sexta-feira, 29 de julho de 2011

Noticia - Empresa brasileira é a primeira da AL a ter um dos rótulos ambientais mais respeitados do mundo - MDIC/Comexdata.

A fábrica de papel, no município de Luiz Antônio-SP, da empresa International Paper, é a primeira da América Latina a conseguir o rótulo ambiental "The Flower", considerado um dos mais importantes do mundo. No ano passado, a empresa foi a terceira maior produtora de papel do Brasil e segunda maior exportadora.

O processo de certificação aconteceu após uma auditoria realizada pela Comissão do Rótulo Ecológico da União Europeia e uma capacitação coordenada pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

O rótulo é o reconhecimento internacional de que o processo produtivo é realizado com menor impacto ambiental em comparação com outros produtos similares disponíveis no mercado. "É uma vantagem competitiva importante para o aumento das exportações, em função da crescente demanda por produtos que respeitem o meio ambiente", afirma a secretária de Comércio Exterior do MDIC, Tatiana Lacerda Prazeres.

A iniciativa atende à instrução da Conferência Ministerial de Doha, da Organização Mundial de Comércio (OMC), realizada em 2001. A participação brasileira teve início em 2007, quando a Secex assinou termo de compromisso com os coordenadores internacionais: o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), responsável pela parte administrativa, e a Comissão da União Europeia, que financia o projeto. A finalidade do projeto é incentivar a capacitação de agentes do governo e do setor privado de países em desenvolvimento para aumentar a adesão à rotulagem ambiental.

Papel e celulose


Para participar do projeto, a Secex escolheu o setor de papel e celulose. Foram levados em conta aspectos técnicos e de relevância na pauta de exportações para o mercado europeu, além de requisitos ambientais importantes para alcançar competitividade global.

No projeto, foi selecionado o papel de tipo para cópia e impressão. A indicação das empresas participantes foi feita pela Associação Brasileira de Celulose e Papel (Bracelpa). A metodologia utilizada foi a Avaliação do Ciclo de Vida (ACV) do produto.

A fabricação do papel brasileiro foi analisada desde a formação das florestas de eucalipto e pinho, que são utilizadas como matéria-prima, até a etapa em que o produto final é vendido aos consumidores. Houve o exame minucioso para descartar riscos de contaminação da saúde humana e do meio ambiente.

Também foram organizados vários seminários e workshops internacionais, além de cursos de capacitação e treinamentos, para que, em cada país selecionado, pelo menos uma empresa tivesse um produto certificado pela União Europeia.

Brasil na liderança


O Brasil é o primeiro país a conseguir o selo entre os que fazem parte do projeto. Também participaram a China, com monitores de computadores; a Índia e a África do Sul, com produtos têxteis; além de México e Quênia, com calçados de couro.

O projeto de cooperação termina este mês. Uma segunda fase está prevista com a inclusão de outros setores da indústria brasileira. A expectativa da Secex é assinar a prorrogação com o PNUMA ainda no segundo semestre de 2011.

O que é o The Flower


O rótulo ecológico europeu é um regime voluntário, criado em 1992, para incentivar as empresas a comercializar produtos e serviços que respeitem o meio ambiente. Os que recebem o rótulo podem utilizar o logotipo em forma de flor nas embalagens dos produtos para que os consumidores os identifiquem facilmente.

Atualmente, mais de 900 empresas estão certificadas pelo rótulo, em mais de trinta países, em um mercado que movimenta aproximadamente 1 bilhão de Euros. Além dos países que formam a União Europeia, Estados Unidos, Canadá, Austrália, Japão e Tailândia também possuem empresas certificadas com o The Flower.

Mais informações para a imprensa:
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Mara Schuster
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Noticia - Associação de exportadores aprova medidas do governo para conter valorização do real - Agência Brasil/Comexdata.

As medidas cambiais anunciadas quarta-feira (27) pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, são positivas, "porque é a primeira vez que se adota alguma coisa contra as causas da valorização do real." A avaliação foi feita ontem (28) pelo vice-presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro.

De acordo com ele, as medidas não vão resolver todos os problemas. "Temos que entender que o Brasil faz parte do mundo econômico", disse, referindo-se à expectativa sobre a questão da dívida norte-americana, cuja definição é esperada para a próxima semana. "Se o problema dos Estados Unidos não for resolvido, infelizmente terá reflexo para o Brasil".

Apesar disso, Castro considera que as medidas tomadas pelo governo federal estão no caminho certo. "Elas reduzem significativamente a especulação cambial, que é feita a partir do exterior para o Brasil". Segundo ele, alguns poucos exportadores que fazem operações de hedge (proteção) podem vir a ser tributados. Mesmo que isso ocorra, acrescentou, o ganho que eles devem ter com a desvalorização do real é muito maior do que a tributação."Mesmo que haja tributação, a empresa continua ganhando".

De acordo com o vice-presidente da AEB, as medidas não vão alterar as projeções feitas para a balança comercial brasileira este ano. "O Brasil exporta 70% de commodities [produtos agrícolas e minerais comercializados no mercado internacional]. E elas, hoje, não têm problema algum decorrente da taxa de câmbio". Os preços dessas produtos se mantêm elevados no exterior e o Brasil "tira proveito da situação".

O problema, apontou Castro, está nos produtos manufaturados. As medidas cambiais não terão impacto imediato em termos de aumento das exportações, porque esse segmento precisa de um tempo para "produzir, vender e embarcar."

Pelas projeções da AEB, as exportações brasileiras devem somar US$ 244,56 bilhões este ano, com aumento de 21,1% em comparação aos US$ 201,91 bilhões registrados em 2010. Três commodities (minério de ferro, soja e petróleo) deverão seguir liderando as exportações do país em 2011.

Noticia - Estrangeiros vão poder comprar produtos brasileiros via internet por meio de intermediadoras de pagamento com cartão - Agência Brasil/Comexdata.

O Conselho Monetário Nacional (CMN) autorizou ontem (28) a venda de produtos brasileiros via internet para estrangeiros por meio de empresas "facilitadoras" de pagamentos feitos com cartão de crédito. Essas companhias servem como intermediadoras em compras internacionais quando não se conhece o fornecedor do produto.

Segundo o chefe da Gerência Executiva de Normatização de Câmbio e Capitais Estrangeiros do Banco Central, Geraldo Magela Siqueira, antes, esse tipo de compra só era autorizado na via oposta, quando brasileiros faziam compras no exterior via internet, o que prejudicava o empresariado brasileiro. "Estamos eliminando a assimetria, que é desfavorável aos nossos importadores, principalmente facilitando o acesso para micro e pequenas empresas brasileiras. Estamos autorizando que essas empresas se utilizem do mercado de câmbio brasileiro", disse.

O objetivo, com a medida, é trazer mais segurança e facilidade à compra. "Você não dá o número do cartão para o fornecedor e, sim, para a empresa facilitadora. Com isso, os compradores, no exterior, que não conhecem a empresa que está vendendo o produto, não precisam mais fazer o pagamento diretamente em seu site. Podem se utilizar destas empresas. Eles se sentirão mais seguros para fazer as compras, porque essas empresas são acreditadas internacionalmente", explicou Siqueira. Ele não citou nomes de empresas, mas, no mercado, são conhecidas por fazerem esse tipo de transação a PayPal e a PagSeguro.

Ainda de acordo com Siqueira, a medida está relacionada apenas à forma de pagamento da compra. "Não estamos fazendo alteração ou impacto na regulamentação aduaneira ou comercial, trata-se apenas de pagamentos", disse. Além disso, não há limite de valores para a operação. "Os volumes não devem ser importantes em termos de fluxo, mas a medida deve atender bem às micro e pequenas empresas", destacou.

Noticia - Um dia após o anúncio de medidas cambiais, dólar volta a fechar em alta - Agência Brasil/Comexdata.

Um dia após o anúncio das medidas para conter a valorização do real, o dólar registrou nova alta ontem (28) e fechou o dia em R$1,56. Quarta-feira (27), a moeda americana fechou o dia sendo negociada a R$ 1,55. Na terça-feira (26) ela chegou a valer R$ 1,53.

O governo aumentou a alíquota do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF) para algumas transações no mercado futuro com objetivo de combater a especulação com a valorização do real.

Para especialistas, as medidas devem atenuar a tendência de fortalecimento da moeda nacional verificada nos últimos meses. As novas regras serão operacionalizadas em dois meses.

O prazo é necessário para que os técnicos do Ministério da Fazenda e da Comissão de Valores Mobiliários desenvolvam sistemas informatizados para o recolhimento do imposto. Enquanto o sistema não estiver pronto, as empresas deverão calcular o imposto devido a partir de ontem (27) e pagar tudo de uma só vez no dia 5 de outubro.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Noticia - Medidas do governo devem atenuar valorização do real, avaliam especialistas - Agência Brasil/Comexdata.

A valorização do real deverá ser atenuada, mas sem reversão da tendência de alta, com as medidas anunciadas ontem (27) pelo governo, segundo os especialistas ouvidos pela Agência Brasil. Entre as novas regras publicadas no Diário Oficial da União por meio de medida provisória está o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para algumas operações no mercado futuro.

O presidente do Conselho Regional de Economia de São Paulo (Corecon-SP), Heron do Carmo, disse que os anúncios de ontem complementam as medidas tomadas desde o início do ano pelo governo para conter o câmbio. "Foi uma medida que teve algum efeito no mercado. Pode ser entendida como uma medida de caráter prudencial que complementa outras que já foram adotadas".

As medidas, entretanto, apenas reduzirão o ritmo de valorização da moeda nacional, na avaliação de Carmo. Alta induzida, segundo ele, pela crise na Europa e as incertezas em relação à economia norte-americana. "Essa é uma medida para atenuar essa tendência de valorização do real. Nada indica que isso vá alterar essa situação de real forte que nós já estamos vivendo".

O gerente de Câmbio da corretora Treviso, Reginaldo Galhardo, considerou as medidas "paliativas". "A gente viu o mercado operando ontem mais em alta [em relação ao dólar], mas por segurança", ressaltou. Segundo ele, o aumento da cotação da moeda norte-americana aconteceu principalmente devido às incertezas sobre a amplitude das novas regras.

O presidente da Associação Brasileira de Corretoras de Câmbio, Liberal Leandro Gomes, também acredita que grande parte dos efeitos das medidas estão ligados a uma reação psicológica dos investidores. "O efeito psicológico é muito grande".

Apesar de considerar o anúncio de ontem um acerto, Gomes avaliou que o câmbio só cederá de maneira definitiva com a adoção de outras ações.

Na opinião de Carmo, só serão tomadas novas medidas se o real continuar a se valorizar de maneira "persistente". Ele avalia, no entanto, que no médio prazo, o dólar deve se estabilizar em um patamar de cerca de R$ 1,60. "O mais provável é que tenhamos uma melhora do cenário internacional, com solução desses problemas que vem afetando a economia americana e europeia. Isso tudo pode levar a alguma tendência de reversão da valorização do real".

Galhardo, porém, vê com preocupação as ações para conter a queda do dólar. "O mercado se sente cansado. Estamos desde janeiro, com o câmbio sendo massacrado", reclamou. Ele teme que o governo exagere nas medidas e acabe espantando os investidores estrangeiros.

Noticia - Exportação de cooperativas brasileiras aumenta 37% no primeiro semestre em relação a ano passado - Agência Brasil/Comexdata.

As cooperativas brasileiras exportaram US$ 2,7 bilhões em produtos no primeiro semestre de 2011. O resultado recorde, de acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), é 37,7% superior ao registrado no mesmo período do ano passado, quando as vendas chegaram a quase US$ 2 bilhões. As quantidades exportadas cresceram 11,19%, totalizando 4,2 milhões de toneladas.

"O aumento nos valores e quantidades exportados reflete também o incremento no preço das commodities e a alta do consumo", explica o analista de Mercados da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Marco Olívio Morato. "A tendência é que esse panorama se mantenha e o movimento feche o ano com uma margem de 11% de crescimento em relação a 2010, totalizando cerca de US$ 5 bilhões em exportações", avaliou.

O presidente da OCB, Márcio Lopes de Freitas, disse que os crescimentos recordes das exportações do segmento são resultado de investimentos na profissionalização dos negócios e oferta de produtos de qualidade com valor agregado. "Um de nossos objetivos é consolidar mercados tradicionais, o que explica, inclusive, uma retomada mais forte das relações comerciais com países da Europa", disse Freitas, por meio de nota.

Apesar das importações das cooperativas terem aumentado 44,4% na comparação entre o primeiro semestre de 2010 e o mesmo período deste ano, passando de US$ 114,3 milhões para US$ 165,1 milhões, o saldo da balança comercial do setor também foi recorde. O aumento do saldo foi 37,3%, saltando de US$ 1,88 bilhão para US$ 2,58 bilhões, do primeiro semestre de 2010 para os primeiros seis meses deste ano.

Segundo Morato, o aumento das importações deve-se principalmente à elevação do preço dos insumos. Os produtos mais vendidos pelas cooperativas, de janeiro a junho, foram os do complexo sucroalcooleiro, com US$ 868,6 milhões. Em segundo lugar nas vendas externas do segmento, aparecem os produtos do complexo soja, com US$ 690 milhões em exportações.

O principal cliente das cooperativas brasileiras foi a Alemanha, responsável por US$ 317,6 milhões, ou 11,6% das vendas do segmento. Logo depois, aparecem a China (US$ 303,2 milhões - 11%), os Estados Unidos (US$ 230,4 milhões - 8,4%), Emirados Árabes (US$ 215,4 milhões - 7,8%), Países Baixos (US$ 144,8 milhões - 5,3%) e a Rússia (US$ 139,9 milhões - 5,1%).

Apenas três estados representam mais de 80% das vendas dentro do setor cooperativista brasileiro: o Paraná, com US$ 1 bilhão, ou 36,7% de todas as exportações; São Paulo, com US$ 815 milhões, ou 29,7%; e Minas Gerais, com 14,1%. Destacam-se ainda o Rio Grande do Sul, com US$ 229,4 milhões, ou 8,4%, e Santa Catarina, com US$ 133,8 milhões, ou 4,9%.

Noticia - Presidente da EPE aposta em intercâmbio tecnológico entre Brasil e China - Agência Brasil/Comexdata.

Ao participar ontem (27) de um seminário sobre cooperação na área ambiental entre o Brasil e a China, o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Mauricio Tolmasquim, disse que os dois países têm grande potencial hidrelétrico ainda inexplorado que poderá ser desenvolvidos por meio do intercâmbio tecnológico bilateral.

"Ambos têm grandes potenciais hidrelétricos ainda não explorados", assinalou o presidente da EPE. "Os dois países estão investindo em [energia] eólica [dos ventos]. Então, há um grande potencial de cooperação nessa área. Acho que um [país] tem muito a aprender com o outro".

Segundo Tolmasquim, um dos desafios das próximas décadas, tanto para o Brasil como para a China, é atender a demanda crescente de energia, preservando o meio ambiente. "Os países emergentes vão demandar mais energia. A gente tem que achar maneiras de crescer consumindo menos e emitindo menos (gases poluentes). Isso é possível, porque a gente pode desenvolver usando novas tecnologias disponíveis."

Outra área em que há possibilidades para o intercâmbio entre o Brasil e China é a produção de biocombustíveis. Segundo o diretor da Coordenação de Programas de Pós-Graduação de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ), Luiz Pinguelli Rosa, está em processo de montagem na instituição uma usina de fabricação de biodiesel, usando uma nova tecnologia, desenvolvida na China, que poderá ser vantajosa para o Brasil.

Pinguelli disse que a usina terá caráter experimental e vai produzir biodiesel usando enzimas, em um processo diferente do que é adotado hoje no país. A usina entrará em funcionamento neste semestre.

Noticia - Ministro português diz que investimento brasileiro será bem tratado no país - Agência Brasil/Comexdata.

O ministro de Negócios Estrangeiros de Portugal, Paulo Portas, disse ontem (27) que os investimentos brasileiros serão "bem tratados" em Portugal e que o país honrará seus compromissos apesar da crise financeira. O abalo da economia portuguesa e as privatizações que ocorrerão para tentar amenizar a quebra das contas internas foram temas do encontro entre Portas e o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Antonio Patriota, que ocorreu ontem à tarde no Palácio do Itamaraty.

"Nós cremos que o investimento português e as empresas portuguesas são bem tratados no Brasil, também sabemos que devemos tratar bem os investimentos brasileiros em Portugal. É essa situação, em que ambos ganham, a nossa perspectiva enquanto governo", disse o ministro português. De acordo com ele, as privatizações vão ocorrer de forma transparente e rigorosa e os investidores podem esperar segurança política, institucional e jurídica em Portugal.

O governo português adotou as privatizações para tentar amenizar a crise financeira resultante do estouro da dívida soberana. Em março, agências de classificação rebaixaram a nota de grau de investimento do país, o que agravou o clima de insegurança entre investidores e países parceiros. Uma ajuda financeira entre 70 bilhões e 80 bilhões de euros foi cogitada e países da União Europeia cobraram reformas e austeridade fiscal.

Para Patriota, caberá aos empresários brasileiros avaliarem a participação nas privatizações. "Isso compete ao empresariado e com base em considerações de interesse comercial. Vai ser um processo transparente em que haverá previsibilidade", disse o ministro brasileiro. A expectativa é que, até 2013, sejam feitas privatizações que resultem em mais de 6 bilhões de euros para os cofres portugueses. Uma das estatais que devem passar pelo processo é a empresa aérea TAP, que já opera no Brasil.

Portas deixou o encontro tecendo elogios à economia brasileira. "O Brasil é hoje, por mérito próprio, um país muito importante e não é sequer uma economia emergente, é uma economia que já emergiu. E por isso é importante explicar bem qual é a narrativa correta do ponto de vista do governo português sobre a crise financeira".

Sobre a crise da dívida interna dos Estados Unidos, Portas foi otimista: "mesmo que as notícias de ontem sejam preocupantes, eu acredito que as de amanhã serão melhores". Já Patriota afirmou que a economia americana tem impacto sobre as demais, mas ressalvou que o Brasil tem bons indicadores para driblar uma possível crise.

Noticia - Brasil e China desenvolvem cooperação na área de energia renovável - Agência Brasil/Comexdata.

A cooperação firmada entre o Brasil e a China, por meio do Centro China-Brasil de Mudança Climática e Tecnologias Inovadoras para Energia, poderá resultar em benefícios para o Brasil especialmente na área de energias renováveis, disse o diretor de Tecnologia e Inovação da Coordenação de Programas de Pós-Graduação de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe-UFRJ), Segen Estefen. Ele participou de seminário realizado ontem (27) pelo Centro China-Brasil, na Cidade Universitária, no Rio de Janeiro.

O Centro China-Brasil é fruto de parceria entre a Coppe e a Universidade de Tsinghua, principal universidade chinesa na área de engenharia. O centro tem por objetivo formular estratégias e ações para subsidiar decisões dos dois governos nas áreas de energia e de meio ambiente.

Segen Estefen declarou que o Brasil e a China têm características comuns em termos de discussões sobre as emissões de gases poluentes, o que abre um espaço de convergência na atuação dos dois países, "o que é positivo para o Brasil". Ele destacou que em relação às tecnologias renováveis, sobretudo, em que a China vem exercendo preponderância nos últimos anos, em função do baixo custo de produção, são grandes as oportunidades de transferência de tecnologia para o Brasil, principalmente em torres dos aerogeradores, na parte de energia eólica (dos ventos), e também nos painéis solares, com destaque para o fotovoltaico.

"Nesse contexto, a Coppe busca uma parceria, na qual nós poderíamos contribuir no avanço dessas tecnologias mas, ao mesmo tempo, trabalhar as tecnologias para a realidade brasileira, para que elas sejam mais eficientes para as condições do Brasil". A Coppe deve assinar nos próximos dias um acordo com uma grande empresa chinesa fabricante de aerogeradores, "dentro da possibilidade de o Brasil tropicalizar esses equipamentos", disse.

Outro projeto em andamento, que prevê a permanência de dois pesquisadores da Coppe na China pelo período de 60 dias, trata da produção de biocombustíveis, com ênfase no biodiesel. "Nós usaríamos palma para a fabricação de biodiesel, que é uma tecnologia que os chineses desenvolveram com a Dinamarca e nós queremos também adequar para a realidade brasileira".

De acordo com Segen Estefen, a ideia é trabalhar com os chineses naquilo em que eles estão desenvolvidos, mas sempre voltado para a aplicação no Brasil. Avaliou que o país deve aproveitar a dinâmica de crescimento econômico da China "e tentar tirar algum benefício, e não confrontar a capacidade deles de produção". Segundo o diretor da Coppe, dificilmente, o Brasil poderá concorrer com os chineses em termos de produção. "Mas podemos contribuir para o aprimoramento da tecnologia e dividir com eles a propriedade de alguns desenvolvimentos tecnológicos".

A cooperação bilateral entre a Coppe e a Universidade de Tsinghua poderá resultar, na prática, em transferência de tecnologia brasileira para a China e chinesa para o Brasil. "Um dos objetivos é esse. Mas não só transferir. É nós acharmos alguns pontos de convergência onde a experiência nossa possa se agregar à experiência deles".

Apesar dos chineses estarem mais avançados em tecnologia para energia solar e eólica, o país asiático poderá se beneficiar da tecnologia da Coppe, que desenvolve um trabalho de geração de energia a partir de ondas e marés. Estefen disse que os chineses reconhecem também a supremacia brasileira na tecnologia para produção de petróleo em águas profundas. Estudantes chineses estão trabalhando com pesquisadores na Coppe nessa área.

"O que nós queremos é que esse centro em Tsinghua seja aglutinador de iniciativas que nós tenhamos com outras universidades da China". Estefen assegurou que o Brasil não pode ficar alheio ao que ocorre na China. "A China hoje é um vetor muito importante na ordem mundial. E quem não estiver de certa forma interagindo com a China, tende a ficar alienado desse movimento mundial".

Noticia - Patriota reconhece que relação comercial entre Brasil e Argentina exige atenção - Agência Brasil/Comexdata.

Na semana em que a presidenta argentina Cristina Kirchner visita o Brasil, o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, minimizou ontem (27) a crise comercial entre os dois países. "Quando você tem uma relação comercial intensa, é natural que surjam situações que exigem atenção. É assim que acontece com qualquer relacionamento comercial bilateral da importância deste que temos com a Argentina", disse Patriota.

De acordo com o chanceler, a crise comercial não será o tema principal da visita de Kirchner, mas deve constar na agenda que começa na próxima sexta-feira (29). "Questões comerciais têm seus canais habituais já consolidados no diálogo do ministro Pimentel [Fernando Pimentel, ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior] com a ministra Débora Giorgi [ministra da Indústria argentina]".

Desde meados deste ano, intensificaram-se as trocas de acusações do setor industrial dos dois países sobre restrições para entrada de produtos. Na Páscoa deste ano, por exemplo, as cargas de caminhões brasileiros abastecidos com ovos de chocolate foram perdidas devido à demora para entrar na Argentina. No dia 12 de maio, o Brasil impôs barreiras à importação de carros de todos os países, mas a decisão foi vista como uma retaliação à Argentina.

De acordo com Patriota, a visita de Cristina, que começa às 11h, seguirá protocolo sem novidades: reunião bilateral seguida de uma reunião ampliada, contato com a imprensa e almoço no Itamaraty. Mais tarde, Cristina irá inaugurar a nova sede da Chancelaria argentina em Brasília .

Patriota disse que haverá um comunicado conjunto semelhante ao adotado na visita de Dilma a Buenos Aires, com avaliação de áreas de cooperação como a espacial, nuclear, financeira e a coordenação dentro do G20. "Acho que será uma excelente oportunidade para fazermos uma avaliação aqui do percurso já transcorrido nesses primeiros meses desde que a presidenta Dilma esteve em Buenos Aires".

Noticia - Petrobras vê mais importação de derivados até inaugurar refinarias - Reuters/TN Petróleo.

As importações de derivados de petróleo pela Petrobras deverão crescer quase 10% em 2011, na comparação com 2010, indicando o que pode acontecer nos próximos anos diante da demanda crescente do mercado interno enquanto as refinarias planejadas pela estatal não entram em operação.

Segundo o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, as importações de derivados de petróleo vão crescer de 299 mil barris diários em 2010 para 328 mil barris/dia em 2011.

"Importação depende da demanda... se a demanda crescer, tem que alguém importar", afirmou Gabrielli durante apresentação do Plano de Negócios da companhia para o período 2011-2015.

"Nós temos um estrangulamento físico na capacidade de crescer a produção de gasolina, porque o parque de refino está no limite da capacidade", complementou.

Este mês, a Petrobras informou ter elevado a produção de gasolina em pouco mais de 10% ante o mesmo mês do ano passado, otimizando operações nas refinarias.

Mas esse ganho de produção tem limites para atender ao forte consumo, ainda mais agora que a produção de etanol está projetada para cair no país neste ano - o consumidor que encontra o álcool hidratado mais caro na bomba opta pela gasolina.

Gabrielli informou que a empresa sempre olha um mês adiante no que se refere a abastecimento, e por isso não há chance de faltar o combustível fóssil.

"Leva 30, 40 dias para entrar um navio aqui (com a gasolina importada)", comentou, admitindo, entretanto, que a importação acarreta maiores custos logísticos para a empresa.

Déficit

Ele disse também durante evento no Rio que, sem as novas refinarias planejadas pela companhia, o déficit de oferta de derivados no Brasil subiria de 5% atualmente para 40% em 2020.

Por isso, a Petrobras vai construir mais quatro refinarias após décadas sem novas unidades, que vão elevar o atual parque de refino de 1,8 milhão de barris/dia para 3,2 milhões de b/d em 2020.

A demanda de petróleo brasileira projetada em 2020 seria de 3 a 3,3 milhões de b/d, dependendo do cenário.

A previsão é de que até 2015 entre em operação a refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, e o Comperj e as outras devem operar até 2019.

Preços

O presidente da Petrobras voltou a afirmar que "em algum momento" a estatal vai reajustar os combustíveis cujos preços são controlados - gasolina, diesel e GLP -, mas que não há como prever quando isso será feito.

O último aumento da gasolina e do diesel foi em maio de 2008 e, do GLP, em janeiro de 2010.

"Desde 2003 nós viemos acompanhando o preço internacional no longo prazo e continuaremos acompanhando no longo prazo", afirmou o executivo, que só praticará o ajuste quando o preço do petróleo se estabilizar.

Nas últimas semanas o petróleo, tanto o Brent como o negociado em Nova York (Nymex), tem oscilado entre pequenas altas e baixas em torno dos 118 e 100 dólares, respectivamente.

As afirmações foram feitas durante e após a apresentação do Plano de Negócios da companhia para o período 2011-2015 a investidores e representantes da indústria. O empresa prevê investir 224,7 bilhões de dólares em cinco anos.

Desinvestimento

Pela primeira vez, o plano da companhia foi atrelado a desinvestimentos, da ordem de 13,6 bilhões de dólares, mas os ativos que serão alienados ainda não foram anunciados.

Gabrielli descartou, porém, qualquer alienação na cobiçada área do pré-sal.

"Vamos vender alguns ativos que tenham valor, outros de boa expectativa exploratória, o pré-sal não está nessa história", respondeu a jornalistas antes de seguir para São Paulo onde fará uma nova apresentação do plano hoje (27).

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Legislação - Portaria SECEX nº 24/2011 - Consolidação das Normas Administrativas de Importação, Drawback e Exportação - Drawback - Atos concessórios de drawback - Prorrogação - Alteração.

Noticia - Brasil e Equador querem intensificar cooperação bilateral - Agência Brasil/Comexdata.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores (MRE), ministro Tovar Nunes, disse hoje (26) que o Brasil quer virar a página das dificuldades econômicas vividas com o Equador em 2008. À época, o governo equatoriano ameaçou não pagar uma dívida com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a construção da Hidrelétrica San Francisco, alegando que houve irregularidades na obra. O incidente também resultou na expulsão da construtora Odebrecht do país.

Hoje à tarde, o chanceler Antonio Patriota recebeu o ministro de Setores Estratégicos do Equador, Jorge Glas. Considerado um "superministro", já que sua pasta trata de assuntos fundamentais para o desenvolvimento do país, Glas esteve envolvido na crise bilateral de 2008. À época, ele presidia o Fundo de Solidariedade, que administra as estatais do setor elétrico do Equador.

À Agência Brasil, o porta-voz do Itamaraty disse que a visita de Glas é a continuação de um processo que começou há cerca de duas semanas, com a visita de Patriota ao Equador. "Dentro do projeto de integração com a América do Sul, o Brasil quer consolidar o tratamento positivo ao país e deseja ver um Equador cada vez mais desenvolvido. Se tiver interesse das empresas brasileiras em investirem no país, que continuem."

Além do Itamaraty, Glas deve visitar outros ministérios brasileiros para apresentar projetos estruturantes do país, especialmente na área de energia e de estradas. Foram agendadas audiências nos ministérios da Fazenda; do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior; de Minas e Energia e das Comunicações. "O objetivo é virar a página do período de dificuldade de investimentos e colocar a relação em um patamar de prospecção", assinalou Nunes.

terça-feira, 26 de julho de 2011

Noticia - Angra dos Reis fecha semestre como maior exportador - MDIC/Comexdata.

No primeiro semestre de 2011, 2.230 municípios brasileiros realizaram operações de comércio exterior. Angra dos Reis-RJ foi o que registrou a maior exportação no período (US$ 7,642 bilhões), assim como o maior superávit comercial (US$ 5,951 bilhões).

Na sequência dos municípios que mais exportaram, entre janeiro e junho deste ano, aparecem: Parauapebas-PA (US$ 5,052 bilhões), São Paulo-SP (US$ 3,201 bilhões), Rio de Janeiro-RJ (US$ 2,787 bilhão) e Santos-SP (US$ 2,508 bilhões).

Na relação dos municípios com maiores saldos positivos, Parauapebas-PA (US$ 4,900 bilhão) também ocupa a segunda posição, seguida por Anchieta-ES (US$ 1,940 bilhão); Nova Lima-MG (US$ 1,927 bilhão) e Itabira-ES (US$ 1,836 bilhão).

Na lista dos municípios que mais importaram no período, estão: São Paulo-SP (US$ 7,753 bilhões), Manaus-AM (US$ 6,113 bilhões), São Sebastião-SP (US$ 4,292 bilhões), Rio de Janeiro-RJ (US$ 3.528 bilhões) e Itajaí-SC (US$ 3,139 bilhões).


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Assessoria de Comunicação Social do MDIC
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André Diniz
andre.diniz@mdic.gov.br

Noticia - São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro lideram exportações no semestre - MDIC/Comexdata.

No primeiro semestre de 2011 (janeiro a junho), o maior exportador entre os estados brasileiros foi São Paulo (US$ 27,089 bilhões), acompanhado por Minas Gerais (US$ 18,684 bilhões) e Rio de Janeiro (US$ 14,531 bilhões). Em seguida, aparecem Rio Grande do Sul (US$ 9,261 bilhões) e Paraná (US$ 8,228 bilhões).

Na comparação com o mesmo período de 2010, a maioria dos estados brasileiros aumentou as exportações, com exceção de Amazonas (-23,52%), Rio Grande do Norte (-23,20%), Piauí (-14,28%), Maranhão (-12,19%), Pernambuco (-9,89%), Paraíba (-8,37%) e Rondônia (-5,47%).

Nas importações, São Paulo (US$ 39,636 bilhões) foi também o estado que mais fez compras no exterior no semestre, seguido de Rio de Janeiro (US$ 8,928 bilhões), Paraná (US$ 8,595 bilhões), Rio Grande do Sul (US$ 7,462 bilhões) e Santa Catarina (US$ 6,841 bilhões).

Os estados que apresentaram variação negativa para as importações no comparativo com o primeiro semestre do ano passado foram: Piauí (-59,45%), Rio Grande do Norte (-45,21%), Distrito Federal (-39,53%) e Tocantins (-6,70%).

No semestre, os estados que registraram os maiores superávits no comércio exterior foram: Minas Gerais (US$ 12,927 bilhões), Pará (US$ 7,131 bilhões), Rio de Janeiro (US$ 5,603 bilhão), Mato Grosso (US$ 4,325 bilhão), e Espírito Santo (US$ 2,356 bilhões). Os estados mais deficitários foram São Paulo (US$ 12,546 bilhões), Amazonas (US$ 5,707 bilhões), Santa Catarina (US$ 2,521 bilhões), Pernambuco (US$ 1,725 bilhão) e Maranhão (US$ 1 bilhão).  

Regiões


Em valores absolutos, a Região Sudeste foi a que mais exportou no semestre (US$ 67,528 bilhões), com alta de 35,65% na comparação com as vendas no mesmo período de 2010 e com participação de 57,08% sobre o total vendido pelo país (US$ 118,303 bilhões).

As exportações da Região Norte foram as que mais cresceram no comparativo entre o primeiro semestre de 2011 e o de 2010, com expansão de 68,52%. O Norte exportou US$ 9,031 bilhões, o que representou 7,63% das vendas do país no período.

A Região Sul vendeu US$ 21,810 bilhões, com aumento de 27,07% sobre o período entre janeiro e junho do ano passado e com participação de 18,44% nas exportações brasileiras. Na Região Centro-Oeste, houve crescimento de 24,06% no comparativo das vendas ao mercado externo, que somaram US$ 9,806 bilhões e tiveram participação de 8,29% no acumulado semestral. Os embarques da Região Nordeste (US$ 8,459 bilhões) corresponderam a 7,15% do total exportado pelo país e tiveram aumento de 9,77% na comparação com o primeiro semestre do ano passado.

Quanto às importações, a Região Nordeste foi a que registrou a maior expansão em comparação com o primeiro semestre de 2010 (33,14%), com compras no valor de US$ 10,340 bilhões. Em seguida, aparece a Região Sul, com aumento de 32,47%, e aquisições no valor de US$ 22,899 bilhões.

Já a Região Sudeste comprou US$ 59,187 bilhões (maior valor absoluto), com aumento de 29,23% em relação a janeiro a junho de 2010. A Região Norte teve alta de 18,52% nas importações e somou US$ 4,351 bilhões em compras. No Centro-Oeste (US$ 2,647 milhões), o crescimento foi de 10,67%.

No período, a Região Sudeste teve o maior superávit, com US$ 8,340 bilhões, seguida pelas regiões Centro-Oeste (US$ 4,039 bilhão) e Norte (US$ 1,953 bilhão). Registraram déficits, no semestre, as regiões Nordeste (US$ 1,880 bilhão) e Sul (US$ 426 milhões). 



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Noticia - Superávit é de US$ 383 milhões na quarta semana de julho - MDIC/Comexdata.

O superávit da balança comercial da quarta semana de julho, com cinco dias úteis (18 a 24), foi de US$ 383 milhões, com média diária de US$ 76,6 milhões e a corrente de comércio foi de US$ 10,065 bilhões (média diária de US$ 2,013 bilhões).

As exportações totalizaram, no período, US$ 5,224 bilhões (média diária de US$ 1,044 bilhão). Na comparação com a média diária registrada até a terceira semana do mês (US$ 1,118 bilhão), houve recuo de 6,5%. Caíram as vendas de produtos semimanufaturados (-11,2%), entre eles açúcar em bruto, celulose e semimanufaturados de ferro e aço.  Nos manufaturados (-9,4%), os produtos que tiveram maior retração foram açúcar refinado, combustíveis, automóveis e polímeros plásticos. Entre os básicos (-3,7%), petróleo, soja em grão, carnes de frango e fumo foram os produtos que mais recuaram.

No mesmo período, as importações foram de US$ 4,841 bilhões (média diária de US$ 968,2 milhões). Houve acréscimo de 3,6%, sobre a média diária até a terceira semana (US$ 868,1 milhões), motivado, principalmente, pelo aumento dos gastos com combustíveis e lubrificantes, equipamentos elétricos e eletrônicos, automóveis e partes e produtos químicos.

Mês


As exportações no acumulado mensal, com 16 dias úteis, fecharam em US$ 17,524 bilhões (média diária de US$ 1,095 bilhão). Houve aumento de 36,3% na comparação com a média diária de julho de 2010 (US$ 803,3 milhões). Cresceram as vendas nas três categorias de produtos.

Entre os básicos (51,8%) foram destaques: petróleo em bruto, minério de ferro, soja em grão, café em grão e minério de cobre. Nos semimanufaturados (34,3%), houve maior expansão nas vendas de açúcar em bruto, semimanufaturados de ferro e aço, celulose, alumínio em bruto e catodos de cobre. Nos manufaturados (18,3%), açúcar refinado, óleos combustíveis, óxidos e hidróxidos de alumínio, polímeros plásticos, etanol e máquinas e aparelhos para terraplanagem e veículos de carga foram os que tiveram maior aumento nos embarques.

Frente a junho deste ano (média diária de US$ 1,128 bilhão), a média diária das exportações em julho diminui 2,9%. Houve redução nas vendas de produtos manufaturados (-14,2%) e semimanufaturados (-0,1%), enquanto que aumentaram as vendas de básicos (5,3%).

As importações em julho foram de US$ 14,390 bilhões (média diária de US$ 899,4 milhões). Os gastos tiveram alta de 21,2% em relação ao mesmo mês do ano passado (média diária de US$ 742,2 milhões). Tiveram aumento as aquisições de adubos e fertilizantes (80,1%), veículos automóveis e partes (46,5%), plásticos e obras (34,4%), aparelhos eletroeletrônicos (24,3%) e equipamentos mecânicos (13,1%).

Na comparação com junho deste ano (média diária de US$ 917,2 milhões), as compras brasileiras no mercado internacional tiveram retração de 1,9%, com queda nos gastos de combustíveis e lubrificantes (-19,7%), equipamentos mecânicos (-2,8%), químicos orgânicos e inorgânicos (-2,3%) e instrumento de ótica e médicos (-2,1%).

Nas quatro primeiras semanas de mês, o saldo comercial alcança o valor de US$ 3,134 bilhões (média diária de US$ 195,9 milhões). Pela média, houve crescimento de 220,6% na comparação com junho de 2010 (resultado médio diário de US$ 61,1 milhões). Já em relação em relação a junho deste ano (média de US$ 210,8 milhões), houve queda de 7,1%.  

A corrente de comércio somou US$ 31,914 bilhões (resultado médio diário de US$ 1,994 bilhão), o que representou aumento de 29,1% na comparação com julho do ano passado (média de US$ 1,545 bilhão) e redução de 2,5% sobre a média de junho deste ano (US$ 2,045 bilhões).  

Acumulado anual


De janeiro até a terceira semana de julho, o superávit foi de US$ 16,1 bilhões (média diária de US$ 115 milhões), resultado 71,8% maior que o verificado no mesmo período do ano passado (média diária de US$ 66,9 milhões). Nos 140 dias úteis de 2011, a corrente de comércio somou US$ 255,554 bilhões (média diária de US$ 1,825 bilhão), com aumento de 29,9% sobre a média do mesmo período do ano passado (US$ 1,405 bilhão).

No ano, as exportações alcançaram US$ 135,827 bilhões (média diária de US$ 970,2 milhões), resultado 31,8% acima do verificado no mesmo período de 2010, que teve média diária de US$ 736,2 milhões. O resultado anual acumulado das importações também foi maior (27,8%) em relação ao ano passado (média diária de US$ 669,3 milhões). Em 2011, as importações somam US$ 119,727 bilhões (média diária de US$ 855,2 milhões).


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Noticia - Governo defenderá economia do país de ameaças internas e externas, garante Dilma - Agência Brasil/Comexdata.

A presidenta Dilma Rousseff disse ontem (25) que o governo defenderá a economia brasileira de todas as ameaças internas e externas para manter a capacidade de crescimento. Segundo ela, o Brasil precisa crescer com estabilidade, controle da inflação e robustez fiscal

"Não tenham dúvida de que seremos capazes de defender a economia brasileira de todas as ameaças internas e externas. Estou me referindo à ameaça da inflação, por exemplo, que corrói a renda do trabalhador e que saberemos responder à altura", disse Dilma, ao encerrar reunião com governadores da Região Nordeste, em Arapiraca (AL).

De acordo com Dilma, o país precisa crescer com estabilidade, controle da inflação e robustez fiscal e também gerar empregos. "Temos de crescer e gerar empregos, porque não podemos conceber o Brasil parado, sem a dinâmica da geração de oportunidades para milhões de brasileiros."

Durante a reunião, Dilma disse aos governadores que para desenvolver o Nordeste é necessário uma desconcentração econômica no país. "Não haverá desenvolvimento se não houver desconcentração econômica, de logística, de recursos hídricos e energéticos." Segundo ela, isso tudo precisa resultado em um processo efetivo de distribuição de renda para a população mais pobre.

Na reunião, a presidenta Dilma firmou com os governadores o Pacto pela Erradicação da Miséria.

Noticia - Empresários brasileiros afirmam que barreiras comerciais argentinas prejudicam produção e vendas - Agência Brasil/Comexdata.

Queixa frequente dos empresários brasileiros, a questão das barreiras comerciais entre o Brasil e a Argentina continua em aberto. Os empresários reclamam que a entrada de seus produtos no país vizinho continua difícil e que a liberação dos produtos, que deve ser feita em até 60 dias, segundo determinação da Organização Mundial do Comércio (OMC), não tem sido cumprida.

O problema provocado pelo impasse comercial poderá ser tratado no encontro entre as presidentas do Brasil e da Argentina, Dilma Rousseff e Cristina Kirchner, previsto para os dias 10 e 11 de agosto, em Brasília.

Uma das reclamações vem da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), segundo a qual há máquinas agrícolas paradas nas aduanas. De acordo com a Anfavea, o entrave vem provocando quedas sucessivas na produção e nas vendas internas: a produção nacional caiu 7,2% no primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo período de 2010, e as vendas internas caíram 7,8% na mesma base de comparação.

A secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Tatiana Prazeres, reconhece o problema, mas o considera "pontual", ou seja, nada que atrapalhe a relação bilateral entre os países parceiros de Mercosul. "Do jeito que está escrito nos jornais, parece que o comércio bilateral vive problema muito sério, mas isso não é a realidade", disse Tatiana.

Segundo a secretaria, o problema tem sido monitorado de perto. "Seguimos em estado de alerta." Além disso, Tatiana destacou que o "problema pontual" não tem afetado os números entre os parceiros comerciais. "O governo brasileiro mantém postura firme para garantir avanços. Não é interesse do nosso governo criar obstáculo em um comércio bilateral crescente", afirmou.

No acumulado do ano, as exportações brasileiras cresceram 32,6%, com expansão de 33% nos embarques externos para a Argentina. De janeiro a junho, as vendas para o país vizinho somaram US$ 10,4 bilhões ante os US$ 7,9 bilhões no mesmo período de 2010.

Mesmo com saldo positivo na relação comercial, o problema do entrave nas aduanas argentinas tem afetado diversos segmentos. "Não houve nenhuma mudança na relação comercial dos dois países. Tudo continua muito crítico", afirma a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit).

O mesmo ocorre no segmento de calçados. O diretor executivo da Associação Brasileira da Indústria de Calçados (Abicalçados), Heitor Klein, confirma que o acordo não está sido cumprido. "O acordo não aconteceu. As mercadorias continuam presas. Temos produtos esperando liberação desde março", reclamou Klein.

Atualmente, produtos de 600 setores estão fora da licença automática na Argentina.

Noticia - Rússia decide reduzir cotas de importação para carnes | Valor Online


A Rússia vai reduzir em 32,2% sua cota global de importação de carne suína para 2012, e em 28,5% a cota de importação de carne de frango, numa clara retaliação à demora de países exportadores em dar o apoio final à sua entrada na Organização Mundial do Comércio (OMC). "Se não completamos logo nossa entrada na OMC, as cotas vão cair mais, isso é claro", disse ao Valor o principal negociador russo, Maxim Medvedkov, ontem em Genebra, enquanto fazia pressão para tentar fechar um acordo nas próximas duas semanas. 

Ele confirmou que a cota global de importação para carne suína cairá de 472,2 mil toneladas atualmente para 320 mil toneladas no ano que vem. Haverá outra cota de 30 mil para cortes específicos de suíno.

O presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), Pedro de Camargo Neto, reagiu à decisão russa: "A prioridade da Abipecs é ampliar os mercados asiáticos, reduzindo a ainda grande dependência do mercado russo", afirmou.

No caso do frango, a cota global declinará de 350 mil toneladas para 250 mil toneladas. Em relação à cota de carne bovina, Medvedkov não se pronunciou. Mas a tendência, segundo fontes do mercado, é que o nível atual seja mantido, até porque os russos não têm a produção interna necessária.

O primeiro-ministro Vladimir Putin já tinha dado na sexta-feira o sinal de redução de cotas para 2012, vinculando indiretamente a medida à demora nas negociações na OMC. "Estamos considerando outras opções nas negociações na OMC, mas que só será possível em caso de um acordo geral, que beneficie nossa indústria", afirmou Putin, segundo agências de notícias.
Medvedkov disse que Moscou está "considerando" uma oferta "melhor" no caso da carne suína para o período 2013-2017, uma vez que a Rússia seja aceita como sócia da OMC.

"Em vez de 320 mil (a cota de 2012), consideramos cota de 400 mil como oferta de compromisso", afirmou. Isso significa ainda um corte significativo em relação à cota atual e sobretudo em relação à oferta de 532 mil toneladas que os russos mencionavam em 2008.

Em todo caso, os russos têm pressa. "Nossa expectativa é de fechar um acordo sobre as carnes nas próximas duas semanas", disse, no exato momento em que a conversa foi interrompida pela chamada da ministra de Desenvolvimento, Elvira Nabiullina, no celular.

A ministra tem afirmado que, se os termos gerais de um acordo não forem acertados até o fim deste mês, a entrada da Rússia pode atrasar pelo menos até 2013.

No ano que vem, a Rússia terá eleição presidencial e a capacidade de o governo fazer concessões diminui bastante. Mas a possibilidade de Moscou ser aceito na OMC até o fim deste ano parece pequena. Esta semana, as negociações sobre carnes continuarão provavelmente sem avanços.

Medvedkov insistiu que não há nenhuma garantia de que os Estados Unidos e a União Europeia vão abocanhar 60% das cotas para suínos e frango, como têm reclamado o Brasil e outros parceiros.

"Queremos estabelecer termos justos de comércio para os principais exportadores de carnes para nosso mercado", disse. "O Brasil, sobretudo, tem insistido em que não haja cota e sim um sistema de importação unicamente baseado em tarifas. Isso é um problema para nós, porque o sistema de cotas nos dá uma certa proteção".

"Uma vez que entrarmos na OMC, nossos produtores precisarão de um período de transição para concorrer com o produto estrangeiro. Por isso, estamos concordando em sistema unicamente de cotas após 2020", acrescentou. "Nossos produtores de suínos investiram muito para aumentar a produção O que queremos é dar a possibilidade a eles de se adaptarem até 2020 e estar em condições de competir".

O problema envolvendo o acesso de carne suína ao mercado russo está tomando uma dimensão cada vez maior. Agora, senadores americanos pediram para a Casa Branca endurecer as condições de acesso da Rússia na OMC, alegando que Moscou vem descumprindo o que tinha prometido aos produtores americanos.

Os EUA alegam que a Rússia tinha prometido cota específica de 100 mil toneladas para os americanos, em 2008, e agora baixou para 57.500 toneladas, quase metade do que tinha sido acertado.

Outro problema é sobre as regras sanitárias e fitossanitárias (Acordo SPS). "Nos comprometemos em cumprir plenamente com as regras da OMC", afirmou Medvedkov. No entanto, parceiros querem que Moscou elimine uma série de medidas antes de entrar na entidade global.

Negociações bilaterais entre o Brasil e Rússia ocorrerão ainda esta semana em Genebra. Indagado sobre o embargo temporário à entrada de carnes procedentes de 85 frigoríficos brasileiros, Medvedkov insistiu que isso não tem vínculo com a negociação na OMC.

O prazo dado por Moscou para responder ao Brasil se acabava o embargo ou o mantinha expirou na sexta-feira, sem nenhuma resposta por parte dos russos.

NOTICIA - TV RECEITA LANÇA SÉRIE DE VÍDEOS COM ORIENTAÇÕES SOBRE A DECLARAÇÃO DO IR 2015 - Fonte: RECEITA FEDERAL

Principais dúvidas dos contribuintes são explicadas de forma didática A Receita Federal divulgou no dia 17/3, no canal da TV Receita no y...