O
aquecimento da economia interna brasileira é responsável pelo aumentos
nos gastos em compras internacionais avaliou ontem (2) o secretário
executivo do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio
Exterior, Alessandro Teixeira. "A dinâmica da economia interna tem sido
mais forte que da economia externa. É normal que a importação continue
elevada, já que importamos bens necessários para a produção de bens
finais, que têm mantido a economia brasileira", disse.
De
janeiro a abril, as importações brasileiras somam US$ 71,328 bilhões,
um aumento de 3,4% sobre o mesmo período do ano passado. Do lado das
exportações, no mesmo período, o crescimento foi mais modesto, 2%. No
acumulado do ano, as vendas externas somam US$ 74,646 bilhões.
Diante
de um cenário de instabilidade econômica internacional, é "normal" que
o Brasil sinta dificuldade nas exportações. "É normal que o front
externo esteja com maior dificuldade porque (a economia) da Europa é
ponto de interrogação, (economia) da Ásia é ponto de interrogação e
Estados Unidos está se recuperando agora", explicou Teixeira.
O
secretário-executivo acredita que a meta de exportações de US$ 264
bilhões do governo para 2012 é compatível com o atual cenário. "Nossa
previsão de aumento de 3,1% é realista com o cenário difícil. Nossa
análise é muito pé no chão. Não é meta fácil, vamos ter que colocar
esforço razoável, mas é meta factível. Se melhorar o cenário a
tendência é melhorar ( a estimativa), acho difícil o cenário piorar",
disse. No ano passado, a meta foi US$ 257 bilhões.