A
Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee)
cobrou do governo federal medidas para diminuir os impactos das
importações de equipamentos de energia elétrica para os produtores
nacionais. O presidente da entidade, Humberto Barbato, teve reunião
ontem (2) com o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, para tratar
do assunto.
"Os
equipamentos para geração, distribuição e transmissão de energia sempre
foram produtos com tecnologia bem desenvolvida e não há razão para
importar. No ano passado, as importações cresceram 56%. É um número
expressivo que demonstra que o nosso nível de desindustrialização é
muito grande", disse Barbato.
Uma
das propostas da Abinee é o incentivo fiscal a empresas que comprarem
produtos nacionais, mesmo sendo mais caros que os importados. "Não
vamos ter condições de competir com os produtos chineses". Barbato já
conversou sobre o tema com os ministros das Comunicações, Paulo
Bernardo e com o então ministro de Ciência, Tecnologia e Inovação,
Aloizio Mercadante.
A
Abinee também cobrou do ministro Lobão uma decisão rápida sobre o
destino das concessões do setor elétrico que começam a vencer a partir
de 2015. Segundo Barbato, a indefinição sobre a renovação das
concessões ou novos leilões está gerando uma paralisia nos
investimentos do setor. "A indústria é que paga mais caro por essa
insegurança".