o Uruguai - que passou de U$S 9 bilhões no início da década para quase U$S 40 bilhões em 2010.

Welber Barral também falou dos principais desafios que precisam ser superados para que haja um fortalecimento ainda maior do bloco econômico. Segundo ele, os maiores desafios são enfrentar o crescente protecionismo em relação aos produtos agrícolas, aumentar o uso de moeda local no comércio exterior, integrar as cadeias produtivas dos quatro países do bloco econômico, incentivar a desburocratização do comércio e vencer as dificuldades logísticas.

O Encomex Mercosul 2010 continua até esta quarta-feira (1°/9), das 9h às 18h. As inscrições são gratuitas e devem ser feitas no local do evento. Quem não puder comparecer pode assistir, ao vivo, pela internet, aos painéis realizados no teatro do Centro de Eventos da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs). Clique aqui para assistir ao vivo.

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Noticia - Miguel Jorge nega processo de desindustrialização no Brasil e reclama de incentivos à importação (Agência Brasil).

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, negou ontem (31) que haja risco de desindustrialização no país. Após participar do 5º Encontro do Comitê Econômico de Comércio Conjunto entre Brasil e Reino Unido, o ministro disse que não há indícios de que esteja ocorrendo um processo de redução da capacidade industrial no Brasil e criticou o incentivo dado por alguns governos estaduais às importações.

"Há algumas deformações causadas por excesso de importações em alguns setores e em alguns estados, porque alguns estados estão fazendo uma política que eu chamo de política de aberração de incentivar as importações", disse o ministro.

Segundo Miguel Jorge, esse incentivo ocorre, algumas vezes, por meio do programa Pró-Emprego. "Essas importações estão se dando exatamente por causa dessas facilidades exageradas e paradoxais porque, nesses estados, por exemplo, esse programa de importação incentivada é feito sob o mando do Pró-Emprego", criticou. Para Miguel Jorge, apesar do nome, o programa não estaria criando vagas de trabalho no país. "Só se for Pró-Emprego no exterior", ironizou.

De acordo com o ministro, apesar do crescimento do país ainda ser maior que a capacidade de produção, a maior parte das importações brasileiras está se dando nas áreas de insumos, máquinas e equipamentos, o que significa que o Brasil está se modernizando, "o que é um bom sinal para o país".

Na última segunda-feira (30), em São Paulo, o ministro da Fazenda Guido Mantega também negou haver qualquer risco de desindustrialização. Mantega admitiu que, durante a crise, houve um encolhimento do mercado de manufaturados em todo o mundo e o Brasil também sentiu o impacto. "Mesmo assim, eu não falaria num processo de desindustrialização, já que o nível de investimento da indústria vem crescendo e nosso mercado interno garante que a produção industrial vai continuar crescendo nos próximos anos", afirmou.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Noticia - Seminário internacional discute integração produtiva no Mercosul (MDIC).

Será realizado, no próximo dia 9 de setembro, o "Seminário Internacional Integração Produtiva no Mercosul: construindo uma agenda positiva para o Mercosul". O evento é promovido pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Secretaria de Indústria e Comércio do Ministério da Indústria da Argentina, Rede Latinoamericana de Política Comercial (LATN) e Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), com apoio do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

A abertura do seminário, às 9h, no auditório do Conselho Federal da OAB, em Brasília, irá contar com a participação do ministro Miguel Jorge e de seus contrapartes do bloco econômico: a ministra argentina Débora Giorgi e os ministros paraguaio Francisco José Rivas Almada e uruguaio Roberto Kreimerman. Estão previstas ainda a presença do ministro das Relações Exteriores brasileiro, Celso Amorim, do secretário do Mercosul, Augustín Colombo Sierra, da diretora da LATN, Diana Tussie, e do presidente do Conselho Federal da OAB, Ophir Cavalcante.

Painéis


Dois painéis compõem a programação do seminário. O primeiro terá como tema a integração produtiva do bloco econômico propriamente dita e irá contar com o secretário de Comércio Exterior do MDIC, Welber Barral, como moderador. As apresentações serão feitas pelo secretário de Indústria e Comércio da Argentina, Eduardo Bianchi, e pelo presidente da ABDI, Reginaldo Arcuri. O debator será o coordenador-geral do Grupo de Integração Produtiva do Mercosul, Hugo Varski.

O segundo painel irá tratar do papel das empresas e das políticas públicas na integração produtiva em bens no Mercosul. O moderador será o assessor da Secretaria de Indústria e Comércio da Argentina, Marcelo Marzocchini. Os apresentadores serão a diretora de Relações Comerciais e Negociações Internacionais da Associação dos Industriais Metalúrgicos da República da Argentina (Adimra), Cristina Alonso, e o diretor de Negociação da empresa brasileira Marcopolo, Paulo Andrade Jesus. O diretor do Departamento de Indústrias de Equipamentos de Transporte da Secretaria do Desenvolvimento da Produção do MDIC, Paulo Bedran, será o debator.

Integração Produtiva

A integração das cadeias produtivas dos países membros do Mercosul busca alcançar vantagens competitivas no intrabloco, de forma que a internacionalização de empresas possa reduzir as assimetrias regionais, com o envolvimento de pequenas e médias empresas locais. O governo brasileiro já definiu os temas da internacionalização de empresas e integração produtiva com a África, a América Latina e o Caribe como programas da Política de Desenvolvimento Produtivo (PDP).

Neste sentido, diálogos com Argentina, Uruguai e Venezuela vêm sendo aprofundados rumo à complementação industrial e ao desenvolvimento de uma agenda comercial em oito setores estratégicos: petróleo e gás, máquinas e implementos agrícolas, aeronáutica, autopeças, eletrodomésticos (linha branca e marrom), madeira e móveis, vitivinicultura, e lácteos.

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Noticia - Apesar das queixas dos industriais, países pobres vão vender ao Brasil sem imposto de importação (Agência Brasil).

O governo espera implementar, até o final deste ano, o programa Duty Free Quota Free, que prevê a retirada das tarifas de importação cobrada dos 49 países mais pobres do mundo. Mas o programa vem gerando controvérsia entre empresários brasileiros. Na tarde de ontem (30), industriais e representantes do governo estiveram reunidos, em São Paulo, na sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI), para discutir o programa. A grande preocupação da indústria nacional é com a possibilidade de o programa beneficiar países como a China, que poderia usar os países pobres para exportar produtos sem custos para o Brasil, por meio de uma operação triangular.

"No momento em que a indústria está tendo que enfrentar cada vez mais concorrência no mercado interno e nos outros mercados, com outros países, como é que o Brasil vai abrir e dar uma redução da sua tarifa? Ainda que sejam países pequenos, o grande temor das empresas é a triangulação, com a China e a Índia passando a investir em países africanos para direcionar produtos para o mercado brasileiro aumentando ainda mais a concorrência que as empresas estão sentindo hoje", afirmou Soraya Rosar, gerente executiva de Negociações Internacionais da CNI.

Na semana passada, a CNI encaminhou uma carta ao ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, pedindo a suspensão do Duty Free Quota Free "até que as condições do mercado internacional e os fatores de competitividade domésticos tornem-se mais favoráveis a novos movimentos de abertura comercial".

"Há um perigo desses países asiáticos, que já estão fazendo investimentos maciços na África e em outros países, de começar a instalar fábricas nesses países [mais pobres] para determinados itens, e começar a exportar para um mercado inteiramente aberto", disse Mauro Laviola, sócio-gerente da MRL Comunicação e Orientação Empresarial.

A preocupação de Laviola é compartilhada por Roberto Chadad, presidente da Associação Brasileira do Vestuário (Abravest). Segundo Chadad, a abertura do mercado brasileiro para os países mais pobres pode piorar a situação do setor têxtil nacional que, segundo ele, já vem sofrendo com os juros altos, o câmbio defasado e a alta carga tributária.

"Infelizmente, o governo às vezes se esquece de que o setor empresarial brasileiro, principalmente o de vestuário, é composto de 98% de empresas pequenas e que elas são exatamente iguais a essas empresas que vão participar desse processo do Duty Free", reclamou.

O Duty Free Quota Free estava incluído na agenda de negociações da Rodada Doha e prevê que os países em desenvolvimento e desenvolvidos concedam acesso livre aos produtos provenientes dos países mais pobres. O governo brasileiro defende a medida e rebate as críticas dos empresários.

De acordo com Welber Barral, secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), o governo mostrou aos industriais na reunião desta tarde que serão estabelecidas regras de origem para a entrada de produtos desses países no Brasil, justamente com o propósito de barrar a triangulação. "A questão do Duty Free é um compromisso que o Brasil tem. A Índia e a China, que são outros parceiros importantes, já implementaram. Isso envolve 0,09% das importações brasileiras, excluindo o petróleo. Então, na verdade, o impacto é muito pequeno", afirmou.

Segundo o diretor do Departamento Econômico do Ministério das Relações Exteriores, Carlos Márcio Cozendey, que também acompanhou a reunião em São Paulo, a implementação do programa é importante para o país. "Faz parte do esforço do Brasil de ajudar os países mais pobres do mundo a se desenvolver. O Brasil percebe que, na medida em que já tem algum grau de desenvolvimento e, ao mesmo tempo, ainda é um país em desenvolvimento, tem um certo dever de ajuda e solidariedade com esses países".

Noticia - Maior feira de negócios de Moçambique atrai 60 empresas brasileiras que miram o mercado africano (Agência Brasil).

Empresas brasileiras interessadas em abrir mercado na África trouxeram para a 46ª Feira Internacional de Moçambique (Facim) produtos que variam de xampus e sabonetes a catracas eletrônicas. Aberta nesta segunda-feira (30) pelo presidente moçambicano Armando Guebuza, a Facim é a mais importante feira de negócios do país. Este ano, a feira atraiu a atenção de 488 empresas, sendo 60 do Brasil. "O interesse em expôr aqui tem aumentado de ano para ano", afirmou o organizador do espaço brasileiro na feira, Marco Audrá.

"Essa é a maneira mais segura de entrar em um mercado tão particular", disse ele. O número de empresas brasileiras na Facim este ano é 40% maior que em 2009. São empresas que atuam em ramos muito diversos, como cosméticos, melhoramento genético de bovinos, higiene e limpeza, mobiliário para escolas, colheitadeiras e até sincronizadores de semáforos.

Segundo Audrá, o mercado moçambicano é menor que o de países como África do Sul e Angola, mas as perspectivas são muito boas. "Aqui há uma facilidade maior de infraestrutura e a economia do país está crescendo muito". A grande maioria dos expositores brasileiros teve apoio do Sebrae ou do Ministério de Relações Exteriores para alugar espaço na feira e divulgar produtos.

Rodrigo Silva veio "experimentar" a feira de Moçambique. Ele é representante da Digicom, líder do mercado brasileiro de catracas eletrônicas e que também desenvolve sincronizadores de semáforos. Depois de instalar as catracas no metrô do Rio de Janeiro e no sistema paulista do Bilhete Único, a empresa sediada em Gravataí (RS) decidiu expandir os horizontes. Já fez contatos no Marrocos, em Angola e no Egito e, agora, chega a Moçambique. "Viemos nos colocar como alternativa para o mercado, que está se abrindo agora".

A KJR, empresa paulista que produz ferramentas e conectores elétricos, também veio "testar a aceitação" de seus produtos e achar um representante local. "Como aqui a empresa de energia é estatal, precisamos conhecer bem as regras e os métodos", disse Mauro Fernandes, representante de Exportações da companhia, que já vende para Cuba e outros países latino-americanos, como Colômbia, Chile e Peru. Mas é a primeira vez que tenta fazer negócios na África.

Mais experiente no continente, a fábrica de móveis para cozinha Poquema, de Arapongas (PR), chegou à Facim com um objetivo traçado. "Quero vender dois contêineres, cerca de U$ 70 mil dólares em mercadorias (R$ 130 mil)", afirmou o gerente de exportações João Faro, que já tem experiência de fazer negócios na vizinha África do Sul. O mercado moçambicano, disse ele, é promissor. "Aqui estão subindo muitos prédios e o poder aquisitivo da população também cresce."

Pelos dados oficiais do governo, a economia de Moçambique cresceu 9,5% nos três primeiros meses deste ano. Os empresários não comentam abertamente, mas consideram Moçambique um país onde a corrupção não prejudica tanto os negócios, como ocorre em outros países africanos, onde é "mais frequente e mais cara", segundo um executivo de uma das empresas brasileiras.

Além de Moçambique e Brasil, empresas de mais 12 países estão representadas na Facim: Portugal, África do Sul, Indonésia, Malaui, Zâmbia, Tanzânia, Espanha, China, Suazilândia, Quênia, Botsuana e Itália.

Noticia - Ahmadinejad empresta US$ 254 milhões a Morales e ambos sinalizam ampliação de relações comerciais (Agência Brasil).

Os presidentes da Bolívia, Evo Morales, e do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, ampliarão as relações comerciais entre os dois países. O ministro da Indústria e de Minas do Irã, Ali Akbar, afirmou ontem (30) que o governo iraniano aprovou um empréstimo de US$ 254 milhões para a Bolívia desenvolver o potencial industrial do país. Segundo Akbar, o objetivo é estender para outros setores da economia a parceria, incluindo a transferência de tecnologia.

"Nesta viagem eu trago uma mensagem de amizade e fraternidade do povo e do governo do Irã ao povo e ao governo da Bolívia", disse Akbar, em cerimônia na Bolívia. Desde 2007, os presidentes da Bolívia e do Irã reataram as relações diplomáticas entre os dois países. As informações são da Agência Boliviana de Notícias (ABN), que é estatal.

Akbar disse que, por orientação de Ahmadinejad, os recursos serão liberados, de acordo com as necessidades do governo da Bolívia. Os projetos industriais bolivianos envolvem a construção de fábricas de tecidos e usinas de beneficiamentos de leite. De acordo com o ministro iraniano, também podem ser ampliadas parcerias destinadas à exploração de depósitos minerais e estudos geológicos de avaliação.

Morales afirmou que o empréstimo do Irã dá acesso a crédito à Bolívia de forma "incondicional", porque a política externa boliviana defende manutenção de boas relações e amizade com todos os países do mundo. O presidente informou ainda que, em setembro, Viviana Caro, ministra do Desenvolvimento do Território da Bolívia, irá ao Irã para reconhecer a concessão do crédito e assinar contratos para a implementação do projeto.

Noticia - ICMS nas importações de mercadoria por meio de arrendamento mercantil tem repercussão reconhecida (STF).

Relatado pelo ministro Gilmar Mendes, o Recurso Extraordinário (RE) 540829 teve repercussão geral reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em votação que ocorreu por meio do Plenário Virtual. O processo trata de matéria tributária, posto que analisa a incidência de ICMS nas importações de mercadoria por meio de arrendamento mercantil.

RE 540829

O RE 540829 teve origem em um mandado segurança impetrado pela empresa Hayes Wheels do Brasil Ltda. contra ato do chefe do Posto Fiscal de Fronteira II, da Delegacia Regional Tributária de Santos (SP). O pedido é o reconhecimento da não-incidência de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) na importação de mercadoria por meio de arrendamento mercantil.

A segurança foi concedida pelo juiz singular e mantida pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP). Contra essa decisão, o estado de São Paulo interpôs recurso extraordinário, no qual alega, em síntese, a constitucionalidade da incidência de ICMS sobre operações de importação de mercadorias sob o regime de arrendamento mercantil internacional.

O relator da matéria, ministro Gilmar Mendes, verificou que a questão constitucional em debate não está pacificada. Apesar de a Corte ter vários precedentes, jurisprudência quanto ao tema ainda não foi ajustada. O ministro lembrou que, atualmente, está pendente de julgamento o RE 226899 sobre o mesmo assunto.

"À luz da repercussão geral, entendo que a questão posta merece pronunciamento do Supremo Tribunal Federal, pois transcende ao direito subjetivo do recorrente", disse o ministro, ao reconhecer a existência de repercussão geral do caso em análise.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Noticia - América do Sul precisa de um grande bloco para enfrentar mercado mundial, diz Amorim (Agência Brasil).

O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, disse sexta-feira (27) que a América do Sul precisa ter um bloco econômico forte para enfrentar o mercado global neste século. Durante comemoração dos 50 anos da Associação Latinoamericana de Integração (Aladi), no Rio de Janeiro, o chanceler disse que um grande bloco sul-americano será importante para dar mais força ao Brasil no cenário internacional.

"Nessa economia de grandes blocos do mundo, União Europeia, Estados Unidos, China e Índia, que são blocos em si mesmo, o Brasil tem força, mas terá mais força se estiver unido aos países da região", disse Amorim.

De acordo com o ministro, não será possível, em médio prazo, ter um bloco que inclua toda a América do Sul. Mas, enquanto isso, o Brasil precisa trabalhar para firmar e aprofundar o Mercosul, bloco que reúne também Argentina, Uruguai e Paraguai, além da Venezuela, que está em processo de adesão.

Amorim disse que, além de formar um bloco com seus vizinhos, o Brasil precisa ajudar seus vizinhos a se desenvolverem, não só para criar um ambiente pacífico na região, como também para criar mercados para os produtos e serviços brasileiros.

"Quando você faz um empréstimo para construir uma estrada na Bolívia ou no Paraguai, você enfrenta resistências. Pergunta-se por que estamos fazendo na Bolívia e não no Nordeste. Porque aquilo nos interessa. Desenvolver o mercado sul-americano é de grande interesse para o Brasil. É importante porque eles são mercados para a indústria brasileira. Eles geram emprego no Brasil", afirmou.

Amorim também disse que é importante resolver a questão do superávit brasileiro nas negociações comerciais com seus vizinhos. De acordo com o chanceler, o Brasil tem um superávit "brutal" nas relações com todos os vizinhos, com exceção da Bolívia. "Temos que descobrir como eles podem vender para nós, porque não há relação que seja estável com um desequilíbrio permanente desse tipo", disse.

Durante discurso no Rio de Janeiro, Amorim também disse que o Brasil teve, nos últimos anos, uma política externa "ousada", citando a aproximação do país com nações como a Líbia, a Síria e o Irã. "Fizemos coisas que as pessoas não estavam acostumadas a ver o Brasil fazer", disse.

Segundo Amorim, o Brasil é um país grande, que deve atuar "com independência, sem medo e sem ter de pedir licença para cada ação". "Podemos discutir e consultar, como se faz na política interna, como se faz na vida, mas sem submissão", afirmou.

O ministro disse que o Brasil tem assumido um papel importante em questões internacionais, como as negociações com o Irã e os diálogos de paz entre palestinos e israelenses. Como exemplo disso, Amorim citou a iniciativa do negociador palestino Saeb Erekat de pedir, nesta semana, a participação do Brasil nas negociações entre Israel e Palestina, junto com o Quarteto (Estados Unidos, União Europeia, Rússia e ONU) e outros países, como a Noruega, a China e nações árabes.

Noticia - Brasil pode questionar Estados Unidos se nova legislação comercial ferir normas internacionais (Agência Brasil).

Caso seja constatado que a proposta de endurecimento da legislação comercial norte-americana descumpra as normas internacionais, o Brasil poderá questionar os Estados Unidos, afirmou sexta-feira (27) o secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Welber Barral. Segundo ele, o governo ainda está analisando o texto da nova legislação antidumping e deverá apresentar posicionamento sobre o assunto na próxima semana.

Na última quinta-feira (26), os Estados Unidos apresentaram uma proposta para endurecer a legislação antidumping, que impõe sobretaxas a produtos vindos de outros países abaixo do preço de custo, prejudicando produtores locais. O texto, que ainda irá a consulta pública, também simplifica a fórmula de cálculo do dumping, o que pode fazer novos produtos e setores serem acusados de concorrência desleal. Para empresários brasileiros, a nova legislação pode desestimular as exportações do país.

Welber Barral descartou, a princípio, que a medida venha a gerar grande impacto sobre as exportações brasileiras. Segundo ele, o objetivo das medidas norte-americanas é combater a concorrência com os produtos chineses. O secretário admitiu, no entanto, que a simples abertura de investigação, pelo governo norte-americano, sobre produtos nacionais pode prejudicar as vendas externas brasileiras, mas afirmou que o problema só ocorrerá se os Estados Unidos incluírem novos setores nas acusações de dumping - venda abaixo do preço de mercado que caracteriza concorrência predatória.

"O simples anúncio da abertura de investigação fez os importadores [norte-americanos] ficarem receosos de comprar do Brasil, mas é importante ressaltar que esse problema já acontece com as práticas antidumping atuais", declarou o secretário.

Segundo o secretário, o ministério ainda está fazendo um levantamento para saber quais produtos brasileiros atualmente sofrem acusação de dumping nos Estados Unidos. Ele, no entanto, afirmou que os casos são poucos e não devem afetar significativamente o comércio com o Brasil. "Nas décadas de 70 e 80, houve muitas acusações contra o Brasil, mas, hoje, os casos são escassos".

Barral disse ainda que a proposta dos Estados Unidos de intensificar as medidas antidumping não interferirá nas negociações em torno da retaliação comercial aos produtores de algodão norte-americanos. De acordo com ele, as normas internacionais estabelecem que as negociações diplomáticas ocorram separadamente conforme os assuntos abordados.

Dessa forma, caso o Brasil seja punido com a aplicação de uma tarifa antidumping, as negociações para evitar a retaliação aos Estados Unidos por causa do algodão prosseguirão normalmente. No fim do ano passado, a OMC autorizou o Brasil a retaliar os Estados Unidos em até US$ 830 milhões por causa de subsídios concedidos aos produtores de algodão pelo governo norte-americano. Em junho, os dois países adiaram o início da retaliação, por dois anos, até a chegada de um acordo.

Noticia - Plano protecionista norte-americano pode afetar exportações brasileiras, avalia economista (Agência Brasil).

A adoção, pelo governo norte-americano, de medidas para coibir as importações que considera desleais e reforçar medidas protecionistas pode ter consequências para as exportações brasileiras e, consequentemente, para a economia do país. Essa é a avaliação do economista Rogério César de Souza, do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (IED).

"Há muitos setores cujas exportações ainda estão se recuperando da última crise econômica internacional e medidas como essa podem afetá-los", disse o economista à Agência Brasil, explicando ainda estar analisando o teor das medidas anunciadas na última quinta-feira (26) pelo secretário de Comércio, Gary Locke, em Washington. Souza considera que é cedo para citar quais setores, eventualmente, poderiam ser atingidos. "Em tese, o setor agropecuário, a mineração e parte da indústria. Teremos que ver como o Brasil, se for o caso, irá reagir [às medidas]".

Para o economista, a iniciativa do governo norte-americano visa a ajustar as relações comerciais exteriores do país, cujo déficit da balança comercial vem se avolumando em meio a um processo de tentativa de recuperação econômica após a crise econômica mundial deflagrada em setembro de 2008. "A preocupação dos Estados Unidos é com o ajuste de sua economia. Os Estados Unidos estão tentando ajustar sua economia e essas medidas procuram dar ao país uma possibilidade de voltar a crescer sem maiores revezes".

O foco da questão, para o economista, será a discussão em torno do que os Estados Unidos classificam como "práticas ilegais". "Temos organismos mundiais que cuidam para que não haja nenhum tipo de abuso unilateral, mas, até que isso seja discutido, os Estados Unidos estão tentando melhorar seu déficit".

Noticia - Brasil e Reino Unido debatem comércio exterior e oportunidades de investimento (MDIC).

O 5º encontro do Comitê Econômico de Comércio Conjunto (Jetco) entre Brasil e Reino Unido será realizado nos dias 31 de agosto e 1º de setembro, no World Trade Center, em São Paulo (SP). O evento reunirá representantes de governo e do setor privado dos dois países, com foco na promoção do comércio e nas oportunidades de investimento bilaterais. Um dos destaques dessa edição é o anúncio de que será criado o Fórum de CEOs Brasil-Reino Unido, que reunirá representantes do setor privado dos dois países para oportunidades de negócios nas áreas de bens e serviços.

Estarão no evento o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior do Brasil, Miguel Jorge, e o ministro de Negócios, Inovação e Treinamento do Reino Unido, Vince Cable. A Apex-Brasil, representada por seu diretor de Planejamento e Gestão, Ricardo Schaefer, e a sua contraparte no Reino Unido, o UK Trade and Investment (UKTI), representado por John Doddrell, Diretor do UKTI no Brasil e Cônsul Geral Britânico em São Paulo, exercem a função de secretaria executiva de respectivas seções brasileira e britânica desse importante mecanismo de cooperação bilateral.

Copa do Mundo e Jogos Olímpicos


Dentre os principais temas a serem debatidos no Jetco 2010 está a cooperação na esfera esportiva - troca de experiências e informações por conta da organização dos jogos olímpicos de Londres em 2012, da Copa do Mundo do Brasil em 2014 e das Olimpíadas do Rio de Janeiro, em 2016. Ainda constam da pauta temas relativos a infraestrutura, energia, inovação, competitividade, saúde, indústrias criativas, propriedade intelectual, serviços financeiros, treinamento e capacitação.

Entre as empresas participantes do encontro estão confirmados representantes de britânicas como British Airways, HSBC, Shell, Lloyds, BG, Rolls Royce e brasileiras como Stefanini, Andrade Gutierrez, Queiroz Galvão e Odebrecht. Outras companhias brasileiras ligadas a projetos desenvolvidos pela Apex-Brasil e entidades representativas dos setores envolvidos no Jetco também devem participar do evento.

A edição do Jetco prevê algumas novidades como uma possível mudança de formato. Além da reunião conjunta dos ministros e da sessão plenária, a programação do evento prevê a realização de um fórum (31/8) sobre oportunidades de investimentos bilaterais, a ser realizado no Centro Brasileiro Britânico, com representantes da Associação Brasileira de Venture Capital (ABVCAP), da Apex-Brasil e do UKTI. Também está previsto um workshop (1º/9) sobre internacionalização de empresas brasileiras, na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

Sobre o Jetco

O Jetco é um mecanismo formal entre os governos de Brasil e Reino Unido para, em coordenação com o setor privado, estimular o crescimento do comércio e dos investimentos entre os dois países. É organizado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), com o apoio do Ministério das Relações Exteriores (MRE), e pela UK Trade & Investment (UKTI), que promove o comércio exterior britânico. O encontro tem o objetivo de fazer um balanço das atividades realizadas no último ano e definir diretrizes para o período 2010/2011.

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NOTICIA - TV RECEITA LANÇA SÉRIE DE VÍDEOS COM ORIENTAÇÕES SOBRE A DECLARAÇÃO DO IR 2015 - Fonte: RECEITA FEDERAL

Principais dúvidas dos contribuintes são explicadas de forma didática A Receita Federal divulgou no dia 17/3, no canal da TV Receita no y...