Cerca
de 900 trabalhadores da Companhia Docas do Rio de Janeiro atenderam à
convocação da Federação Nacional dos Portuários e pararam de trabalhar
ontem (8) nos quatro portos do estado. De acordo com o presidente do
Sindicato dos Portuários do Rio de Janeiro, Sérgio Giannetto, a
paralisação de 24 horas atinge, além do Porto do Rio, um dos mais
movimentados do país, os portos de Angra dos Reis (litoral sul),
Niterói e Itaguaí (ambos na região metropolitana do Rio). A interrupção
do serviço causa atrasos na atracação dos navios e no embarque e
desembarque de cargas.
O
presidente do sindicato explicou que a paralisação foi decidida porque
o governo federal, em 1993, se comprometeu com o repasse de R$ 400
milhões para o Portus, o fundo de pensão da categoria, que garantiria
uma complementação da aposentadoria dos empregados que aderiram ao
plano. Segundo Giannetto, o dinheiro não foi repassado completamente.
"O presidente Luis Inácio Lula da Silva, na época de seu mandato, pagou
R$ 250 milhões, mas a presidenta Dilma Roussef não deu os R$ 150
milhões que ainda faltam".
Ele
informou ainda que, no dia 23, o sindicato irá paralisar o serviço em
todo o Brasil caso o governo não resolva a situação. "Nós vamos fazer
uma paralisação geral de Manaus ao Rio Grande (RS)". A Companhia Docas
informou que desconhece o movimento e que está operando dentro da
normalidade.