sexta-feira, 4 de março de 2011

Legislação - EUA e União Europeia - Defesa Comercial - Preços para as importações de resinas de policarbonato - Janeiro a Junho de 2011 - Atualização de valores.

A Circular Secex nº 9/2011 atualizou os valores dos preços de Compromisso para o semestre janeiro-junho de 2011, estabelecidos pela Circular Secex nº 51/2010, nas importações de resinas de policarbonato, quando originárias dos EUA ou da União Europeia, nos termos da Resolução CAMEX nº 17/2008.

Essa medida tem por finalidade a proteção do mercado interno em virtude de constatação de prática de dumping, resultando num compromisso de preços, onde as empresas especificadas se comprometem a exportar para o Brasil o referido produto a preços não inferiores àqueles ajustados.

Por fim, a Circular Secex nº 9/2011 entrará em vigor 50 dias após a sua publicação, ocorrida em 04.03.2011.

Legislação - Circular SECEX nº 10/2011 - EUA e México - Policloreto de Vinila - Preço de Referência - Alteração.

A Circular nº 10/2011 estabeleceu para o trimestre de março-abril-maio/2011 os preços de referência em US$ 1.432,00/t para os EUA e US$ 1.180,00/t para o México. Os referidos preços serão aplicados nas operações de importação originárias dos países mencionados, envolvendo policloreto de vinila, não misturado com outras substâncias, obtido por processo de suspensão (PVC-s), classificado no código da NCM 3904.10.10.

Noticias - Na China, Patriota reconhece que moeda subvalorizada atrapalha relações comerciais com o Brasil - Agência Brasil/Comexdata.

O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, reconheceu hoje (4) que há dificuldades nas relações entre Brasil e China em decorrência da baixa cotação da moeda que afeta as negociações comerciais entre os dois países. No entanto, o chanceler disse que há "mecanismos apropriados para as discutir". Patriota está em Pequim onde organiza a visita da presidenta Dilma Rousseff que irá à China em abril.

"Reconhecemos que possa haver algumas dificuldades devido à taxa de câmbio [do yuan], mas os dois países têm os mecanismos apropriados para as discutir e não querem perder de vista o conjunto das relações", afirmou Patriota. As informações são da agência pública de Portugal, Lusa.

Para empresários brasileiros, o yuan está "artificialmente subavaliado" para favorecer as exportações chinesas. "O Brasil deseja diversificar as exportações para a China e atrair investimento chinês para áreas produtivas e importantes infraestruturas", disse Patriota.

A China é o maior parceiro comercial do Brasil, com intercâmbio de US$ 56 bilhões em 2010, representando um crescimento de 55,1% em relação a 2009. O saldo comercial é favorável ao Brasil, tendo alcançado mais de US$ 5 bilhões no ano passado. Em 2010, a China foi o maior investidor estrangeiro no Brasil.

Em entrevista coletiva concedida hoje, Patriota afirmou que Brasil e China "têm uma verdadeira parceria estratégica" e que "ambos os governos desejam promover as relações em um nível mais alto". Por dois dias, o chanceler se reuniu com o ministros das Relações Exteriores da China, Yang Jiechi, e do Comércio, Chen Deming, além do primeiro-ministro, Wen Jiabao. Segundo Patriota, tanto o governo da China quanto do Brasil "querem ampliar as relações bilaterais".

A visita de Dilma à China está marcada para os dias 13, 14 e 15 de abril. Há previsão de reuniões com o presidente da China, Hu Jintao, ministros e executivos chineses. A principal questão a ser abordada deve ser a queixa dos empresários brasileiros, que reclamam do baixo preço dos produtos chineses que chegam ao Brasil.

Também há negociações para mais parcerias nas áreas de minério de ferro e aço do Brasil para a China. Nos três dias em que estiver no país asiático, Dilma participará também de uma reunião com os líderes da Índia, Rússia, além da África do Sul, que passará a integrar oficialmente o bloco do Bric.

Noticias - Patriota sinaliza que países emergentes entram em nova etapa de negociações mundiais - Agência Brasil/Comexdata.

O ministro das Relações Exteriores, Antonio de Aguiar Patriota, afirmou hoje (4) que o Brasil, a China e outros países de economia em desenvolvimento vão dar início a uma nova etapa de discussões nas reuniões do G20 (grupo das maiores economias mundiais), da Organização Mundial do Comércio (OMC) e no âmbito das Nações Unidas. Segundo ele, uma das motivações é a fase positiva que o Brasil e outras nações vivem.

"O Brasil é um país com elevado crescimento econômico, redução de pobreza e bons níveis de emprego", afirmou Patriota, em entrevista coletiva, concedida hoje em Pequim. "Muitos outros países da região [das Américas] passam por uma fase de crescimento e de oportunidades", acrescentou ele.

Com a China, Patriota admitiu que é necessário superar algumas dificuldades, causadas pela subvalorização da moeda local (yuan), mas que a tendência é incrementar as relações econômicas e comerciais. Em 2009, os chineses superaram os norte-americanos como parceiros comerciais dos brasileiros.

Pelos dados chineses, o comércio com os brasileiros aumentou 47,5% em 2010. O saldo em favor do Brasil foi de US$ 5,6 bilhões. O assunto será tema da primeira visita ao país da presidenta Dilma Rousseff, marcada para os dias 13, 14 e 15 de abril.

De acordo com Patriota, Dilma deve se reunir com o presidente da China, Hu Jintao, ministros e alguns executivos chineses. A principal questão a ser abordada deve ser a queixa dos empresários brasileiros, que reclamam do baixo preço dos produtos chineses que chegam ao Brasil. Para os empresários do Brasil, o preço inferior dos produtos chineses prejudica o mercado nacional.

Também há negociações para mais parcerias nas áreas de minério de ferro e aço do Brasil para a China. Nos três dias de visita oficial, Dilma participará também de uma reunião com os líderes do Brasil, da China, da Índia, Rússia, além da África do Sul, que passará a integrar oficialmente o bloco do Bric.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Noticia - Com importação em alta, produção de insumo recua | Valor Online



A produção de insumos e matérias-primas para a indústria começou o ano em queda, com a fabricação de bens intermediários recuando 0,4% em relação a dezembro de 2010, feito o ajuste sazonal. O setor, que responde por mais de 50% do que é produzido na indústria, foi o único a cair no primeiro mês de 2011 nessa base de comparação -os bens de capital subiram 1,8% e a de bens duráveis, 6%, o que se refletiu num aumento de 0,2% da indústria geral.
A perda de espaço para o produto importado e, em menor medida, uma demanda mais fraca por parte dos outros setores, contribuíram para o desempenho um tanto decepcionante dos intermediários no mês de janeiro. Entre os segmentos mais importantes que fabricam insumos, houve queda de 0,4% no de produtos químicos e de 2,3% no de refino de petróleo e álcool, sempre em relação a dezembro, na série com ajuste sazonal.

Para o economista-chefe da MB Associados, Sérgio Vale, o resultado ruim da produção de insumos é um efeito da "baixa competitividade da indústria, que vem desde o começo do ano passado." Isso explica, segundo ele, por que a indústria anda de lado desde abril de 2010, mesmo com a demanda forte, como fica claro no comportamento do varejo. Nesse quadro, há alguma perda de espaço para o produto importado, que entra no país a preços mais baixos.
"Há um movimento de perda de competitividade da indústria que vai além da questão cambial, passando pelos aumentos de custos trabalhistas e de infraestrutura", diz Vale. Em janeiro de 2011, o volume importado de insumos foi 17,5% maior que o registrado no mesmo mês do ano passado. Ainda que inferior à alta acumulada em 12 meses, de 39,3%, é uma taxa bastante expressiva. A produção de intermediários, por sua vez, cresceu apenas 0,9% nessa base de comparação - em 12 meses, o aumento é de 9,9%. "Basicamente é importação que explica a estagnação da produção industrial nos últimos meses. Já faz quase um ano que a indústria patina e não me parece razoável culpar estoques ou uma suposta desaceleração agora para esse comportamento."
A economista-chefe da Rosenberg & Associados, Thaís Marzola Zara, também acredita que a forte concorrência do importado é o fator preponderante para explicar o desempenho fraco da produção de bens intermediários. Para ela, menores encomendas de insumos, num cenário de menor crescimento da indústria, tem alguma influência nesse resultado, mas não é o mais importante.
Nem todos os segmentos de intermediários, porém, tiveram um resultado ruim em janeiro. A produção de metalurgia básica, onde se encontra a siderurgia, aumentou 5,3% em relação a dezembro, feito o ajuste sazonal. Essa alta, porém, ocorreu depois da queda de 4,9% de dezembro.
O desempenho de metalurgia básica ajudou a indústria geral a subir 0,2% sobre o mês anterior. A maior alta, contudo, foi do setor de material eletrônico e equipamentos de comunicação, que viu a produção aumentar 35,5% sobre dezembro, reflexo da retomada das atividades depois das férias coletivas do fim do ano passado, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No último mês de 2010, houve queda de 17%. "Só a alta desse setor em janeiro contribuiu com 1 ponto percentual para o avanço da indústria", diz o economista-chefe da Prosper Corretora, Eduardo Velho.
"Sem ela, teria ocorrido uma queda de 0,8%." Isso ajuda a entender por que o resultado da indústria em janeiro foi bem diferente do que previam os analistas. Grande parte dos analistas esperava um recuo na casa de 0,5%, mas havia quem projetasse um tombo de 1,5%.
A alta da produção em janeiro mostrou que a moderação da atividade na indústria não é tão pronunciada como acreditava parte do mercado, mas não é suficiente para se falar numa retomada forte. O nível de produção de janeiro ainda está 2,6% abaixo do recorde atingido em março de 2010.
Velho, da Prosper, ressalta ainda que o indicador de difusão - o percentual de ramos industriais em alta - caiu de 59,3% em dezembro para 55,6% em janeiro. Ainda que volátil, o índice sugere que a alta do primeiro do mês do ano não significa uma recuperação, porque se deve à contribuição positiva de um número não muito expressivo de setores, afirma ele.
As estimativas para a produção industrial apontam para um crescimento modesto em 2011. Vale projeta expansão de 3,5%, bem abaixo dos 10,5% do ano passado. Thaís é um pouco mais pessimista, apostando em crescimento de apenas 2,5%. "E a indústria vai ter que suar a camisa para chegar a esse resultado", afirma ela. Segundo Thaís, para atingir esse ritmo de expansão, será necessário uma alta mensal média de 0,55% entre fevereiro e dezembro, na comparação com o mês anterior. A tarefa é difícil porque desde abril do ano passado a indústria anda de lado, mostrando pouca vitalidade mesmo com a demanda forte.
Hoje, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) de 2010. O Ministério da Fazenda espera uma alta de 7,5%, percentual semelhante ao esperado pelos analistas do setor privado.

Noticia - Inscrições para primeiro seminário de operações de comércio exterior de 2011 estão abertas 03/03/2011 - MDIC


Inscrições para primeiro seminário de operações de comércio exterior de 2011 estão abertas

03/03/2011
 Inscrições para primeiro seminário de operações de comércio exterior de 2011 estão abertas
O primeiro Seminário de Operações de Comércio Exterior deste ano será realizado no dia 22 de março. As palestras serão sobre os temas: Cotas – Informações Gerais; Licenças de Importação – Sistemática para aprovação de Licenças de Importação de máquinas e equipamentos novos e usados; Drawback Integrado nas Modalidades Suspensão e Isenção; e Novoex – Siscomex Exportação Web – Módulo Comercial. Os interessados devem se inscrever até o dia 16 de março, enviando mensagem para o e-mail: seminario.com.ext@mdic.gov.br.
Promovidos pelo Departamento de Operações de Comércio Exterior (Decex) da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), os seminários são gratuitos e abertos a todos os interessados. As edições seguintes ocorrerão mensalmente, entre abril e setembro (ver tabela abaixo). A secretária de Comércio Exterior, Tatiana Lacerda Prazeres, destaca o objetivo dos eventos de “se aproximar dos usuários e prestar o auxílio necessário para facilitar o trabalho dos operadores de comércio exterior”.
Serviço:
Local:
 Auditório do MDIC - Esplanada dos Ministérios, bloco J, Brasília-DF
Horário: 9h às 12h30 –14h às 17h15
E-mail para inscrições: seminario.com.ext@mdic.gov.br
Confira programação dos próximos seminários:
26/Abril
24/Maio
28/Junho
26/Julho
23/Agosto
27/Setembro
Mais informações para a imprensa:
Assessoria de Comunicação Social do MDIC
(61) 2027-7190 e 2027-7198
André Diniz
andre.diniz@mdic.gov.br

Legislação - Instrução Normativa RFB nº 1.133/2011 - Controle aduaneiro de Cargas Aéreas - Alterações

Por meio da Instrução Normativa RFB nº 1.133/2011 foi alterada a Instrução Normativa SRF nº 102/1994, que disciplina os procedimentos de controle aduaneiro de carga aérea procedente do exterior e de carga em trânsito pelo território aduaneiro.

Foram incluídos no rol das cargas consideradas de armazenamento prioritário: a) os materiais radioativos, inclusive os destinados à medicina nuclear; b) as máquinas, equipamentos, aparelhos e instrumentos, suas partes, peças de reposição, acessórios, matérias-primas e produtos intermediários destinados à pesquisa científica e tecnológica; c) outras cargas, a critério do Chefe da unidade local da RFB.

A Instrução Normativa RFB nº 1.133/2011 entra em vigor na data de sua publicação, ocorrida em 03.03.2011.

Noticias - Projeto 1ª Exportação em fase final de inscrições para o ciclo 2011 em Minas Gerais - Portal do Exportador/Comexdata.

O Projeto 1ª Exportação está em fase final da seleção de empresas mineiras interessadas em participar em 2011. O projeto consiste em dotar pequenas e médias empresas de um agente de comércio exterior trabalhando in loco durante um ano com vistas à internacionalização. Os agentes - alunos dos cursos de Comércio Exterior e Relações Internacionais matriculados em instituições de ensino superior em Minas Gerais - atuarão diagnosticando mercados, sugerindo adaptações na produção e implantando uma área de comércio exterior nas empresas.

"É uma oportunidade para as empresas começarem a se preparar para entrar no mercado externo, por meio de um projeto que alia baixo investimento e supervisão qualificada de instituições com destacada atuação em comércio exterior", afirma o coordenador do projeto em Minas Gerais, Carlos Malta.

O projeto conta com gestão nacional do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e coordenação estadual da Central Exportaminas. Além disso, os agentes de comércio exterior contam com supervisão sistemática tanto da Central Exportaminas quanto de professores e coordenadores dos cursos envolvidos.

"Com o apoio do agente, cada empresa conhecerá os principais instrumentos governamentais de apoio à exportação e poderá participar das crescentes ações de promoção comercial no Brasil e no exterior junto a compradores de outros países", destaca o diretor da Central Exportaminas, Jorge Leonardo Duarte de Oliveira.

Ao todo são cinco etapas do projeto: seleção e capacitação, diagnóstico, pesquisa de mercado, adequação de produto, promoção comercial, comercialização e plano de internacionalização. Segundo Carlos Malta, as empresas mineiras interessadas podem se inscrever gratuitamente, porém, as vagas são limitadas e a seleção das empresas para o ciclo 2011 está em fase final. Para se inscrever, entre em contato com Carlos Malta no e-mail primeiraexportacao@exportaminas.mg.gov.br

O projeto 1ª Exportação é uma ação conjunta da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comercio Exterior - SECEX/MDIC e conta com o apoio dos Correios, Sebrae-MG, Fiemg e Cetec. Atualmente estão envolvidos no projeto os estados de MG, RN, GO, ES, SC, PR, RJ, PE e BA.

Para mais informações e inscrições, acesse o site: www.primeiraexportacao.desenvolvimento.gov.br

Noticia - Economia brasileira cresceu 7,5% em 2010, maior taxa desde 1986 - Agência Brasil/Comexdata.

O Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, fechou 2010 com crescimento de 7,5 % em relação ao ano anterior. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divulgou hoje (3) os dados, esse é o maior resultado desde 1986, quando a economia também teve expansão de 7,5%.

Em valores correntes, o PIB ficou em R$ 3,675 trilhões no ano. A expansão da economia em 2010 foi beneficiada, segundo o IBGE, pela baixa base de comparação no ano anterior, quando o PIB registrou queda de 0,6%, influenciado pelos efeitos da crise financeira internacional.

O crescimento observado é resultado do aumento de 6,7% do valor adicionado a preços básicos e da elevação de 12,5% nos impostos.

O documento do IBGE também aponta que, no que se refere à produção, o PIB da indústria, com alta de 10,1%, foi o que mais cresceu entre os três componentes, puxado pelo bom desempenho da extrativa mineral (15,7%), seguida pela construção civil (11,6%).

O PIB agrícola registrou elevação de 6,5%. Neste caso, o resultado foi influenciado pelo aumento de produção de várias culturas importantes da lavoura brasileira, com destaque para a soja, com aumento de 20,2%, do trigo (20,1%), do café (17,6%), do milho (9,4%), da cana (5,7%) e da laranja (4,1%).

O setor de serviços teve crescimento de 5,4% em 2010, puxado pelas atividades de intermediação financeira e seguros; e comércio, ambas com alta de 10, 7%. Segundo o IBGE, o crescimento da população empregada, da massa salarial e do crédito foi o fator que sustentou o crescimento das vendas no ano. Além disso, houve expansão de 8,9% em transportes, armazenagem e correio; e de 3,8% em serviços de informação.

Já em relação à demanda, o IBGE apurou aumento de 7,0% do consumo das famílias, sétimo ano de alta consecutiva; e elevação de 3,3% no consumo do governo. A formação bruta de capital fixo cresceu 21,8%, representando a maior taxa acumulada em quartos trimestres desde o início da série, em 1996.

No setor externo, houve aumento tanto nas exportações (11,5%) como nas importações (36,2%).

O Produto Interno Bruto representa o total de riquezas produzidas no país e é usado para dimensionar o tamanho da economia nacional. Para calcular o PIB, o IBGE utiliza os resultados de pesquisas do próprio instituto ao longo do ano, em áreas como agricultura, indústrias, construção civil e transporte.

Noticia - Mujica vai a São Paulo na tentativa de ampliar relações comerciais entre Uruguai e Brasil - Agência Brasil/Comexdata.

Na semana depois do carnaval, o presidente do Uruguai, José "Pepe" Mujica, desembarca no Brasil. Mujica vai liderar uma comissão de empresários uruguaios que vai a São Paulo, no dia 14, para ampliar as parcerias entre uruguaios e brasileiros. Ele virá com uma comitiva que reúne quatro ministros - de Relações Exteriores, de Indústria, Energia e Mineração, de Agricultura e de Economia - e mais 80 empresários.

O ministro da Indústria, de Energia e Mineração, Roberto Kreimerman, informou ainda que estão marcadas reuniões na Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp). As reuniões devem incluir entre outros temas os dos setores agroquímico, automotivo, hoteleiro, de mineração e de indústria farmacêutica.

De acordo com a Fiesp, as conversas devem reunir ainda mais 18 empresários brasileiros em um dia de discussões em São Paulo. No ano passado, houve um evento semelhante, também promovido pela federação paulista, com empresários uruguaios.

Mujica vem ao Brasil no momento em que a presidenta Dilma Rousseff reiterou que a prioridade da política externa brasileira é intensificar as relações nas Américas do Sul e Central. No dia 31 de janeiro, Dilma foi à Argentina, no final deste mês está prevista uma visita ao Paraguai. Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai integram o Mercosul.

Noticia - Dilma adota estratégia de exportação para o pré-sal | Valor Online


O governo brasileiro quer se tornar grande exportador de gás e petróleo aos Estados Unidos, para evitar que os combustíveis extraídos da camada pré-sal no litoral do Brasil reduzam a proporção de fontes de energia "limpa", renovável, como a hidroeletricidade, na matriz energética brasileira. A intenção de exportar a maior parte do petróleo e gás do pré-sal para não "sujar" a matriz foi comunicada pela presidente Dilma Rousseff a enviados do governo americano que estiveram no país em preparação à visita do presidente Barack Obama.

A estratégia brasileira foi bem recebida em Washington, onde a oferta é vista como uma oportunidade para concentrar no continente americano cada vez mais os fornecedores de combustível fóssil aos EUA, reduzindo a dependência em relação ao Oriente Médio. Ainda não estão concluídas as conversas para o mecanismo que consolidará essa cooperação na área de energia, mas o tema já está escolhido como um dos principais assuntos da visita de Obama ao país e de seu comunicado conjunto com Dilma Rousseff, no sábado, dia 20.

O interesse em ter os EUA como grande consumidor do petróleo do pré-sal foi comunicado por Dilma, em fevereiro, ao secretário do Tesouro americano, Timothy Geithner e, em janeiro, aos senadores republicanos John McCain e Jonh Barrasso. Os EUA obtêm do Canadá e do México, seus maiores fornecedores, pouco mais de um terço do petróleo que importam; outro terço vem da Arábia Saudita, Nigéria e Venezuela. O Brasil é o décimo maior fornecedor aos EUA.

A perspectiva de obter no Hemisfério Ocidental, em região de influência americana, a maior parte do petróleo consumido nos EUA é recebida com entusiasmo em Washington, segundo uma autoridade que acompanha os preparativos para a vinda de Obama. Mesmo com o aumento da produção local, o Escritório de Energia Americano prevê que o país continuará importando cerca de metade do petróleo que consome e só em 2035 deve reduzir essa parcela a 45%.

O Eximbank americano já ofereceu à Petrobras desde 2010 financiamento de até US$ 2 bilhões para investimentos no pré-sal, com participação de empresas do país. A oferta de linhas do mesmo porte deve ser oficializada durante a visita do presidente americano para financiar joint ventures de companhias brasileiras e americanas no exterior, especialmente na África, em projetos de infraestrutura e exploração mineral. 

A tentativa da Exxon de explorar poços em águas ultraprofundas foi malsucedida, como registrou a empresa em seu balanço, no ano passado, ao contabilizar como perdas dois poços na bacia de Santos onde investiu algumas centenas de milhões de dólares antes de considerá-los inviáveis comercialmente. A empresa teria obtido, porém, informações geológicas importantes que poderão ser usadas em novas tentativas, segundo uma fonte que acompanha o assunto.

quarta-feira, 2 de março de 2011

Noticia - Importados terão regras mais duras na alfândega | Valor Online



O governo pretende endurecer as regras de controle de entrada de produtos importados no país, exigindo, para o desembaraço nas alfândegas, os mesmos certificados de segurança e especificações técnicas hoje exigidas das empresas brasileiras para colocar seus produtos no varejo, informou o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, em entrevista aoValor, pouco antes de viajar para a China. Com os chineses, ele quer discutir um acordo para tornar a Embraer fornecedora de jatos executivos ao país.
O ministro vê disparidade entre as regras sanitárias, de segurança, metrificação e embalagem para a produção doméstica e a importada. Uma das ideias é que o Inmetro exija certificados de qualidade para a concessão de licença de importação. "Em segurança, por exemplo, que é normatizada e fiscalizada pelo Inmetro, o controle é feito na ponta do consumo, depois de internalizada a mercadoria, na loja. Um brinquedo importado é testado depois de já estar na loja", afirma.
O Brasil vai usar as armas legais aprovadas pela Organização Mundial do Comércio para isso. "No caso de calçados, por exemplo, está aparecendo também a triangulação. Fizemos a sobretaxa ao calçado chinês e está aparecendo venda desses produtos via Malásia, Indonésia", aponta. "Vamos tomar medidas contra isso".
Pimentel diz que as medidas em estudo não visam importações de um país específico, como a China, com a qual o Brasil deve ter "uma estratégia de convivência" e não de enfrentamento. Ele vê a necessidade de uma parceria estratégica de longo prazo entre os dois países. "Eles têm de absorver quatro ou cinco Brasis inteiros no mercado de consumo e nós precisamos construir uma China de infraestrutura. Quem sabe uma coisa não complemente a outra".
Um dos exemplos de projeto de longo prazo pode envolver a Embraer. Ele afirmou que em seus contatos com autoridades chinesas vai falar claramente sobre a empresa, que investiu na China sem resultados. "Vamos dizer para eles que, na visita da presidente Dilma, até como gesto de boa vontade, eles poderiam anunciar algo em relação à empresa". Como a China parece disposta a entrar no mercado de jatos regionais, diz Pimentel, a Embraer poderia ser a grande fornecedora de jatos executivos ao país.
As medidas de proteção contra importados devem ser anunciadas em abril, assim como a redução gradativa dos tributos cobrados sobre a folha de pagamentos, diz o ministro.

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Noticia - Governo vai endurecer regras para entrada dos bens importados | Valor Online



O governo pretende endurecer as regras de controle de entrada de produtos importados no país, exigindo, para o desembaraço nas alfândegas, os mesmos certificados de segurança e especificações técnicas hoje cobrados apenas nos produtos encontrados no varejo.
A informação foi dada pelo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, em entrevista ao Valor, pouco antes de partir para uma viagem a China, onde terá, nesta semana reuniões com autoridades daquele país. Com os chineses, ele quer discutir um acordo para tornar a Embraer fornecedora de jatos executivos ao país, visto como um dos mercados em expansão para esse tipo de avião.
"Não temos de ter uma estratégia de enfrentamento, mas de convivência com a China", argumenta o ministro, que pretende propor aos chineses acordos para maior participação em obras de infraestrutura no Brasil, em troca de facilidades para venda de produtos de consumo brasileiros no mercado chinês. A compra de jatos executivos pela China, diz, "compensaria" a frustração, por falta de encomendas das empresas locais, do projeto da Embraer de manter uma fábrica de aviões comerciais no país.
Pimentel confirmou que o governo mantém o plano de reduzir gradativamente os tributos cobrados sobre as folhas de pagamento e deve baixar medidas, possivelmente em abril, para antecipar a devolução de impostos cobrados indevidamente dos exportadores. As medidas de proteção contra importados devem sair também em abril, com a nova a Política de Desenvolvimento Produtivo, que trará novidades em matéria de inovação e patentes. A seguir, os principais trechos da entrevista.
Valor: Os chineses se incomodaram com suas declarações, e de outros membros de governo, defendendo medidas contra invasão de produtos da China. O que o governo pretende fazer contra a competição chinesa e o yuan subvalorizado?
Fernando Pimentel: Não vamos tomar medidas contra a China, especificamente. Estamos estudando o que pode ser feito para criar equidade, igualdade, na competição entre produtos brasileiros e importados, que hoje não há. O câmbio já desequilibra muito, mas é um dado que está fora da política comercial, da política industrial, uma variável como a política monetária.
Valor: O que o sr. chama de equidade?
Pimentel: Que as exigências para comercialização de produtos brasileiros cheguem a produtos importados. Hoje, não há as mesmas regras sanitárias, de segurança, de metrificação ou de embalagem.
Valor: A venda de produtos importados não está sujeita às mesmas regras cobradas do bem fabricado no país?
Pimentel Bem menos que os nacionais. Estamos examinando. A ideia é garantir que haja equilíbrio entre o produto brasileiro e o importado. À primeira vista, parece que não, que se cobra e se exige mais do fabricado no país.
Valor: Pode dar um exemplo?
Pimentel: Dá, mas não estou querendo falar muito para não gerar expectativa. Depois aplicamos uma medida e vão dizer que era premeditada, que é pretexto. Tem muita coisa a se fazer. Em segurança, por exemplo, que é normatizada e fiscalizada pelo Inmetro, o controle é feito na ponta do consumo, depois de internalizada a mercadoria, na loja. Um brinquedo, por exemplo, é testado depois de já estar na loja.
Valor: O Inmetro passará a exigir certificado de testes e qualidade?
Pimentel: Na hora do pedido de licença de importação, por que não? Estamos estudando. Mas não é nada contra a China, é uma medida a favor do Brasil, para proteção da indústria, para que tenha condições de competir em condições de igualdade. A China é um grande parceiro comercial nosso, temos de tratá-la com o maior respeito. Agora, o mundo é competitivo, temos de dar condições à nossa indústria de competir.
Valor: O sr. teve uma conversa com o embaixador chinês no Brasil. O que disse a ele?
Pimentel: Falei o que queremos, uma conversa mais geral, e ele, claro, concordou que o Brasil e a China são hoje grandes parceiros, a China é o maior parceiro comercial do Brasil. Dada a importância estratégica da China para nós, e de nós para eles, como grandes fornecedores de matérias-primas, insumos básicos para a economia chinesa, é tempo de começarmos a pensar em ultrapassar essa fase em que somos parceiros meramente comerciais. Nossa relação está limitada à compra e venda de mercadorias. Temos de começar a construir relações estratégicas, de mais longo prazo. Dentro disso, começaríamos a superar esses pequenos contenciosos, que sempre vão existir. O que nosso caminho aponta é que podemos construir um caminho de economias mais complementares, uma parceria mais estratégica.
"Não temos de ter uma estratégia de enfrentamento, mas de convivência com a China. Tenho falado isso. "
Valor: Como seria essa parceria?
Pimentel: A China vem usando essa complementaridade para exportar manufaturados ao Brasil e comprar commodities. A China não precisa exportar tudo que bem entende de produto manufaturado ao Brasil. Podemos estabelecer algumas linhas, alguns canais, negociar com eles.
Valor: Por exemplo...
Pimentel: Está cedo para dar exemplos, teremos tempo para construir isso, saber se a China se interessa por uma construção de longo prazo. A construção desses acordos pode ser vantajosa para a China. Penso que é o que os Estados Unidos também estão tentando com os chineses. Não temos de ter uma estratégia de enfrentamento, mas de convivência com a China, tenho falado isso com os industriais brasileiros, que se queixam muito. O comércio é livre, vamos conviver com os chineses. Se querem proibir importação da China, não vai ter. Agora, criar condições de competição igual, isso acho justo.
Valor: Como assim?
Pimentel: Se o empresário me mostra que, para vender seu produto, está submetido a dois testes do Inmetro, um do Ministério da Saúde, outro do Ministério da Ciência e Tecnologia, e o importado chega e entra sem ser testado, então está desequilibrado e vamos fazer alguma coisa.
Valor: O governo pensa em apertar a aplicação dessas medidas de normas técnicas para os produtos importados?
Pimentel: Para igualar com os brasileiros, é isso. Exigir a mesma qualidade.
Valor: Alguns empresários, como os fabricantes de óculos, se queixam de que produtos chineses alvo de medidas antidumping estão entrando no país de maneira fraudulenta, como peças para montagem e artifícios semelhantes.
Pimentel: Essa é uma questão séria, que a Secretaria de Comércio Exterior está estudando com muita atenção, porque é uma prática desleal. Não queremos também fazer nada fora da regra da Organização Mundial do Comércio. O que a regra pedir nós vamos fazer. No caso de calçados, está aparecendo também a triangulação. Fizemos a sobretaxa ao calçado chinês e está aparecendo venda desses produtos via Malásia, Indonésia. Vamos tomar medidas contra isso. Não é nada contra a China, mas essas ações podem atingir alguns maus chineses, o sujeito que não coopera com a relação sadia entre os dois países. Não creio que o governo chinês vá defender um exportador de origem chinesa que esteja burlando as regras do comércio internacional, assim como não defenderemos um falsário brasileiro preso no exterior.
Valor: O sr. já definiu alguma proposta que pretenda levar aos chineses como parte da agenda positiva dos dois países?
Pimentel: Temos de ouvi-los, ver como estão pensando essa relação também. Isso não foi feito até agora, propor algo mais estratégico, de longo prazo. Há desafios enormes na China, nós temos os nossos aqui. Eles têm de absorver quatro ou cinco Brasis inteiros no mercado de consumo e nós precisamos construir uma China de infraestrutura. Quem sabe uma coisa não complementa a outra?
Valor: As construtoras brasileiras não têm muito interesse em dividir o mercado com estrangeiros...
Pimentel: Em alguma coisa pode ser que os chineses tenham experiências para nos ajudar. Desde que sigam nossas regras.
Valor: Como evitar casos como o da Embraer, que negociou associação com os chineses e não foi bem-sucedida?
Pimentel: Vamos falar claramente com eles sobre Embraer, sim. Foi um compromisso assumido lá, que não obteve resultado. A Embraer fez um investimento grande, não dá resultado, a fábrica da companhia aparentemente vai fechar. Vamos dizer para eles, que, na visita da presidente Dilma, até como gesto de boa vontade, eles poderiam anunciar algo em relação à empresa. Há uma compra grande de jatos executivos, que só depende de uma autorização. A China parece ter feito a escolha de entrar no mercado de jatos médios, mas não deve entrar no mercado de jatos executivos, nós podemos ser grandes fornecedores deles. Uma coisa acaba compensando a outra. Está aí um belo exemplo do que chamo de projeto de longo prazo.
Valor: Pode explicar melhor?
Pimentel: Não mexer com eles na questão dos jatos de tamanho médio e eles se tornarem clientes nossos nos jatos executivos não pode ser uma boa saída? Temos de sair do varejinho, que sempre terá contencioso aqui ou ali, para a grande estratégia, no atacado. Vamos ver se é possível fazer isso. Ou se eles preferem continuar tratando a gente como cliente de balcão. Para um país do tamanho do Brasil, não é bom negócio, devemos ser o cliente que chega e o dono da loja chama para subir para a sala dele, para conversar lá em cima.
Valor: Quando o sr. pretende anunciar as decisões sobre medidas para exigir dos importados normas e regras aplicadas a produtos fabricados no país?
Pimentel: Acho que pode sair mais ou menos junto com a Política de Desenvolvimento Produtivo, em abril mesmo. Essa coisa tem de ser feita com muito apuro técnico para não levantarmos lebres que não se materializam. A defesa comercial é uma forma de garantir equidade. No caso da PDP, a competitividade tem tantas variáveis, como a busca de inovação. Tem um plano de fundo geral que é o anátema do custo Brasil, tem a ver com tributação, com burocratização, excesso de regras.
Valor: Com o câmbio...
Pimentel: Hoje em dia, com o câmbio. O governo tem tentado fazer sua parte, ainda que com restrições. Agora, por exemplo, o juro vai subir. Nada atrapalha mais o custo Brasil que subir a taxa Selic, mas vai subir, fazer o quê? A inflação está subindo, tem de ter remédio. O pano de fundo está aí, mas o personagem principal para dar competitividade é a inovação. Essa discussão tem de ser feita diretamente com o setor produtivo. A inovação sai de um encontro fecundo entre pesquisa de laboratório e desejo do mercado.
Valor: Os empresários se queixam de que as linhas de apoio à inovação não apoiam inovações fundamentais, como as melhorias de processo industrial, por exemplo.
Pimentel: Tem de ter. A discussão da segunda etapa da PDP tenta justamente chegar nisso. A primeira etapa foi mais genérica. Não quero avançar muito, porque há aí uma zona de sombra com outros ministérios, entidades empresariais. A grande novidade seria dar apoio àquela inovação aplicada, que gera resultado quase imediato, pode ser aí a grande novidade da segunda etapa da PDP. Mas estamos agora avaliando o potencial de financiamento do BNDES. Ainda não temos o volume definido.
Valor: E o que o governo pensa em fazer para desonerar, reduzir os impostos, do setor produtivo?
Pimentel: Não é segredo, a presidente quer, o líder do governo no Congresso, Romero Jucá, já começou a trabalhar com nossos articuladores no Parlamento... Ela continua trabalhando muito forte com a ideia de desonerar a folha de pagamentos. Gradativamente, não dá para chegar de uma vez só.
Valor: Mas pode ser possível reduzir em dez pontos percentuais os encargos sobre a folha?
Pimentel: Não vi o número fechado, a ideia é ter uma coisa significativa nesses quatro anos. Dez por cento significaria a metade do que hoje pesa sobre a folha. Não sei se vamos conseguir. Com a economia crescendo, e vai crescer em torno de 4,5%, é viável, não reduzir à metade, mas uma queda significativa. Não sabemos o total ainda. É uma área que envolve muitos interessados.
Valor: E o que está sendo planejado em redução de tributos sobre investimento?
Pimentel: Já tem um bocado. No ministério, o que podemos trabalhar, e estamos fazendo, é tornar efetiva a ideia de que não se tributa exportação. Hoje não é efetiva. Estamos buscando um mecanismo factível, está começando a ser discutido, há uma boa vontade grande da área econômica toda em examinar a questão, pelo menos reduzir o prazo para usar o crédito [no abatimento de impostos].
"Ela [a presidente Dilma] continua trabalhando muito forte com a ideia de desonerar a folha de pagamentos"
Valor: Reduzir em quanto?
Pimentel: Tem várias ideias, temos de estudar alternativas de usar o crédito em pagamentos ao Tesouro.
Valor: Quando sai o conjunto de medidas tributárias para aliviar a produção?
Pimentel: Não quero falar, porque essa discussão, diferentemente da PDP, tocada no âmbito dos ministérios, está diretamente coordenada pela presidente. Deu um intervalinho para discutir salário mínimo, agora vai voltar. Ela faz isso, chama os ministérios, cobra estudos. Ela quer que, em meados deste semestre, pode ser abril, se tenha um conjunto já pronto. Mas isso tem de ser visto à luz dos trâmites legislativos, não podemos dar prazo.
Valor: E o câmbio do real em relação ao dólar, não ameaça a sobrevivência das indústrias, como dizem os empresários?
Pimentel: Aí tem de perguntar ao [ministro da Fazenda] Guido Mantega.
Valor: O governo pensa em aplicar algum imposto de exportação sobre commodities, como há em outros países, mas que é algo considerado pelo mercado um retrocesso?
Pimentel: Não vi essa discussão no governo, ainda. O que não significa que não possa surgir. O mercado acha que qualquer imposto é retrocesso. É cedo para falar disso, não temos ainda uma projeção do que vai acontecer, embora o preço das commodities possa subir muito. Há essa crise no Oriente Médio, não sabemos a repercussão nos preços internacionais. Em princípio não me agrada imposto sobre exportação. Pode ter outras medidas para conter a entrada de dólar no país.
Valor: Quais os planos de sua pasta para a vinda do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ao Brasil?
Pimentel: Acho que a linha com eles é de cooperação, como podemos trabalhar juntos para equilibrar a balança e fazer investimentos conjuntos. Temos essa ideia forte de o Eximbank deles trabalhar com o nosso BNDES, e com o futuro Eximbank, em projetos conjuntos.
Valor: Na África?
Pimentel: Em qualquer país, fora do Brasil e dos EUA, até na China, quem sabe. Ainda não estão definidos valores. Eles estão muito interessados nisso, deve ser assinado um acordo. E teremos cooperação na área tecnológica. Estamos tentando também fazer um acordo na área de patentes, o menos polêmico possível e o mais efetivo.
Valor: Como é o acordo?
Pimentel: Está desenhado. É o reconhecimento mútuo de uma parte do processo. Os pedidos de patente de um produto fazem os escritórios de patente investigar uma enorme quantidade de detalhes. O Inpi brasileiro e o escritório de patentes americano vão trocar informações sobre o que foi negado nos pedidos, no Brasil ou nos Estados Unidos, e um escritório poderá usar a investigação já feita pelo outro, negar automaticamente aqui o que já foi negado lá. Os EUA também farão isso. Isso elimina quase 50% da fila de patentes que existe hoje, agilizará o processo. Trabalhamos para fechar até a visita. Eles têm esse acordo com o Japão e outros países.

Noticia - Commodities colaboram para o superávit da balança comercial - Agência Brasil/Comexdata.

As vendas das commodities contribuíram para o superávit da balança comercial de fevereiro, segundo dados divulgados ontem (1º) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

O superávit comercial de fevereiro foi de US$ 1,199 bilhão. Em fevereiro do ano passado, o superávit da balança comercial foi de US$ 389 milhões. No mês passado, as exportações somaram US$ 16,733 bilhões e as importações, US$ 15,534 bilhões.

Para o secretário executivo adjunto do MDIC, Ricardo Schaefer, a venda dos produtos básicos com cotação internacional puxaram o saldo positivo. "O preço das commodities vem sendo positivo para o país. Fica difícil fazer exercício de projeção e saber se esses preços, no futuro, vão [fazer] cair essa parte da nossa balança comercial. Essa pauta de básicos vem tendo desempenho positivo por conta dos preços", avaliou.

Em fevereiro, as exportações de produtos básicos e semimanufaturados registraram valor recorde para o período, somando US$ 7,3 bilhões e US$ 2,2 bilhões, respectivamente. Os manufaturados alcançaram US$ 6,6 bilhões. As três categorias apresentaram crescimento comparadas ao desempenho do ano passado: manufaturados, 12,5%; produtos básicos, 39,3% e semimanufaturados, 14,1%.

As vendas externas dos produtos básicos foram alavancadas pelo minério de ferro, que apresentou aumento de 111,2% ante fevereiro de 2010, somando US$ 2,7 bilhões. Cresceram também as exportações de trigo em grão (330%), que registraram US$ 129 milhões e as vendas de milho em grão (165%), somando US$ 313 milhões.

Com relação aos manufaturados, o aumento das exportações foi puxado pelo óleo de soja bruto, com alta de 149%, registrando US$ 147 milhões; pelo ferro fundido, com alta de 73,6%, alcançando US$ 108 milhões; e ainda pelo ferro/aço, cujas vendas cresceram 71,1% e tiveram resultado de US$ 251 milhões.

Nas importações de fevereiro, houve crescimento em bens de consumo (30,6%), combustíveis e lubrificantes (24,8%), bens de capital (19,5%) e matérias-primas (11,7%). Em bens de consumo, o destaque ficou para importação de automóveis, vestuário e produtos alimentícios. No caso dos combustíveis e lubrificantes, o crescimento foi puxado pelo aumento dos preços do carvão, petróleo e óleos combustíveis.

Noticia - Exportações de US$ 16,733 bilhões são recorde para o mês de fevereiro - MDIC/Comexdata.

As exportações de US$ 16,733 bilhões registradas em fevereiro de 2011 foram recorde para o mês na série histórica. O mesmo ocorreu com as importações, que chegaram a US$ 15,534 bilhões, e, portanto, com a corrente de comércio (a soma das exportações e importações), que foi de US$ 32,267 bilhões.

Os recordes também se repetiram na análise do primeiro bimestre do ano (exportações de US$ 31,947 bilhões, importações de US$ 30,325 bilhões e corrente de comércio de US$ 62,272 bilhões). O superávit bimestral (US$ 1,622 bilhão) também foi o melhor dos últimos três anos, (US$ 210 milhões em 2010 e US$ 1,231 bilhão em 2009).

Exportações


No acumulado de janeiro a fevereiro de 2011, os três grupos de produtos registraram crescimento em relação ao mesmo período de 2010: básicos (47,5%), semimanufaturados (21,6%) e manufaturados (10,8%). Com relação à exportação de produtos básicos, houve crescimento na receita de trigo em grão (281,7%), minério de ferro (129,7%), milho em grãos (92,2%), café em grão (63,8%), carne de frango (26,5%), petróleo em bruto (20,5%), farelo de soja (13,7%) e carne bovina (5,1%).

Dentro dos semimanufaturados, os maiores aumentos foram nas vendas de óleo de soja em bruto (244,3%), ferro fundido (156,9%), semimanufaturados de ferro e aço (77,2%), ferro-ligas (46%), ouro em forma semimanufaturada (28,3%), couros e peles (19,2%) e celulose (9,3%).

No grupo dos manufaturados, os principais produtos exportados foram máquinas e aparelhos para terraplanagem (173,9%), suco de laranja (79,2%), laminados planos (44,8%), motores de veículos e partes (38,7%), autopeças (25,3%), polímeros plásticos (21,8%), pneumáticos (20,8%), bombas e compressores (10,5%) e óxidos e hidróxidos de alumínio (5,5%).

Na análise dos mercados de destino, a Ásia (40%) foi quem teve maior expansão, com destaque para a China (57,5%), por conta de aumento nas vendas de minério de ferro, petróleo em bruto, celulose, siderúrgicos, couros e peles e carnes. A África (37,3%) teve o segundo maior crescimento com vendas de açúcar, trigo e milho em grão, carnes, óleo de soja em bruto e minério de ferro. No Mercosul (30,3%), as vendas para a Argentina tiveram aumento de 30,8%, com destaque para veículos automóveis e partes, máquinas e equipamentos, aparelhos eletroeletrônicos, energia elétrica, minério de ferro e aviões.

Os principais países de destino das exportações, no acumulado bimestral foram: China (US$ 4 bilhões), Estados Unidos (US$ 3,4 bilhões), Argentina (US$ 3 bilhões), Países Baixos (US$ 1,7 bilhões) e Japão (US$ 1,3 bilhões).

Importações


No primeiro bimestre de 2011, houve crescimento de todas as categorias de uso, na comparação com o mesmo período de 2010: combustíveis e lubrificantes (22,1%), bens de consumo (30,6%), matérias-primas e intermediários (15,5%) e bens de capital (23,6%).

Na análise dos mercados de origem, cresceram as compras de todos os principais blocos econômicos, com exceção da África (-8,2%). Nas Europa Oriental (62,1%), o crescimento se explica pelas aquisições de adubos e fertilizantes, carvão e nafta para petroquímica. No Oriente Médio (61,3%), houve compras de petróleo, adubos e fertilizantes e plásticos e obras. Em relação aos Estados Unidos (27,4%), os principais gastos foram com aumentos de máquinas e equipamentos, óleo diesel, carvão, químicos orgânicos, aparelhos eletroeletrônicos, plásticos e obras, instrumentos de ótica e precisão e aeronaves e peças.

Os principais países de origem das importações foram: China (US$ 4,7 bilhões), Estados Unidos (US$ 4,6 bilhões), Argentina (US$ 2,4 bilhões), Alemanha (US$ 2 bilhões) e Coréia do Sul (US$ 1,4 bilhões).



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NOTICIA - TV RECEITA LANÇA SÉRIE DE VÍDEOS COM ORIENTAÇÕES SOBRE A DECLARAÇÃO DO IR 2015 - Fonte: RECEITA FEDERAL

Principais dúvidas dos contribuintes são explicadas de forma didática A Receita Federal divulgou no dia 17/3, no canal da TV Receita no y...