quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Noticia - Empresários brasileiros participam de reuniões de negócios durante o Brasil Tecnológico na Rússia - Apex-Brasil/Comexdata.

Evento realizado pela Apex-Brasil apresentou as soluções tecnológicas para o mercado russo e aproximou empresas e entidades brasileiras de compradores internacionais

A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) realizou, nesta terça e quarta-feira (1º e 2 de novembro), em Moscou, a edição do Brasil Tecnológico 2011 - Rússia, com a participação de 25 empresas e entidades brasileiras do setor de tecnologia e cerca de 150 empresas e entidades russas. Além de criar oportunidades de negócios, o Brasil Tecnológico promoveu seminários para apresentar as soluções brasileiras nas áreas de nanotecnologias, petróleo e gás, tecnologias agrícolas e sistemas bancários.

Para o coordenador de Imagem e Acesso a Mercados da Apex-Brasil, Ricardo Santana, esses números comprovam a importância de estreitar as relações comerciais entre os dois países nesse setor. "O evento nos deu oportunidade de validar as informações que possuíamos sobre a Rússia e de conhecer um pouco mais sobre sua cultura e dinâmica. Por outro lado, levamos informações sobre nossos setores de tecnologia ainda desconhecidos para os empresários russos e que podem contribuir muito para o desenvolvimento tecnológico local", avalia.

De acordo com o representante da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Joaquim Kavakama, os dois países têm grande potencial para cooperação. "No caso das tecnologias bancárias, além da troca de conhecimento, Brasil e Rússia são potenciais parceiros para a troca comercial de produtos e sistemas", explica. Conforme Kavakama, o Brasil já passou pelo mesmo momento que a Rússia vive hoje e buscou soluções para reduzir os riscos, tornando-se, assim, referência no setor de pagamentos. "Tivemos uma reunião com o Banco Central Russo e percebemos que, ao invés de começar do zero, a Rússia pode utilizar a tecnologia do Brasil e vice-versa", afirma. O representante da Febraban comentou ainda que, com maior interação e comércio, será necessária a instalação de bancos brasileiros na Rússia para facilitar o fluxo financeiro entre os dois países.

O representante da Embrapa, Filipe Teixeira, concorda com a possibilidade de cooperação entre Brasil e Rússia, principalmente quando o assunto é tecnologia agrícola. "A Embrapa fez grandes avanços por meio do intercâmbio de informação, e hoje temos muito com que contribuir para o desenvolvimento agrícola do Leste Europeu", concluiu. A pesquisa agropecuária permitiu a adaptação de culturas aos diversos tipos de clima e solo do país. Hoje, a indústria brasileira do agronegócio responde por 25% do PIB e 30,3% das exportações, e o Brasil é o principal produtor e exportador mundial de açúcar, café e suco de laranja, figurando entre os três principais em soja, milho e carne bovina.

O Brasil Tecnológico também foi bem avaliado pelos russos. O secretário executivo do Conselho de Negócios Rússia-Brasil, Alexander Zhitmarer, participou do evento durante os dois dias e se interessou pelas oportunidades de cooperação. "Como estamos distantes, muitas vezes fica difícil realizar reuniões de negócios. Aqui, foi possível perceber que somos países irmãos e que, mesmo não falando a mesma língua, é muito fácil se comunicar com o Brasil e fazer negócios que possam contribuir para nossa modernização", declarou o secretário russo.

A empresária russa Marianna Novikova, da Best Efforts, participou de uma reunião de negócios com a empresa brasileira Biolab, que produz dermocosméticos com nanotecnologia. "Encontrei uma parceria interessante no Brasil que trabalha justamente com o que buscávamos. Esperamos agora implementar essa parceria", comentou.

Para o presidente da Apex-Brasil, Mauricio Borges, essa é apenas uma etapa de diversas ações que serão realizadas visando o fortalecimento das relações comerciais com a Rússia. "Colocamos a Agência à disposição para apoiar as ações que poderão estreitar nossas relações para intercâmbio de informações e conhecimentos e para troca de produtos e sistemas tecnológicos", explica Borges.

Sobre o Brasil Tecnológico
O Brasil Tecnológico é uma iniciativa da Apex-Brasil em conjunto com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), a Embaixada do Brasil em Moscou, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), a Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos, Odontológicos, Hospitalares e de Laboratórios (Abimo), a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), a Organização Nacional da Indústria do Petróleo (Onip), o Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças) e a Associação para a Promoção da Excelência do Software Brasileiro (Softex).

Na abertura do evento, estiveram presentes o embaixador do Brasil na Rússia, Carlos Antônio Paranhos, o senador brasileiro Luiz Henrique da Silveira (PMDB-SC), o diretor do Ministério das Relações Exteriores da Federação da Rússia, Yuri Korchagin, o coordenador da Câmara Empresarial Brasil-Rússia, Sergey Vassiliev, e o presidente da Apex-Brasil, Mauricio Borges.

De acordo com o embaixador Carlos Antônio Paranhos, o Brasil Tecnológico contribui para a criação de mais oportunidades entre os países. "O Brasil já possui uma imagem positiva na Rússia por sua riqueza turística e cultural, mas poucos sabem que o país possui uma das maiores economias do mundo, com indústria estruturada e sistema de serviços dinâmico. Tivemos a oportunidade de mostrar que o país é tudo aquilo que os russos imaginam e muito mais", afirmou.
A Apex-Brasil já organizou outras quatro edições do Brasil Tecnológico (México, África do Sul, Colômbia e Peru) com a participação de 179 empresas brasileiras e a realização de quase dois mil contatos comerciais.

Relações Brasil-Rússia
A Rússia é o 10º maior parceiro comercial do Brasil. Em 2010, as exportações brasileiras para a Rússia chegaram a US$ 4,1 bilhões, sendo US$ 1,8 bilhão em produtos industrializados. Até agosto deste ano, o Brasil já exportou US$ 3,5 bilhões, sendo US$ 1,9 bilhão em produtos industrializados. Entre os bens mais comercializados estão peças de aviões, máquinas agrícolas, autopeças e motores.

Para ampliar as relações comerciais entre os dois países, a Apex-Brasil possui, desde 2010, um Centro de Negócios (CN) em Moscou (Rússia). A proposta do CN Moscou é promover a internacionalização das empresas brasileiras, estimular as exportações dos serviços e produtos nacionais para o Leste Europeu e atrair investimentos estrangeiros diretos para o Brasil. "Pretendemos ser o agente facilitador dos negócios entre os empresários e as instituições governamentais, abrindo possibilidades para que os brasileiros retornem à Rússia para novos encontros comerciais e estimulando a visita dos russos ao Brasil", comentou Almir Américo, representante do CN Moscou.

Mais informações:

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