terça-feira, 15 de março de 2011

Noticia - Produção de carros depende de importação | Valor Online


O Japão é o maior exportador de autopeças para o Brasil. No ano passado, as encomendas somaram US$ 1,84 bilhão, o que representou 14% de todas as importações de componentes automotivos. A maior parte foi usada na fabricação de veículos de marcas japonesas, ainda dependentes de itens produzidos no país de origem. Embora nenhuma empresa comente o assunto, por enquanto, a desaceleração da atividade produtiva no país castigado por uma catástrofe pode levar a uma interrupção nas linhas de montagem também no Brasil. 

As subsidiárias de montadoras japonesas são as que mais dependem de componentes fabricados nas matrizes. Isso acontece, em grande parte, como resultado do alto grau de exigência de qualidade que essa indústria criou antes de ser afetada pela onda mundial de recalls. Como consequência, o ritmo de investimentos nas equipes de desenvolvimento de produto e de engenharia fora do Japão é muito mais lento do que em empresas de outras origens, como as europeias e americanas. 

Quando começou a fabricar o modelo Corolla no Brasil, em 1998, a Toyota passou um bom tempo trazendo do Japão o macaco, equipamento usado para a troca de pneu. Foram necessários meses de testes, segundo informações de fontes da empresa, para encontrar fornecedores locais que atendessem às exigências de qualidade da companhia.

Em razão desse grau de exigência de qualidade uma grande parte de componentes do equipamentos importantes no automóvel, como o motor, considerado o coração do veículo, ainda depende de importação da matriz.

Além da Toyota, Honda, Nissan e Mitsubishi têm linhas de produção no Brasil. Juntas, essas marcas venderam, em 2010, pouco mais de 300 mil veículos, o que representou quase 9% do mercado brasileiro. A maior parte desse volume foi produzido no Brasil. Os automóveis mais luxuosos são importados do Japão. No caso da Nissan, porém, as importações de veículos vêm da fábrica no México. 

A Mitsubishi é uma das empresas mais dependentes do produto japonês. A fábrica instalada em Catalão (GO) é uma operação que pertence a um grupo brasileiro que tem licença da marca asiática para produzir no país. Além dessas quatro empresas com fábricas no país, os carros das marcas Subaru e Suzuki chegam ao país por meio da importação direta do Japão.
Concentrada em duas marcas japonesas - Honda e Yamaha - a indústria de motocicletas depende menos da importação. Mas a catástrofe da semana passada poderá comprometer a venda de modelos de competição, todos vindos do Japão.

Os prejuízos no país asiático poderão comprometer também o ritmo do investimento da Toyota na nova fábrica em Sorocaba (SP), onde será produzido um novo carro compacto. A previsão inicial do projeto é iniciar a produção de carros em Sorocaba no próximo ano. Os japoneses também estão na fase de testes dos carros elétricos fora do Japão e o Brasil integra o roteiro.

Procuradas, nenhuma das montadoras forneceu detalhes sobre os riscos para as operações no Brasil. A maioria ainda aguarda definições das direções mundiais, que têm passado as últimas horas em reuniões, discutindo, antes de mais nada, como fornecer ajuda para as vítimas da tragédia.

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