quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Noticia - Superávit das trading companies foi de US$ 23,5 bilhões em 2011 - MDIC/Comexdata.

O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) passa a divulgar, mensalmente, os dados da balança comercial das empresas denominadas trading companies.

Para a secretária de Comércio Exterior do MDIC, Tatiana Lacerda Prazeres, "essas informações serão importantes para melhor entender os fluxos comerciais e a dinâmica dos mercados deste setor. Além disso, com um diagnóstico preciso e atualizado, teremos mais elementos para formular políticas que possam incentivar, especialmente, as exportações de empresas de menor porte por parte de trading companies".

Os dados divulgados hoje pelo MDIC trazem a série histórica da balança comercial desde 2005 até 2011. De lá para cá, as exportações das trading companies evoluíram em 188,3%, subindo de US$ 10,3 bilhões, em 2005, para US$ 29,6 bilhões, em 2011. No mesmo intervalo, as exportações brasileiras globais aumentaram 116% e houve ganho de participação do setor no total das vendas, de 8,6% para 11,5%.

Em relação às importações, o patamar se situa significativamente abaixo do nível das exportações. Na comparação entre 2005 e 2011, as compras do segmento cresceram 399% e passaram de US$ 1,2 bilhão para US$ 6 bilhões, com aumento da participação de 1,6% para 2,7% do total importado pelo Brasil.

Com isso, a balança comercial das trading companies apresenta um histórico superavitário que alcançou o maior valor em 2011, com US$ 23,5 bilhões. A corrente de comércio teve ampliação de US$ 11,5 bilhões, em 2005, para US$ 35,6 bilhões, em 2011, o que representou uma expansão de 210,6%.

Produtos


Em 2011, as exportações das trading companies apresentaram predominância de produtos básicos que responderam por 87,1% do valor total no ano. No conjunto dos industrializados, os bens manufaturados representaram 8,4% da pauta e os semimanufaturados, 4,5%.
Os principais produtos básicos exportados, no período, foram: minério de ferro (US$ 20,1 bilhões, participação de 67,9% do total exportado), soja em grão (US$ 2,2 bilhões, 7,4%), carne de frango (US$ 1,5 bilhão, 5,2%), farelo de soja (US$ 556,3 milhões, 1,9%) e milho em grão (US$ 418,9 milhões, 1,4%).

Entre os produtos industrializados, os mais vendidos ao mercado externo foram: açúcar em bruto (US$ 1 bilhão, 3,4%), suco de laranja (US$ 600,7 milhões, 2%), preparações e conservas de carne de peru (US$ 178,4 milhões, 0,6%), café solúvel (US$ 172,7 milhões, 0,6%), tubos de ferro e aço fundido (US$ 140,9 milhões, 0,5%).

Já as importações brasileiras se caracterizam por uma pauta composta em sua maioria por bens industrializados, notadamente produtos manufaturados. Do total das compras realizadas em 2011, os bens industrializados representaram 95,4% (89,2% de manufaturados e 6,2% de semimanufaturados).

Os principais produtos adquiridos, em 2011, foram: automóveis de passageiros (US$ 2,1 bilhões, participação de 35,5% do total importado), máquinas automáticas para processamento de dados (US$ 249,3 milhões, 4,1%), aparelhos transmissores e receptores de telefonia (US$ 244,6 milhões, 4,1%), máquinas e aparelhos de terraplanagem (US$ 179,8 milhões, 3,0%) e veículos e materiais para vias férreas (US$ 175,9 milhões, 2,9%).

Mercados


As exportações do setor tiveram a China como principal destino em 2011, com vendas de US$ 10,6 bilhões, representando 35,9% do total exportado. Na sequência, aparecem: Japão (US$ 2,8 bilhões, participação de 9,3%), Países Baixos (US$ 1,7 bilhão, 5,8%), Coreia do Sul (US$ 1,5 bilhão, 5,1%) e Alemanha (US$ 1,3 bilhão, 4,5%).

A China também foi o principal mercado fornecedor das trading companies brasileiras em 2011, somando US$ 1,5 bilhão, valor equivalente a 25,1% das compras do setor no ano. Na segunda posição está a Argentina (US$ 1,1 bilhão, participação de 18,7%), seguida por Estados Unidos (US$ 765,4 milhões, 12,7%), Reino Unido (US$ 337,7 milhões, 5,6%) e México (US$ 299,5 milhões, 5%).

Trading companies


São consideradas trading companies as empresas comerciais exportadoras amparadas pelo Decreto-Lei nº 1.248/72. Estas empresas contam com a simplificação em procedimentos administrativos e fiscais sobre as operações de comércio exterior, além da possibilidade de utilizar o depósito em entreposto sob o regime aduaneiro extraordinário de exportação.

Em geral, as operações intermediadas por empresas comerciais exportadoras são classificadas como exportações indiretas e apresentam vantagens, principalmente, para o pequeno e médio produtor nacional que não dispõe de uma estrutura própria dedicada às operações de comércio exterior, entre elas:

- Exportação de produtos de diferentes fornecedores de forma consolidada;
- Necessidade de menor capital de giro, devido às operações casadas;
- Melhor atendimento aos clientes, por oferecer variada gama de produtos;
- Redução dos custos operacionais;
- Estoques que permitem regularidade de fornecimento;
- Atuação em diversos mercados.


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