O governo
da Bolívia começa hoje (29) em Montevidéu, no Uruguai, uma série de
reuniões para negociar a adesão ao Mercosul. Em comunicado, o Ministério
das Relações Exteriores do país diz que a reunião servirá para traçar
as linhas de trabalho e promover encontros empresariais com o objetivo
de definir a posição do país no que se refere aos mecanismos regionais.
Há quatro meses, a Bolívia negocia o processo de integração como membro
pleno do bloco.
A
série de reuniões foi definida pelo presidente Evo Morales em dezembro,
em Brasília, quando participou da Cúpula do Mercosul com presidentes da
região - Dilma Rousseff, José Pepe Mujica (Uruguai), Cristina Kirchner
(Argentina) e Rafael Correa (Equador), além dos representantes da
Venezuela, do Suriname e da Guiana.
Na
ocasião, Morales assintou protocolo de adesão para se tonar o sexto
integrante do Mercosul, que é formado pela Argentina, o Brasil, Uruguai,
a Venezuela e o Paraguai (temporariamente suspenso do bloco desde a
destituição do presidente Fernando Lugo). Pelo protocolo, a Bolívia
passou a ser membro com voz nas cúpulas do Mercosul, mas sem direito a
voto, o que ocorrerá quando completar o processo de adesão.
Para
concluir o processo de integração da Bolívia, é preciso que o
Parlamento de cada país que integra o bloco aprove a entrada do novo
membro. O vice-ministro do Comércio Exterior da Bolívia, Pablo Guzmán,
está confiante. Segundo ele, a integração no Mercosul inaugura uma nova
fase de relações da Bolívia com os países do Sul do continente.